TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Apocalipse 5.8-10
8 - E, havendo tomado o livro, os quatro animais e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo todos eles harpas e salvas de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos.
9 - E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir os seus selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo, e nação;
10 - e para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra.
Apocalipse 7.9-14
9 - Depois destas coisas, olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos;
10 - e clamavam com grande voz, dizendo: Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e ao Cordeiro.
11 - E todos os anjos estavam ao redor do trono, e dos anciãos, e dos quatro animais; e prostraram-se diante do trono sobre seu rosto e adoraram a Deus,
12 - dizendo: Amém! Louvor, e glória, e sabedoria, e ações de graças, e honra, e poder, e força ao nosso Deus, para todo o sempre. Amém!
13 - E um dos anciãos me falou, dizendo: Estes que estão vestidos de vestes brancas, quem são e de onde vieram?
14 - E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me: Estes são os que vieram de grande tribulação, lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro.
2ª feira – 1 Pedro 1.13-19: O Cordeiro incontaminado
3ª feira – Apocalipse 14.1-5: O Cordeiro e o remanescente fiel de Israel
4ª feira – Apocalipse 12.11-17: Vencedores pelo sangue do Cordeiro
5ª feira – Apocalipse 19.7-9: As bodas do Cordeiro
6ª feira – Apocalipse 21.9-27: Seu nome está no livro da vida do Cordeiro?
Sábado – Apocalipse 22.1-5: O trono e os servos do Cordeiro
TEXTO ÁUREO
No dia seguinte, João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis
o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. João 1.29
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
- conhecer os principais significados espirituais das lições extraídas da pessoa do Senhor Jesus Cristo como Cordeiro de Deus;
- sumariar o privilégio de ser a Igreja do Cordeiro e suas responsabilidades na perseverança da doutrina apostólica;
- compreender que o sangue do Cordeiro é uma arma espiritual nas batalhas da vida cristã contra o pecado, a morte e o império das trevas.
Caro professor,
Ao iniciar a aula, faça uma breve revisão do conteúdo da lição anterior e, na introdução desta, busque organizá-la em etapas do processo de ensino-aprendizagem: logicidade, gradualidade e continuidade (Adaptado de: RODRIGUES, A. Didática Contemporânea, 2015, p. 77).
Logicidade: crie uma sequência coerente, partindo dos elementos de mais fácil compreensão para os mais complexos.
Gradualidade: exponha o conteúdo de forma sistemática, em etapas, mantendo a continuidade do assunto.
Continuidade: facilite a apreensão do conteúdo para o aluno, já que a temática desta revista é considerada difícil por muitas pessoas, por se tratar de escatologia. Essa etapa visa a promover a maturidade e o crescimento discente e está estritamente relacionada às anteriores na transição dos saberes e ideias. Boa aula!
COMENTÁRIO
Palavra introdutória
No início do ministério terreno de Cristo, Ele é chamado por João Batista de o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29). E essa tipologia é significativa para entendermos o plano de salvação para a humanidade.
O nome Cordeiro é mencionado 27 vezes no Apocalipse — de fato, nenhum outro livro da Bíblia (dentre os 66 existentes) cita tantas vezes o termo [cordeiro] como este. Há grande significado e completude na pessoa do Senhor Jesus (Ap 5.6; 12.11).
Apocalipse é o livro do Cordeiro (Ap 5.8,12,13)! Esta verdade não
invalida — tampouco diminui — o valor que o Cordeiro tem em outros livros da Escritura (Jo 1.29,36; 1 Co 5.7; 1 Pe 1.19). Pelo contrário, reafirma a importância do Seu sacrifício (Êx 12.5).
O Sangue — isto é, a morte sacrificial — de Jesus Cristo aplacou a
ira de Deus contra nós e assegurou-nos de que Seu tratamento para conosco será propício e favorável. Daqui por diante, em lugar de mostrar-se contra nós, Ele fará por nós, em nossa vida e experiência (PACKER apud BOICE, Central Gospel, 2011a, p. 273).
1. A MORTE DO CORDEIRO
No Éden, Deus mata um animal e tira-lhe a pele para fazer vestes para Adão e Eva. Esta ação profética prefigurava a morte do Cordeiro de Deus, que morreria em lugar e em favor de toda humanidade (Ap 13.8).
Em todas as dispensações — inocência, consciência, governo humano, patriarcal, graça e governo divino (ou Milênio) —, nota-se a figura e a presença do Cordeiro. Durante a dispensação da graça, Ele é gerado pelo Espírito Santo, no útero de uma virgem chamada Maria, cumprindo, assim, literalmente a profecia de Isaías (Is 7.14); neste mesmo livro, o profeta vaticina Seu sacrifício e morte em uma das mais expressivas passagens bíblicas (Is 53.5-7).
1.1. O Cordeiro morreu por todos os pecadores
A morte do Cordeiro foi uma demonstração plena e maravilhosa do amor de Deus em favor da humanidade (Rm 5.8; Cl 1.20). Nas palavras do apóstolo Paulo, esse amor é a expressão maior do próprio Cordeiro: e andai em amor, como também Cristo vos amou e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave (Ef 5.2).
Ao morrer voluntariamente na cruz pelos pecadores, o Cordeiro puro e incontaminado derramou o Seu sangue e, por meio deste, redimiu o homem dos seus pecados (Mt 26.28). A Sua morte atendeu à exigência da justiça divina (Hb 9.22). Deste modo, os ímpios — pecadores — são reconciliados com o Pai (Rm 5.8,10; Tt 2.14).
Deus amou o mundo e deu o Seu Filho para morrer em favor de todos — povos, raças, tribos, línguas e nações (Jo 3.16). O Cordeiro santo morreu por toda humanidade, sem distinção (2 Co 5.15). Sua morte substitutiva propicia ao pecador arrependido a absolvição dos delitos cometidos (Is 53.10-12).
1.2. O Cordeiro morreu para dar vida aos que nele creem
O filho pródigo, quando retornou à casa, maltrapilho, envergonhado e cabisbaixo, devido às decisões que tomara, ouviu a voz amorosa do pai: Mas era justo alegrarmo-nos e regozijarmo-nos, porque este teu irmão estava morto e reviveu; tinha-se perdido e foi achado (Lc 15.32).
O homem foi criado imortal, mas, por ter desobedecido a uma ordem expressa de Deus, o pecado entrou no mundo e, com ele, a vergonha, o medo, a desordem e a expulsão do primeiro casal do jardim do Éden; todavia, a pior de todas as consequências foi a morte — espiritual e física (Rm 5.12).
A morte vicária do Cordeiro revela, acima de tudo, a graça de Deus: Jesus desceu do céu e veio à terra, onde se encontravam os homens — mortos em delitos e pecados (Ef 2.1 ARA) — para, por Seu infinito amor e misericórdia, vivificá-los juntamente com Ele (Ef 2.5).
A morte do Cordeiro trouxe, ainda, vida abundante aos que aceitam a Cristo como Salvador (Jo 10.10). Tudo se torna novo na vida daquele que recebe a nova vida conquistada pelo Cordeiro de Deus que tira (mata) o pecado do mundo (Jo 1.29).
Receber o Cordeiro — que ressuscitou e vive para sempre — e permanecer nele significa tornar-se uma nova criatura e implica adotar uma nova maneira de pensar, sentir e agir (2 Co 5.17).
1.3. O Cordeiro morreu para aproximar homens e mulheres de Deus
Antes da morte vicária de Cristo na cruz, o ser humano encontrava-se totalmente perdido e longe de Deus. O pecado separa e distancia homens e mulheres do olhar do Altíssimo — nas palavras do profeta Isaías: vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça (Is 59.2).
No plano espiritual, só existem duas classes de pessoas: as que estão perto de Deus e as que estão longe. Deus não deseja que ninguém, absolutamente ninguém, esteja distanciado dele e se perca, sem conhecer a verdade salvadora.
O Cordeiro veio salvar e buscar os que estavam perdidos, segundo a ótica e perspectiva humanas (Lc 19.10): os perdidos no deserto do mundo (Lc 15.4); os que se perderam dentro de casa (Lc 15.8); e também os perdidos que abandonaram a casa do Pai (Lc 15.32).
2. A IGREJA DO CORDEIRO
Um dos principais objetivos do nascimento do Cordeiro foi a fundação e edificação da Igreja:
Deus a projetou em Seu coração; fundou-a em Cristo; e inaugurou-
-a pela ação do Espírito Santo no Pentecostes. Desde então, ela vem sendo edificada, a cada dia (Mt 16.18).
No Livro do Apocalipse, a Igreja do Cordeiro ocupa dois capítulos inteiros, que somam um total de 51 versículos (Ap 2; 3). Depois da família, a Igreja — que é constituída de pessoas redimidas, justificadas e santificadas pelo sangue do Cordeiro — ocupa posição privilegiada na sociedade.
2.1. O Cordeiro é o Cabeça da Igreja
Os membros da Igreja formam um corpo, cujo Cabeça (líder) é Cristo (Ef 5.23). O Senhor zela por sua manutenção, ou seja, Ele trabalha no sentido de fazê-la receber os benefícios outorgados pela unidade de seus membros, vindo, assim, a apropriar-se dos tesouros do conhecimento e da revelação.
O Cabeça da Igreja — a quem todas as coisas estão sujeitas, inclusive as forças angelicais (Cl 2.10) — pode salvar o Corpo (Ef 5.22,23), pois é Senhor e Cristo (At 2.36). Em outras palavras: a Igreja cresce, frutifica e expande-se por meio do Cordeiro (Ef 1.22; 4.15).
Deus, provavelmente, matou um cordeiro e daquele cordeiro obteve vestimentas de pele para vestir a nudez tanto física como espiritual de Adão e Eva (Gn 3.7), o que representa as vestes de justiça que Jesus dá aos pecadores arrependidos (Rm 4.6; 1 Co 1.30; 2 Co 5.21; Fp 3.9) (WILLMINGTON, H. L. Central Gospel, 2015, p. 95).
A FUNÇÃO DA CABEÇA E SEU SIMBOLISMO
Na cabeça estão os olhos (Ap 1.14)
Na cabeça está a boca (Mt 4.4)
Na cabeça está a mente (1 Co 2.16)
Da cabeça emana a autoridade sobre o corpo (Ef 1.22,23)
A cabeça é a parte do corpo que recebe a coroa (Hb 2.9)
A cabeça é a fonte de poder do corpo (Mt 28.18)
Sobre a cabeça está a unção (At 10.38)
2.2. A Igreja do Cordeiro é perseverante
A incipiente Igreja do Cordeiro dava os seus primeiros passos em Jerusalém (At 2.46). Conforme foi agregando novos membros, passou a reunir-se como corpo (Rm 12.4,5); família de Deus (1 Jo 3.1-10); e rebanho, conduzido por um único Pastor (Jo 10.16; 1 Pe 5.4). Com a direção do Espirito Santo, os novos conversos e cristãos viviam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações (At 2.42).
2.2.1. Na doutrina apostólica
Alicerçada na Palavra, a Igreja primitiva conservava os princípios apostólicos, mantendo-se vigilante contra os falsos mestres enviados por Satanás (2 Pe 2.1-3; 1 Tm 4.2); contra os falsos profetas (Mt 7.15,16; 2 Ts 2.3,9,10); e contra os caminhos falsos (Cl 2.18,23; Sl 119.118).
A Igreja do Cordeiro retinha o ensino apostólico — a doutrina das Escrituras (2 Pe 1.21; 2 Tm 3.15-17) — relacionado à divindade de Cristo (Jo 1.1-3); à salvação pela graça (Ef 2.8); ao batismo em águas (Mt 28.19; At 10.47,48); ao batismo com o Espírito Santo (At 10.44-46); à Trindade divina (Mt 28.19); e à segunda vinda de Cristo (1 Ts 4.16,17).
2.2.2. Nas orações
Deus pode falar ao homem de várias maneiras, mas o homem tem na oração seu principal meio de comunicação com o Pai (Sl 6.9). A Igreja do Cordeiro revela sua perseverança quando ora em todo o tempo (1 Ts 5.17): pela manhã (Mc 1.35); em ocasiões emergenciais (Jo 11.41,42); diante das tentações (Lc 22.41,42); em tempos de paz ou de guerra (Lc 22.41,42); para demonstrar gratidão (Mt 11.25-27) ou interceder (Jo 17.1-26).
2.2.3. Na comunhão e no partir do pão
A Igreja do Cordeiro demonstra o amor ágape (Jo 13.34): no ser de Cristo; no estar em Cristo; no amar em Cristo; e na unidade em Cristo — Pai, Cordeiro e Igreja, todos em perfeita comunhão (Jo 17.21). Em unanimidade, em todos os lugares, a Igreja do Cordeiro vive com alegria e simplicidade (At 2.46).
2.2.4. Na proclamação do evangelho
A Igreja mantém-se perseverante, quando obedece ao mandato do Cordeiro (Mc 16.15), consciente de que o evangelho é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê (Rm 1.16). Assim, tenazmente, dedica-se ao evangelismo e às missões, ganhando para Cristo pessoas em todos os lugares, em todo o tempo, enquanto é dia (Jo 9.4).
3. A GLÓRIA DO CORDEIRO
João contemplou quatro seres celestiais e vinte e quatro anciãos ajoelhados diante do Cordeiro, com harpas e taças de ouro nas quais estavam depositadas as orações dos santos (Ap 5.8).
Todos entoavam um novo cântico ao Senhor (Ap 5.9,10). Em seguida, uma forte e grande voz de milhões e milhões de anjos e de todos os que ali habitam declaravam a dignidade do Cordeiro (Ap 5.11,12).
Tudo e todos no céu têm um único objetivo: render glórias ao Cordeiro por Sua dignidade (Ap 5.8-14), isto porque Ele venceu todos os Seus inimigos e recebeu outra vez a glória que era Dele (Jo 17.1-10).
O Cordeiro santo (Ap 3.7), fiel (1 Ts 5.24), inocente (Mt 27.4), justo (At 22.14) e misericordioso (Hb 2.17) é glorificado no céu, na terra e debaixo da terra (Fp 2.9,10), pelo que Ele é, não apenas pelo que Ele faz. E Ele virá outra vez para ser glorificado em Seus santos (2 Ts 1.10).
A dignidade divina baseia-se nas seguintes realidades (Ap 4.11): Ele é Criador de tudo quanto existe — causa primeira. Ele é o Preservador e sustentador da Criação. Ele é a causa final de todas as coisas — pelo prazer e vontade criou tudo. (Adaptado de: Bíblia de Estudo Matthew Henry. Central Gospel, 2014, p. 2110).
CONCLUSÃO
A morte do Cordeiro de Deus, o Senhor Jesus, é o maior e mais valioso evento na história humana. As profecias se cumpriram literalmente.
O sangue inocente e poderoso que Cristo derramou na cruz foi suficiente para: satisfazer a justiça divina; redimir o homem da condenação do inferno; e conceder-lhe vida eterna, pela fé em Seu sacrifício (1 Jo 1.7; At 16.31).
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Qual é a importância da simbologia de Cristo como Cordeiro
de Deus?
R.: É importante porque representa a substituição e expiação do pecador diante de Deus (Jo 1.29).
► Lição 07 - O Cordeiro de Deus
► Subsidio: Lição 07 - O Cordeiro de Deus
► Pré - aula: Lição 07 - O Cordeiro de Deus
Palavra introdutória
No início do ministério terreno de Cristo, Ele é chamado por João Batista de o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29). E essa tipologia é significativa para entendermos o plano de salvação para a humanidade.
O nome Cordeiro é mencionado 27 vezes no Apocalipse — de fato, nenhum outro livro da Bíblia (dentre os 66 existentes) cita tantas vezes o termo [cordeiro] como este. Há grande significado e completude na pessoa do Senhor Jesus (Ap 5.6; 12.11).
Apocalipse é o livro do Cordeiro (Ap 5.8,12,13)! Esta verdade não
invalida — tampouco diminui — o valor que o Cordeiro tem em outros livros da Escritura (Jo 1.29,36; 1 Co 5.7; 1 Pe 1.19). Pelo contrário, reafirma a importância do Seu sacrifício (Êx 12.5).
O Sangue — isto é, a morte sacrificial — de Jesus Cristo aplacou a
ira de Deus contra nós e assegurou-nos de que Seu tratamento para conosco será propício e favorável. Daqui por diante, em lugar de mostrar-se contra nós, Ele fará por nós, em nossa vida e experiência (PACKER apud BOICE, Central Gospel, 2011a, p. 273).
1. A MORTE DO CORDEIRO
No Éden, Deus mata um animal e tira-lhe a pele para fazer vestes para Adão e Eva. Esta ação profética prefigurava a morte do Cordeiro de Deus, que morreria em lugar e em favor de toda humanidade (Ap 13.8).
Em todas as dispensações — inocência, consciência, governo humano, patriarcal, graça e governo divino (ou Milênio) —, nota-se a figura e a presença do Cordeiro. Durante a dispensação da graça, Ele é gerado pelo Espírito Santo, no útero de uma virgem chamada Maria, cumprindo, assim, literalmente a profecia de Isaías (Is 7.14); neste mesmo livro, o profeta vaticina Seu sacrifício e morte em uma das mais expressivas passagens bíblicas (Is 53.5-7).
1.1. O Cordeiro morreu por todos os pecadores
A morte do Cordeiro foi uma demonstração plena e maravilhosa do amor de Deus em favor da humanidade (Rm 5.8; Cl 1.20). Nas palavras do apóstolo Paulo, esse amor é a expressão maior do próprio Cordeiro: e andai em amor, como também Cristo vos amou e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave (Ef 5.2).
Ao morrer voluntariamente na cruz pelos pecadores, o Cordeiro puro e incontaminado derramou o Seu sangue e, por meio deste, redimiu o homem dos seus pecados (Mt 26.28). A Sua morte atendeu à exigência da justiça divina (Hb 9.22). Deste modo, os ímpios — pecadores — são reconciliados com o Pai (Rm 5.8,10; Tt 2.14).
Deus amou o mundo e deu o Seu Filho para morrer em favor de todos — povos, raças, tribos, línguas e nações (Jo 3.16). O Cordeiro santo morreu por toda humanidade, sem distinção (2 Co 5.15). Sua morte substitutiva propicia ao pecador arrependido a absolvição dos delitos cometidos (Is 53.10-12).
1.2. O Cordeiro morreu para dar vida aos que nele creem
O filho pródigo, quando retornou à casa, maltrapilho, envergonhado e cabisbaixo, devido às decisões que tomara, ouviu a voz amorosa do pai: Mas era justo alegrarmo-nos e regozijarmo-nos, porque este teu irmão estava morto e reviveu; tinha-se perdido e foi achado (Lc 15.32).
O homem foi criado imortal, mas, por ter desobedecido a uma ordem expressa de Deus, o pecado entrou no mundo e, com ele, a vergonha, o medo, a desordem e a expulsão do primeiro casal do jardim do Éden; todavia, a pior de todas as consequências foi a morte — espiritual e física (Rm 5.12).
A morte vicária do Cordeiro revela, acima de tudo, a graça de Deus: Jesus desceu do céu e veio à terra, onde se encontravam os homens — mortos em delitos e pecados (Ef 2.1 ARA) — para, por Seu infinito amor e misericórdia, vivificá-los juntamente com Ele (Ef 2.5).
A morte do Cordeiro trouxe, ainda, vida abundante aos que aceitam a Cristo como Salvador (Jo 10.10). Tudo se torna novo na vida daquele que recebe a nova vida conquistada pelo Cordeiro de Deus que tira (mata) o pecado do mundo (Jo 1.29).
Receber o Cordeiro — que ressuscitou e vive para sempre — e permanecer nele significa tornar-se uma nova criatura e implica adotar uma nova maneira de pensar, sentir e agir (2 Co 5.17).
1.3. O Cordeiro morreu para aproximar homens e mulheres de Deus
Antes da morte vicária de Cristo na cruz, o ser humano encontrava-se totalmente perdido e longe de Deus. O pecado separa e distancia homens e mulheres do olhar do Altíssimo — nas palavras do profeta Isaías: vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça (Is 59.2).
No plano espiritual, só existem duas classes de pessoas: as que estão perto de Deus e as que estão longe. Deus não deseja que ninguém, absolutamente ninguém, esteja distanciado dele e se perca, sem conhecer a verdade salvadora.
O Cordeiro veio salvar e buscar os que estavam perdidos, segundo a ótica e perspectiva humanas (Lc 19.10): os perdidos no deserto do mundo (Lc 15.4); os que se perderam dentro de casa (Lc 15.8); e também os perdidos que abandonaram a casa do Pai (Lc 15.32).
2. A IGREJA DO CORDEIRO
Um dos principais objetivos do nascimento do Cordeiro foi a fundação e edificação da Igreja:
Deus a projetou em Seu coração; fundou-a em Cristo; e inaugurou-
-a pela ação do Espírito Santo no Pentecostes. Desde então, ela vem sendo edificada, a cada dia (Mt 16.18).
No Livro do Apocalipse, a Igreja do Cordeiro ocupa dois capítulos inteiros, que somam um total de 51 versículos (Ap 2; 3). Depois da família, a Igreja — que é constituída de pessoas redimidas, justificadas e santificadas pelo sangue do Cordeiro — ocupa posição privilegiada na sociedade.
2.1. O Cordeiro é o Cabeça da Igreja
Os membros da Igreja formam um corpo, cujo Cabeça (líder) é Cristo (Ef 5.23). O Senhor zela por sua manutenção, ou seja, Ele trabalha no sentido de fazê-la receber os benefícios outorgados pela unidade de seus membros, vindo, assim, a apropriar-se dos tesouros do conhecimento e da revelação.
O Cabeça da Igreja — a quem todas as coisas estão sujeitas, inclusive as forças angelicais (Cl 2.10) — pode salvar o Corpo (Ef 5.22,23), pois é Senhor e Cristo (At 2.36). Em outras palavras: a Igreja cresce, frutifica e expande-se por meio do Cordeiro (Ef 1.22; 4.15).
Deus, provavelmente, matou um cordeiro e daquele cordeiro obteve vestimentas de pele para vestir a nudez tanto física como espiritual de Adão e Eva (Gn 3.7), o que representa as vestes de justiça que Jesus dá aos pecadores arrependidos (Rm 4.6; 1 Co 1.30; 2 Co 5.21; Fp 3.9) (WILLMINGTON, H. L. Central Gospel, 2015, p. 95).
A FUNÇÃO DA CABEÇA E SEU SIMBOLISMO
Na cabeça estão os olhos (Ap 1.14)
Na cabeça está a boca (Mt 4.4)
Na cabeça está a mente (1 Co 2.16)
Da cabeça emana a autoridade sobre o corpo (Ef 1.22,23)
A cabeça é a parte do corpo que recebe a coroa (Hb 2.9)
A cabeça é a fonte de poder do corpo (Mt 28.18)
Sobre a cabeça está a unção (At 10.38)
2.2. A Igreja do Cordeiro é perseverante
A incipiente Igreja do Cordeiro dava os seus primeiros passos em Jerusalém (At 2.46). Conforme foi agregando novos membros, passou a reunir-se como corpo (Rm 12.4,5); família de Deus (1 Jo 3.1-10); e rebanho, conduzido por um único Pastor (Jo 10.16; 1 Pe 5.4). Com a direção do Espirito Santo, os novos conversos e cristãos viviam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações (At 2.42).
2.2.1. Na doutrina apostólica
Alicerçada na Palavra, a Igreja primitiva conservava os princípios apostólicos, mantendo-se vigilante contra os falsos mestres enviados por Satanás (2 Pe 2.1-3; 1 Tm 4.2); contra os falsos profetas (Mt 7.15,16; 2 Ts 2.3,9,10); e contra os caminhos falsos (Cl 2.18,23; Sl 119.118).
A Igreja do Cordeiro retinha o ensino apostólico — a doutrina das Escrituras (2 Pe 1.21; 2 Tm 3.15-17) — relacionado à divindade de Cristo (Jo 1.1-3); à salvação pela graça (Ef 2.8); ao batismo em águas (Mt 28.19; At 10.47,48); ao batismo com o Espírito Santo (At 10.44-46); à Trindade divina (Mt 28.19); e à segunda vinda de Cristo (1 Ts 4.16,17).
2.2.2. Nas orações
Deus pode falar ao homem de várias maneiras, mas o homem tem na oração seu principal meio de comunicação com o Pai (Sl 6.9). A Igreja do Cordeiro revela sua perseverança quando ora em todo o tempo (1 Ts 5.17): pela manhã (Mc 1.35); em ocasiões emergenciais (Jo 11.41,42); diante das tentações (Lc 22.41,42); em tempos de paz ou de guerra (Lc 22.41,42); para demonstrar gratidão (Mt 11.25-27) ou interceder (Jo 17.1-26).
2.2.3. Na comunhão e no partir do pão
A Igreja do Cordeiro demonstra o amor ágape (Jo 13.34): no ser de Cristo; no estar em Cristo; no amar em Cristo; e na unidade em Cristo — Pai, Cordeiro e Igreja, todos em perfeita comunhão (Jo 17.21). Em unanimidade, em todos os lugares, a Igreja do Cordeiro vive com alegria e simplicidade (At 2.46).
2.2.4. Na proclamação do evangelho
A Igreja mantém-se perseverante, quando obedece ao mandato do Cordeiro (Mc 16.15), consciente de que o evangelho é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê (Rm 1.16). Assim, tenazmente, dedica-se ao evangelismo e às missões, ganhando para Cristo pessoas em todos os lugares, em todo o tempo, enquanto é dia (Jo 9.4).
3. A GLÓRIA DO CORDEIRO
João contemplou quatro seres celestiais e vinte e quatro anciãos ajoelhados diante do Cordeiro, com harpas e taças de ouro nas quais estavam depositadas as orações dos santos (Ap 5.8).
Todos entoavam um novo cântico ao Senhor (Ap 5.9,10). Em seguida, uma forte e grande voz de milhões e milhões de anjos e de todos os que ali habitam declaravam a dignidade do Cordeiro (Ap 5.11,12).
Tudo e todos no céu têm um único objetivo: render glórias ao Cordeiro por Sua dignidade (Ap 5.8-14), isto porque Ele venceu todos os Seus inimigos e recebeu outra vez a glória que era Dele (Jo 17.1-10).
O Cordeiro santo (Ap 3.7), fiel (1 Ts 5.24), inocente (Mt 27.4), justo (At 22.14) e misericordioso (Hb 2.17) é glorificado no céu, na terra e debaixo da terra (Fp 2.9,10), pelo que Ele é, não apenas pelo que Ele faz. E Ele virá outra vez para ser glorificado em Seus santos (2 Ts 1.10).
A dignidade divina baseia-se nas seguintes realidades (Ap 4.11): Ele é Criador de tudo quanto existe — causa primeira. Ele é o Preservador e sustentador da Criação. Ele é a causa final de todas as coisas — pelo prazer e vontade criou tudo. (Adaptado de: Bíblia de Estudo Matthew Henry. Central Gospel, 2014, p. 2110).
CONCLUSÃO
A morte do Cordeiro de Deus, o Senhor Jesus, é o maior e mais valioso evento na história humana. As profecias se cumpriram literalmente.
O sangue inocente e poderoso que Cristo derramou na cruz foi suficiente para: satisfazer a justiça divina; redimir o homem da condenação do inferno; e conceder-lhe vida eterna, pela fé em Seu sacrifício (1 Jo 1.7; At 16.31).
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Qual é a importância da simbologia de Cristo como Cordeiro
de Deus?
R.: É importante porque representa a substituição e expiação do pecador diante de Deus (Jo 1.29).
► Lição 07 - O Cordeiro de Deus
► Subsidio: Lição 07 - O Cordeiro de Deus
► Pré - aula: Lição 07 - O Cordeiro de Deus
Jovens e Adultos: Lições da Palavra de Deus - 1º Trimestre de 2018Tema: Grandes Temas do Apocalipse - Uma perspectiva Profética dos Últimos Tempos - Editora: Central Gospel
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Atualizada
Bíblia Nova Tradução na Linguagem de Hoje, da Sociedade Bíblica do Brasil. através deste site.
BÍBLIA ONLINE
Lição: Jovens e Adultos
Trimestre: 1° de 2018
Comentarista: Pr. Joá Caitano
Fonte: www.sub.blogspot.com
Fonte: Editora: Central Gospel
JESUS VIRA!
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