"Ouvi a proposta dos círculos franceses de convocar uma conferência internacional com uma ameaça no final da mesma: se não houver êxito, a França aceitará na prática a postura palestina", disse Netanyahu na reunião semanal do Conselho de Ministros.
O primeiro-ministro fez referência à iniciativa proposta pelo ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, de reconhecer o Estado da Palestina caso não haja avanços em direção à paz na região nas próximas semanas. Netanyahu disse que a condição representa um "motivo" para que os palestinos participem da conferência e não firmem nenhum compromisso.
"Toda a essência de uma negociação é chegar a compromissos. A iniciativa francesa, como foi divulgada, dá aos palestinos a desculpa de não chegar a nenhum (compromisso)", destacou.
Na última sexta-feira, o jornal israelense "Ha'aretz" informou que Fabius tentará convocar nas próximas semanas uma cúpula internacional para renovar o processo de paz na região. Caso o diálogo fracasse, a França reconheceria formalmente a Palestina.
O secretário-geral da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Saeb Erekat, elogiou a iniciativa. "É um envolvimento internacional sério e inclusivo para acabar com a ocupação israelense e para o estabelecimento completo de um Estado palestino soberano, livre e independente", afirmou.
Netanyahu afirmou hoje que seu governo atuará para "esclarecer" a situação e ressaltou que "está disposto" negociar desde que não haja condições prévias, em referência a possibilidade de a França reconhecer a Palestina.
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