Três fotografias, tiradas em abril de 2014, julho de 2015 e janeiro de 2016 mostram a 'evaporação completa' do lago, localizado em uma depressão do Altiplano e que tinha 3 mil metros quadrados de área, mas com profundidade de apenas 3 metros. Essas imagens mostram a redução da água no local.
A baixa profundidade e o entorno árido montanhoso deixaram o lago, segundo a ESA, "muito sensível às oscilações do clima". "Embora não seja a primeira vez que o lago Poopó evapora (a última foi em 1944), existe o temor de que demore muitos anos para encher de novo, caso chegue a acontecer", afirmou a agência.
O desaparecimento do lago, que agora foi confirmado pela ESA, ocorreu oficialmente em dezembro, quando o governo boliviano de Oruro (oeste) aprovou uma declaração de desastre natural do extinto lago, o que permite acelerar o uso e a recepção de recursos econômicos para atenuar a catástrofe. O governo boliviano estima que seria necessário um investimento de 800 milhões de bolivianos (cerca de US$ 114 milhões) para salvar o Poopó.
O Poopó era uma parada de descanso para as aves que emigravam do norte ao sul e também fonte de água para espécies altamente ameaçadas como o puma andino. "Enquanto isso, os pescadores locais ficaram sem sustento e o ecossistema do lago se mostra altamente vulnerável", concluiu a ESA.
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