Uma grande ofensiva reforçada por bombardeios russos e por milícias xiitas apoiadas pelo Irã levou o Exército sírio a 25 km da fronteira turca. A milícia curda YPG tem explorado a situação, tomando território dos rebeldes sírios para ampliar a sua presença ao longo da fronteira.
Pelo menos 14 civis foram mortos na cidade síria de Azaz, o último reduto rebelde antes da fronteira com a Turquia, quando mísseis atingiram um hospital infantil e uma escola abrigando pessoas que fugiam do ataque militar sírio, disseram um médico e dois moradores.
O primeiro-ministro da Turquia, Ahmet Davutoglu, afirmou que um míssil russo havia atingido os prédios e que muitos civis, incluindo crianças, foram mortos.
A Turquia bombardeou posições da YPG pelo terceiro dia para tentar impedir que os combatentes da milícia tomem Azaz, a apenas 8 km da fronteira turca. Ancara teme que a milícia curda, apoiada pela Rússia, esteja tentado garantir a última faixa, de cerca de 100 km, ao longo da fronteira síria ainda não sob o seu controle.
“Nós não vamos deixar Azaz cair”, afirmou Davutoglu à imprensa no seu avião, a caminho da Ucrânia, acrescentando que os combatentes da YPG já teriam tomado Azaz e Tal Rifaat, mais ao sul, se não fosse a artilharia turca disparando contra eles durante o fim de semana.
"Se eles se aproximarem novamente eles vão ver a mais dura reação”, declarou ele.
O impasse tem aumentado o risco de um confronto direto entre a Rússia e um membro da Otan, a Turquia.
A Turquia está furiosa com a expansão da influência curda no norte da Síria, temendo que isso estimule ambições separatistas dos curdos no seu próprio território. A Turquia considera a YPG um grupo terrorista.
Davutoglu disse que a Turquia deixaria a base aérea de Menagh, ao norte de Aleppo, “inutilizável”, se a YPG, que a tomou durante o fim de semana de insurgentes sírios, não se retirar. Ele advertiu a milícia para não se mover para leste da região de Afrin ou oeste do rio Eufrates, há muito uma “linha vermelha” para Ancara.
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Fonte: Reuters.
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