Mais "48 pessoas estão classificadas como 'contatos' desaparecidos, dos quais 18 são de alto risco", afirmou um porta-voz dos serviços de saúde, Harold Williams, em referência às pessoas suscetíveis de terem entrado em contato com o primeiro caso identificado no país desde que foi declarado livre da epidemia, em 7 de novembro.
"Apelamos a todas as 'pessoas desaparecidas' que não se escondam mais, porque não cometeram nenhum crime. Estamos apenas preocupados com o seu estado de saúde e se estão contaminadas, a fim de tratá-los e, assim, evitar a propagação do vírus", explicou.
Em Magburaka, no centro do país, onde morreu em 12 de janeiro este primeiro caso, uma estudante, Marie Jalloh, 33 pessoas saíram da quarentena nesta quarta-feira (3).
Durante uma cerimônia, o vice-presidente Victor Bockarie Foh entregou os certificados de soronegatividade após 21 dias - duração máxima de incubação do vírus.
"É bom para respirar fora de sua casa sob quarentena, encontrar os amigos e familiares para retomar uma vida normal", disse uma dessas 33 pessoas, um agricultor de 68 anos chamado Foday Kandeh, em ligação telefônica com a AFP.
Em Kambia, no norte do país, perto da fronteira com a Guiné, a quarentena também foi levantada para 22 pessoas, segundo as médicas e oficiais.
O surto de ebola na África Ocidental, o mais grave desde a identificação do vírus há 40 anos na África central, já matou mais de 11.300 pacientes e 28.000 casos foram registrados - uma avaliação subestimada pela própria Organização Mundial da Saúde (OMS).
Mais de 99% das vítimas estão concentradas em três países vizinhos: Guiné, onde a epidemia eclodiu em dezembro de 2013, Libéria e Serra Leoa.
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