No sexto dia detido na Suíça, José Maria Marin, ex-presidente da CBF, segue uma rotina simples e é assessorado por dois advogados: Georg Friedli, de Berna, do escritório Friedli & Schnidrig, especializado em cooperação internacional e que deve cuidar da questão da extradição para os Estados Unidos – são 40 dias para que o país formalize o pedido – e Wyss Rudolf, de Olten, segundo a polícia de Zurique. Em cela individual, com banheiro, o dirigente brasileiro tem uma hora por dia no pátio da prisão e pode receber uma visita por semana, desde que previamente aprovada.
De acordo com Rebecca de Silva, porta-voz do escritório de execuções penais de Zurique, os suspeitos detidos têm permissão para usar suas próprias roupas na prisão e ainda solicitar que sejam entregues outras. Eles têm direito a três refeições por dia, café da manhã, almoço e jantar. No almoço e jantar, são servidos carne e vegetais, além de um acompanhamento que pode ser massa, arroz ou batatas. De vez em quando, é servida alguma sobremesa.
Os advogados podem visitar Marin a qualquer momento, desde que com hora marcada. Rebecca da Silva confirmou ainda que não há privilégios por causa dos 83 anos do dirigente, mas há acompanhamento médico à disposição e, se necessário, pode haver a transferência para um hospital penitenciário. O brasileiro não tem direito a celulares ou internet. Em certas prisões, como informou a porta-voz, ele pode solicitar um laptop, mas sem acesso à rede.
O blog esteve na porta do escritório em Berna, mas Friedli, de 63 anos, de óculos na foto acima com outros sócios, se recusou a receber a reportagem. Por telefone, ninguém atendeu no escritório de Wyss Rudolf. O promotor em Zurique que cuida do caso é G. Faccoli.
De acordo com informações de policiais, em procedimento normal, os presos em Zurique são levados para um triagem na prisão Polozeigefängnis Zurich, e ficam lá por até cinco dias. Depois desse prazo, os detidos são transferidos para um local ainda em sigilo. Friedli teria sido indicado por Gorka Villar, diretor geral da Conmebol, que cuida do caso interno na Fifa do banimento provisório de Marin.
Fonte: Bastidores F.C.
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