O FIM DO GRANDE CONFLITO…
Meu nome é Rodrigo Alves. Fui membro da IASD por quatro anos a contar do dia em que eu e minha família começamos a congregar, no inicio de 2006. Hoje sou membro da Igreja Presbiteriana do Brasil e gostaria de contar-lhes meu testemunho, para que outras pessoas sejam advertidas sobre tais engodos…
Muitas pessoas me perguntam como foi ter mudado de religião… Muitos até se surpreendem quando declaro ser um ex-adventista, mas, eu acredito que essa mudança signifique mais que uma troca de nomes, tem mais a ver com minha busca pessoal por Deus.
Conheci uma espécie de adventismo ainda criança, quando aos três anos eu e meus familiares fomos incentivados por parentes a freqüentar os cultos da Igreja Adventista da Promessa (dissidente carismática do adventismo), onde permanecemos até meus 11 anos. Por iniciativa materna nos desligamos sem nunca termos sido batizados; isso devido a incompatibilidade com a liderança da congregação local.
Meu despertar religioso começou a intensificar-se aos 13 anos, quando em 26 de Setembro de 2006, fui batizado em uma Igreja Adventista do Sétimo Dia, em Guarulhos (SP). Sempre apaixonado por missões, estava à frente da ação missionária e no período de um ano (2008) prestei auxílio ao pastor na visita de lares, estudos bíblicos e apelos batismais. Em uma só conferência conseguimos reunir 30 pessoas de diferentes famílias, entre essas, 25 foram batizadas.
Enfrentei perseguição na escola por ministrar estudos bíblicos na classe e tive que transferi-los para uma praça pública onde nos reuníamos com freqüência, além disso, nas sextas-feiras estávamos todos na igreja; posteriormente, um dos amigos da escola também foi batizado.
Fui um defensor ferrenho do adventismo, debatendo sempre que necessário com pessoas de outras religiões, o Sábado era sempre o tema mais polêmico. Tudo começou a mudar quando cheguei a escola certo dia e uma colega católica me presenteou com uma pequena revista chamada “Fé para Hoje” (Editora Fiel) que comentava as doutrinas da graça sob o tema “O novo nascimento”. No início eu até pensei que fosse um material adventista pelo nome ser semelhante a um programa de TV desta igreja, mas, ao ler, notei que se tratava de algo completamente novo, uma coisa que nunca tinha ouvido falar antes.
A colega me contou que ia jogar a revista no lixo, pois ela já havia ganhado de outra pessoa, uma senhora de religião espírita que também jogaria no lixo, sendo assim, o material foi resgatado de virar lixo duas vezes; até chegar as minhas mãos. Mesmo não sabendo bem do que se tratava, pude reconhecer alguns aspectos que me intrigavam como predestinação e monergismo, ainda assim, as palavras pareciam invadir cada centímetro da minha alma e fui-me enchendo das palavras de graça.
Na devoção do pôr do sol às sextas-feiras, eu costumava ler a revista e mesmo depois de ler várias vezes não pude enjoar, porque a palavra de vida renovava-se sempre que a lia. Cheguei a levar parte do tema a um sermão meu ainda na Igreja Adventista e as pessoas também foram inflamadas pelas chamas da verdade, ao final recebi muitos agradecimentos.
Emprestei a revista a um pastor que não negou o monergismo, mas considerou o conteúdo da revista como avesso a opinião oficial da igreja, ele chegou até mesmo a pregar parte dele em um sermão de Santa Ceia e o xerocou, porque segundo ele, “era uma valiosa verdade!”. Conforme me aproximava mais da fé reformada, os sermões adventistas coçavam ao meu ouvido, a regeneração que deveria ser atribuída ao Espírito Santo era desviada para o batismo, como se as águas do tanque fossem mágicas; a graça era sufocada pelas Leis baseadas no cerimonial judeu e instruções das literaturas da Sr.ª Ellen G. White; o juízo final que, segundo a Bíblia, será único, era esfacelado em três partes seguindo a teoria do “juízo pré-investigativo” que teria iniciado em 22 de Outubro de 1844.
Os adventistas crêem em duas ressurreições com intervalo de 1.000 anos entre uma e outra, contrariando a ortodoxia das Escrituras. Eles também comparam os escritos de Ellen White à Bíblia Sagrada, reivindicando a legitimidade do seu “dom profético” colocando-a em pé de igualdade com Profetas e autores bíblicos.
O sábado usurpava o lugar do Espírito Santo e era chamado de “selo de Deus”; que marca os seres humanos como fiéis e verdadeiros. Por isso, não pude desligar-me da instituição rapidamente; tive que passar por um processo doloroso de ruptura, porque no adventismo, negar o sábado, o juízo pré-investigativo e Ellen White; é motivo suficiente para condenação eterna.
Acompanhado de mais dois amigos, deixei de ir a escola sabatina e só freqüentava os cultos; além disso, iniciamos um estudo bíblico na minha casa; o primeiro chamamos de “seitas e heresias” que procurava desmascarar as falsas doutrinas e religiões (na época, opostas a “verdade iminente” do adventismo), o segundo, chamamos de “aceitando as seitas” que estudava movimentos do povo de Deus que por algum período foram taxados como “seita” no contexto religioso da afirmação (incluíamos até então o adventismo), nesse estudo. Nesses estudos descobrimos o calvinismo e finalmente pude perceber onde os autores daquela revista “Fé para Hoje” (Editora fiel) estavam embasados, até ali havia um ano que ela estava comigo.
Levou algum tempo ainda para que eu pudesse me desprender do “visgo do diabo”, e por diversas vezes chorei pelo “grande conflito” em que se achava minha mente. Levou um tempo ainda, até que, no começo de 2010, resolvi pedir remoção da instituição; nesse tempo fazia meses que já não ia à igreja e mesmo não compreendendo bem, já aceitava os Cinco Pontos do Calvinismo (TULIP).
Por fim; escrevi uma carta para a igreja adventista; negando o adventismo e afirmando minha conversão ao Cristianismo Protestante de João Calvino, George Whitefield, John Knox, Guilaume Farel, Charles Spurgeon e tantos outros. A carta foi lida na comissão e aprovaram minha remoção. Recebi a visita de um Ancião (Presbítero) da igreja e um diácono na minha casa, ocasião em que pudemos expor as divergências entre as posições teológicas. Acabado, não me restava dúvida de que havia tomado à decisão correta renunciando o erro. No mesmo dia, fui até uma Igreja Presbiteriana para esclarecer os novos pontos e de primeira contei com a surpresa dos irmãos por ser ex-adventista.
Após receber instruções de um seminarista; comecei a ler um livro de Edward Donelly sobre o Céu e o Inferno, aceitei a doutrina e os credos históricos; também passei a estudar as confissões e os catecismos de Westminster. Talvez o que tenha me influenciado bastante nesse período tenham sido as opiniões de um amigo adventista de Caruaru (PE), que antes havia sido presbiteriano e naquele momento estava arrependido da mudança.
Nós éramos moderadores em uma comunidade multi-institucional no orkut e por meio da internet ele me incentivava a abandonar o espírito do adventismo e se firmar a fé reformada; hoje ele continua na igreja adventista e diz ter superado o arrependimento.
Os amigos que me acompanhavam na igreja adventista, acabaram por me acompanhar também no calvinismo, mesmo porque, havíamos estudado juntos, agradeço muito a eles por tanto esforço e paciência para que hoje pudéssemos conhecer a verdade do evangelho. Desde então, fui e tenho sido por diversas vezes convidado a voltar, mas, a resposta será sempre a de Lutero: “Não posso nem quero retratar-me de coisa alguma, pois ir contra a consciência não é justo nem seguro. Deus me ajude. Amém”.
Como eu, hoje, muitos irmãos estão espalhados pelos “currais do erro”, Jesus tem desejado ansiosamente tratar destas almas através do “evangelho que é o poder que concede salvação para todo aquele que crê”. Eu sei que muitas instituições ameaçam seus adeptos com promessas de maldição, tais como “você nunca vai ser feliz em outra igreja”, mas não é esse o pensamento de Jesus e a única promessa válida é a Dele que diz:
“Todo o que o Pai me der virá a mim, e quem vier a mim eu jamais rejeitarei.” (João 6:37)
Eu Rodrigo Alves, autorizo a divulgação do meu nome no Blog
Ex-adventistas.com
Meu nome é Rodrigo Alves. Fui membro da IASD por quatro anos a contar do dia em que eu e minha família começamos a congregar, no inicio de 2006. Hoje sou membro da Igreja Presbiteriana do Brasil e gostaria de contar-lhes meu testemunho, para que outras pessoas sejam advertidas sobre tais engodos…
Muitas pessoas me perguntam como foi ter mudado de religião… Muitos até se surpreendem quando declaro ser um ex-adventista, mas, eu acredito que essa mudança signifique mais que uma troca de nomes, tem mais a ver com minha busca pessoal por Deus.
Conheci uma espécie de adventismo ainda criança, quando aos três anos eu e meus familiares fomos incentivados por parentes a freqüentar os cultos da Igreja Adventista da Promessa (dissidente carismática do adventismo), onde permanecemos até meus 11 anos. Por iniciativa materna nos desligamos sem nunca termos sido batizados; isso devido a incompatibilidade com a liderança da congregação local.
Meu despertar religioso começou a intensificar-se aos 13 anos, quando em 26 de Setembro de 2006, fui batizado em uma Igreja Adventista do Sétimo Dia, em Guarulhos (SP). Sempre apaixonado por missões, estava à frente da ação missionária e no período de um ano (2008) prestei auxílio ao pastor na visita de lares, estudos bíblicos e apelos batismais. Em uma só conferência conseguimos reunir 30 pessoas de diferentes famílias, entre essas, 25 foram batizadas.
Enfrentei perseguição na escola por ministrar estudos bíblicos na classe e tive que transferi-los para uma praça pública onde nos reuníamos com freqüência, além disso, nas sextas-feiras estávamos todos na igreja; posteriormente, um dos amigos da escola também foi batizado.
Fui um defensor ferrenho do adventismo, debatendo sempre que necessário com pessoas de outras religiões, o Sábado era sempre o tema mais polêmico. Tudo começou a mudar quando cheguei a escola certo dia e uma colega católica me presenteou com uma pequena revista chamada “Fé para Hoje” (Editora Fiel) que comentava as doutrinas da graça sob o tema “O novo nascimento”. No início eu até pensei que fosse um material adventista pelo nome ser semelhante a um programa de TV desta igreja, mas, ao ler, notei que se tratava de algo completamente novo, uma coisa que nunca tinha ouvido falar antes.
A colega me contou que ia jogar a revista no lixo, pois ela já havia ganhado de outra pessoa, uma senhora de religião espírita que também jogaria no lixo, sendo assim, o material foi resgatado de virar lixo duas vezes; até chegar as minhas mãos. Mesmo não sabendo bem do que se tratava, pude reconhecer alguns aspectos que me intrigavam como predestinação e monergismo, ainda assim, as palavras pareciam invadir cada centímetro da minha alma e fui-me enchendo das palavras de graça.
Na devoção do pôr do sol às sextas-feiras, eu costumava ler a revista e mesmo depois de ler várias vezes não pude enjoar, porque a palavra de vida renovava-se sempre que a lia. Cheguei a levar parte do tema a um sermão meu ainda na Igreja Adventista e as pessoas também foram inflamadas pelas chamas da verdade, ao final recebi muitos agradecimentos.
Emprestei a revista a um pastor que não negou o monergismo, mas considerou o conteúdo da revista como avesso a opinião oficial da igreja, ele chegou até mesmo a pregar parte dele em um sermão de Santa Ceia e o xerocou, porque segundo ele, “era uma valiosa verdade!”. Conforme me aproximava mais da fé reformada, os sermões adventistas coçavam ao meu ouvido, a regeneração que deveria ser atribuída ao Espírito Santo era desviada para o batismo, como se as águas do tanque fossem mágicas; a graça era sufocada pelas Leis baseadas no cerimonial judeu e instruções das literaturas da Sr.ª Ellen G. White; o juízo final que, segundo a Bíblia, será único, era esfacelado em três partes seguindo a teoria do “juízo pré-investigativo” que teria iniciado em 22 de Outubro de 1844.
Os adventistas crêem em duas ressurreições com intervalo de 1.000 anos entre uma e outra, contrariando a ortodoxia das Escrituras. Eles também comparam os escritos de Ellen White à Bíblia Sagrada, reivindicando a legitimidade do seu “dom profético” colocando-a em pé de igualdade com Profetas e autores bíblicos.
O sábado usurpava o lugar do Espírito Santo e era chamado de “selo de Deus”; que marca os seres humanos como fiéis e verdadeiros. Por isso, não pude desligar-me da instituição rapidamente; tive que passar por um processo doloroso de ruptura, porque no adventismo, negar o sábado, o juízo pré-investigativo e Ellen White; é motivo suficiente para condenação eterna.
Acompanhado de mais dois amigos, deixei de ir a escola sabatina e só freqüentava os cultos; além disso, iniciamos um estudo bíblico na minha casa; o primeiro chamamos de “seitas e heresias” que procurava desmascarar as falsas doutrinas e religiões (na época, opostas a “verdade iminente” do adventismo), o segundo, chamamos de “aceitando as seitas” que estudava movimentos do povo de Deus que por algum período foram taxados como “seita” no contexto religioso da afirmação (incluíamos até então o adventismo), nesse estudo. Nesses estudos descobrimos o calvinismo e finalmente pude perceber onde os autores daquela revista “Fé para Hoje” (Editora fiel) estavam embasados, até ali havia um ano que ela estava comigo.
Levou algum tempo ainda para que eu pudesse me desprender do “visgo do diabo”, e por diversas vezes chorei pelo “grande conflito” em que se achava minha mente. Levou um tempo ainda, até que, no começo de 2010, resolvi pedir remoção da instituição; nesse tempo fazia meses que já não ia à igreja e mesmo não compreendendo bem, já aceitava os Cinco Pontos do Calvinismo (TULIP).
Por fim; escrevi uma carta para a igreja adventista; negando o adventismo e afirmando minha conversão ao Cristianismo Protestante de João Calvino, George Whitefield, John Knox, Guilaume Farel, Charles Spurgeon e tantos outros. A carta foi lida na comissão e aprovaram minha remoção. Recebi a visita de um Ancião (Presbítero) da igreja e um diácono na minha casa, ocasião em que pudemos expor as divergências entre as posições teológicas. Acabado, não me restava dúvida de que havia tomado à decisão correta renunciando o erro. No mesmo dia, fui até uma Igreja Presbiteriana para esclarecer os novos pontos e de primeira contei com a surpresa dos irmãos por ser ex-adventista.
Após receber instruções de um seminarista; comecei a ler um livro de Edward Donelly sobre o Céu e o Inferno, aceitei a doutrina e os credos históricos; também passei a estudar as confissões e os catecismos de Westminster. Talvez o que tenha me influenciado bastante nesse período tenham sido as opiniões de um amigo adventista de Caruaru (PE), que antes havia sido presbiteriano e naquele momento estava arrependido da mudança.
Nós éramos moderadores em uma comunidade multi-institucional no orkut e por meio da internet ele me incentivava a abandonar o espírito do adventismo e se firmar a fé reformada; hoje ele continua na igreja adventista e diz ter superado o arrependimento.
Os amigos que me acompanhavam na igreja adventista, acabaram por me acompanhar também no calvinismo, mesmo porque, havíamos estudado juntos, agradeço muito a eles por tanto esforço e paciência para que hoje pudéssemos conhecer a verdade do evangelho. Desde então, fui e tenho sido por diversas vezes convidado a voltar, mas, a resposta será sempre a de Lutero: “Não posso nem quero retratar-me de coisa alguma, pois ir contra a consciência não é justo nem seguro. Deus me ajude. Amém”.
Como eu, hoje, muitos irmãos estão espalhados pelos “currais do erro”, Jesus tem desejado ansiosamente tratar destas almas através do “evangelho que é o poder que concede salvação para todo aquele que crê”. Eu sei que muitas instituições ameaçam seus adeptos com promessas de maldição, tais como “você nunca vai ser feliz em outra igreja”, mas não é esse o pensamento de Jesus e a única promessa válida é a Dele que diz:
“Todo o que o Pai me der virá a mim, e quem vier a mim eu jamais rejeitarei.” (João 6:37)
Eu Rodrigo Alves, autorizo a divulgação do meu nome no Blog
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