O ateísmo é a concepção que nega a existência de Deus. O ateu afirma que não há Deus e que tudo sempre existiu ou passou a existir pelo puro acaso inexplicável. Os ateus nem sempre possuem argumentos filosóficos para fundamentar seu estilo de vida. Deve-se distinguir, portanto, dois tipos de ateísmo:
1) O ateísmo prático – Este tipo de ateu prefere, por uma questão de conveniência e satisfação pecaminosa, viver como se Deus não existisse (Sl. 14.1ss). É neste sentido que Paulo fala dos crentes como tendo sido ateus no mundo, dizendo que éramos “sem Deus no mundo”. Segundo esta concepção, “pensar que Deus existe…atrapalharia seu estilo e filosofia de vida” (AGUIAR, 1999, p. 54).
2) O ateísmo teórico – Este é mais filosófico, pois busca argumentos para fundamentar a rejeição de sua crença em Deus. Nos nossos artigos este grupo é bem mais enfocado, no sentido de que estaremos mostrando diversas provas bíblicas e filosóficas da existência de Deus.
De qualquer forma, há argumentos suficientes para crermos na existência de Deus, e o que ocorre é que o ateu está obscurecido pelo pecado. Entretanto devemos admitir que o ateu é um lutador, pois, diariamente, ele tem uma luta incansável contra um ser que ele, sinceramente, diz não acreditar que exista. O ateu se utiliza de diversas armas contra Deus: argumentos, ódio, aversão, textos, debates etc. É uma luta sem fim e o ateu sempre se perde nesta pergunta: Se Deus não existe, porque esta luta incansável para provar que ele não existe? Sinceramente, não se pode entender o que leva alguém a procurar forças onde não se tem para provar que algo que não existe “realmente não existe”. Se Deus realmente não existe, então, porque tanto esforço para provar que Ele não existe? E se é assim tão simples, porque a turma ateísta, incluindo filósofos do passado como o alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900), ou o filósofo francês contemporâneo, Michel Onfray, não conseguem definitivamente provar e convencer a humanidade que Deus não existe? Certamente a Escritura tem toda razão em dizer: “Diz o insensato no seu coração: Não há Deus” (Sl. 14.1).
Certa vez ouvi uma ilustração (verídica ou não, ilustra sobre a realidade intuitiva de Deus) de um cientista ateu que tentou provar a não existência de Deus do modo mais prático possível. Ele dizia que a crença em Deus era aprendida na sociedade e resolveu educar uma criança recém-nascida em um ambiente totalmente livre da ideia de divindade, um lugar onde ela seria ensinada, mas nunca ouviria sequer o nome “Deus”. Será que existe este lugar? Ele resolveu então, isolá-la de ambientes onde recebesse influência de outros homens. Aquela seria a pesquisa prática de sua vida. Os anos se passaram e a criança cresceu e ainda no ápice da adolescência nunca ouviu falar de qualquer tipo de deus. Porém, em dada fase o pesquisador observou que havia um horário, no qual o jovem saía assiduamente. Resolvendo segui-lo às ocultas, o cientista o encontrou num alto monte prostrado, clamando sobre uma pedra aos céus: – “Oh Grande Criador! Tu que fizeste todas as coisas, revela-te a mim porque eu desejo te conhecer!”. Foi então que o cientista descobriu a fragilidade de seus próprios argumentos.
Pr. Weber Firmino Alves
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