"É preciso instaurar um corredor, uma linha de ajuda humanitária de uns dez quilômetros, onde os civis estejam protegidos e onde não haja combates", disse Akdogan em entrevista à televisão turca.
Ele ressaltou que esta "linha", essa área sem combates "deveria incluir com certeza a cidade síria de Azaz, que dista oito quilômetros da fronteira turca".
"Ninguém deveria intervir em Azaz", insistiu Akdogan, em referência aos combates entre as milícias curdas YPG, aparentemente apoiadas pelos ataques aéreos russos, e os grupos rebeldes da Síria, a maioria islamitas, que dominam esta região ao norte de Aleppo.
"Mas (para criar essa zona) é condição prévia que haja respaldo e ajuda internacional", argumentou o político.
Ele lembrou que agora há oito acampamentos para deslocados sírios em uma faixa de três quilômetros ao longo da fronteira turca, para onde a Turquia envia ajuda humanitária.
O governo turco defende há mais de um ano uma área de exclusão aérea e sem combates no noroeste da Síria, plano que foi reiterado ontem por um porta-voz em reunião com a imprensa, embora não tenha dado detalhes de como poderia funcionar na prática.
Em junho, altos cargos do governo anteciparam à Agência Efe que uma "faixa de segurança" deste tipo não exigiria uma intervenção militar terrestre da Turquia, já que deveria estar protegida por milícias sírias reconhecidas pela comunidade internacional.
Mas não esclareceram a contradição de declarar zona de proteção para civis uma faixa dominada por grupos armados sublevados contra o regime de Damasco, ou seja, uma região que não seria desmilitarizada.
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