Até as Testemunhas de Jeová estão na mira do presidente Vladimir Putin, na Rússia. Um pedido do Ministério da Justiça quer classificar o grupo religioso como organização extremista
A Suprema Corte da Rússia iniciou nesta semana o julgamento de um pedido do governo para designar o grupo religioso como uma organização extremista e pode divulgar seu veredicto a qualquer momento.
Cerca de oito milhões de pessoas são parte do movimento de linha cristã no mundo, com 175.000 membros na Rússia, de acordo com estimativas de seus líderes religiosos. O Ministério da Justiça do país, porém, argumenta que o grupo “viola as leis russas de combate ao extremismo” e que os panfletos que costumam distribuir na rua incitam o ódio.
Assim como outros grupos cristãos, as Testemunhas de Jeová foram proibidas de atuar durante o regime de Joseph Stalin, na União Soviética, e tiveram membros deportados para a Sibéria. A proibição foi suspensa em 1991.
Segundo uma lei de 1997, há liberdade religiosa na Rússia, porém, apenas quatro grupos são considerados “tradicionais”: cristão ortodoxos, muçulmanos, judeus e budistas. Outras fés precisam fazer um cadastro com o governo, caso das Testemunhas de Jeová. No ano passado, as autoridades russas ameaçaram fechar sua sede em Moscou e um carregamento de Bíblias do grupo foi barrado na fronteira, pela possibilidade de se tratar de “literatura extremista”, informou a revista Time.
David Semonian, porta-voz das Testemunhas de Jeová, disse que a possível proibição “seria o mesmo que nos tratar como criminosos”. Na visão de Semonian, o grupo “não é uma ameaça para a Igreja Ortodoxa Russa ou para o governo do país”. As Testemunhas de Jeová têm sua própria tradução da Bíblia, que difere da ortodoxa russa, e por se considerarem pacifistas, se abstêm de ações políticas. Seus membros não votam nem servem no Exército, o que pode ser visto como uma ameaça por governos especialmente nacionalistas.
Fonte: Veja
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