Texto Áureo
Levítico 8.12
“Depois, derramou do azeite da unção sobre a cabeça de Arão e ungiu-o, para santificá-lo”.Levítico 8.12
Verdade Aplicada
O sacerdócio de Jesus Cristo diante de Deus é a certeza de sempre sermos aceito pelo Senhor.
Objetivos da Lição
Mostrar o privilégio e a responsabilidade de Arão e seus filhos perante Deus e a nação;
Lembrar que a Igreja tem um sacerdócio santo;
Ensinar que quando fazemos conforme a vontade de Deus Sua manifestação é gloriosa.
Glossário
Ilibada: Pura, sem mancha;
Indumentária: Conjunto de roupas que uma pessoa veste;
Novilho: Boi ainda novo; bezerro.
Segunda Êx 28.1-3
Terça Êx 28.4-10
Quarta Lv 8.1-5
Quinta Lv 8.6-11
Sexta Lv 8.33-36
Sábado Lv 9.1-5
Textos de Referência.
Levítico 8.10, 12; 9.1, 23-24
10 Então Moisés tomou o azeite da unção, e ungiu o tabernáculo e tudo o que havia nele, e o santificou;
12 Depois, derramou do azeite da unção sobre a cabeça de Arão e ungiu-o, para santificá-lo.
1 E aconteceu, ao dia oitavo, que Moisés chamou a Arão, e a seus filhos, e aos anciãos de Israel,
23 Então entraram Moisés e Arão na tenda da congregação; depois saíram e abençoaram o povo; e a glória do Senhor apareceu a todo o povo.
24 Porque o fogo saiu de diante do Senhor e consumiu o holocausto e a gordura sobre o altar; o que vendo todo o povo, jubilaram e caíram sobre as suas faces.
Hinos sugeridos.
Harpa cristã: 56
Levítico 10:2
Os filhos de Arão foram descuidados em relação a seguir as leis sacrificiais. Como resposta, Deus os destruiu através de uma labared de fogo. Realizar os sacrifícios era um ato de obediência. Fazê-lo corretamente mostrava respeito por Deus. É fácil nos tornarmos descuidados com relação à nossa obediência a Deus, viver da nossa maneira ao invés da maneira como Deus quer que vivamos. Se nossa maneira fosse tão boa quanto a de Deus, Ele não teria ordenado que vivêssemos da sua maneira.
Ele sempre tem boas razões para seus mandamentos, e nós sempre nos colocamos em perigo quando os desobedecemos de forma consciente ou descuidada.
(Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal - CPAD - pág.214)
Revista Betel Dominical 1º Trimestre de 2018 - Adultos: Tema: Levítico: O ministério sacerdotal Levítico e sua relevância para a igreja
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Fonte: Revista de Escola Bíblica Dominical, Betel, Levítico – O ministério sacerdotal levítico e sua relevância para a Igreja. Adultos, edição do professor, 1º trimestre de 2018, ano 28, Nº 106, publicação trimestral. Bétel.
Harpa cristã: 56
Harpa cristã: 139
Harpa cristã: 176
Motivo de Oração
Interceda pelos líderes que batalham para manter uma igreja perseverante.
Esboço da Lição
Introdução
1. O sumo sacerdote Arão.
2. A consagração dos filhos de Arão.
3. A glória e o fogo do Senhor.
Introdução
Nos sacrifícios e no sacerdócio temos uma figura do Senhor Jesus Cristo. Ele é o perfeito sacrifício e o perfeito sacerdote. Como sacerdote está diante de Deus para interceder por todos que foram alcançados pelo Seu sacrifício.
1. O sumo sacerdote Arão.
Deus em sua soberana vontade escolheu Arão e seus filhos para exercerem o ministério sacerdotal. Não foi uma escolha por mérito da família de Arão. Por Sua infinita graça, Deus separou uma família para que estivesse perante Ele para interceder pela nação de Israel. O grande privilégio de Arão e seus filhos também trouxe uma grande responsabilidade perante Deus e diante da nação.
1.1. A convocação da assembleia.
Para a realização do ato de consagração dos sacerdotes, Moisés convoca toda a congregação à porta da tenda da congregação (Lv 8.3), como o Senhor lhe ordenara. Todos eles foram lavados com água, símbolo da Palavra de Deus, e depois os vestiu. Uma simbologia perfeita do que acontece com os que hoje são chamados para o serviço do Mestre, pois são purificados pela lavagem da Palavra de Deus e vestidos com as vestes da salvação. Toda a congregação assistiu à cerimônia daqueles que estariam incumbidos do privilégio de responderem pelos interesses mais importantes perante o Senhor (Lv 8.5).
Cada parte do vestuário de Arão tinha um particular interesse para os israelitas (Lv 8.7-9). As roupas do sacerdote, que eram em número de sete (o peitoral, o éfode, o manto, a túnica bordada, a mitra, o cinto e os calções), têm o seu significado em J3esus. Como os israelitas olhavam para Arão e podiam admirar cada peça da indumentária do sacerdote, assim também podemos olhar para Jesus e ver nEle como essas vestes satisfazem as nossas necessidades espirituais. O peitoral (Êx 28.23-29) e as ombreiras (Êx 28.10-12), que tinham os nomes das tribos de Israel, eram levados para dentro do santuário toda vez que Arão oficiasse no santuário. Assim Jesus leva em Seu peito os nomes de cada um dos Seus remidos diante de Deus. Como uma tribo grande ou uma pequena ocupa o mesmo lugar no ombro e no coração do sacerdote, assim também acontece com a Igreja: todos os membros têm lugar no peito e no ombro de Jesus; pois são amados e sustentados por Ele.
1.2. A unção de Arão.
Moisés ungiu o tabernáculo e em seguida Arão (Lv 8.10, 12). Observemos que Arão foi ungido antes do sacrifício ser realizado. Um tipo do Senhor Jesus Cristo, que foi ungido no início do Seu Ministério (Lc 4.18), e antes de morrer na cruz. Todo israelita precisava de um sacerdote para poder chegar a presença de Deus, assim, em Cristo todo salvo tem a ousadia para chegar diante do Senhor. A unção sobre Arão era a aprovação e confirmação de Deus para que ele tivesse autoridade para exercer o ministério sacerdotal em favor de todos os crentes (Hb 7.21).
Arão era um homem fraco como todos os demais sacerdotes que vieram de sua linhagem (Hb 7.28). Apesar do perfeito ofício sacerdotal de Jesus, nós ainda aqui andamos, criaturas cheias de fraquezas, sujeitos a todos os tipos de tropeço e, sendo assim, necessitamos de um sacerdote que, nas alturas, diante de Deus, interceda por nós e nos mantenha em comunhão com Deus. A esfera do ministério de Arão era terrena, mas a esfera do ministério de Cristo é celestial (Hb 8.3-4).
1.3. O sacrifício por Arão.
Mesmo sendo escolhido para ser o sumo sacerdote, Arão era pecador e necessário era o sacrifício para que pudesse estar diante de Deus pela nação de Israel: “Então fez chegar o novilho da expiação do pecado; e Arão e seus filhos puseram as suas mãos sobre a cabeça do novilho da expiação do pecado.” (Lv 8.14). Sabemos que pelo pecado do sacerdote era necessário um novilho (Lv 4.4). E para começar o seu ofício, Arão precisou ter os seus pecados expiados. Toda pessoa que queira servir a Deus tem que ter a experiência da regeneração: “Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo.” (Tt 3.5).
Em todas as épocas Deus sempre teve grandes homens usados por Ele de modo grandioso, mas todos são pecadores e precisam da obra expiatória do Senhor Jesus. A ordenação de Arão foi feita como Deus havia mostrado a Moisés (Êx 29.1-4). Hoje a Igreja deve observar o que diz as Escrituras, sem se desviar de nenhum dos seus ensinamentos. Infelizmente, o modismo tem tomado conta de muitas igrejas e o resultado disso é o povo se afastando de Deus, e o esfriamento dominando vidas, que vão para a igreja meramente para participarem de uma reunião social.
2. A consagração dos filhos de Arão.
Arão e seus filhos separados para o sacerdócio em Israel são figuras de Cristo e Sua Igreja. A responsabilidade de Arão era superior à de seus filhos, mas os filhos de Arão também eram sacerdotes. A Igreja de Cristo é chamada de sacerdócio real (1Pe 2.9). O sacerdócio da Igreja é junto com Cristo, assim como os dos filhos de Arão era com o seu pai.
2.1. As vestes dos filhos de Arão.
Os filhos de Arão também foram vestidos (Lv 8.13), mas não eram vestes iguais a de Arão. Todos aqueles que oficiavam no templo precisavam estar vestidos com as indumentárias corretas que o serviço exigia. Chegar para servir ao Senhor no templo sem as roupas próprias para o serviço desse sacerdote. Podemos também dizer que todos que servem ao Senhor devem se portar adequadamente, isto é, com moral e ética ilibada e sem se descuidar da vida espiritual.
As vestes dos sacerdotes durante o serviço eram: a túnica, que representava o recato e o decoro, pois a finalidade era cobrir todo o corpo; o cinto, que pode representar a prontidão, verdade, caráter, disciplina, força, justiça, firmeza, fidelidade e integridade; e a tiara simboliza a proteção, a salvação. Essas qualidades devem também fazer parte da vida do cristão que, como um intercessor, sempre pode chegar perante o Senhor em favor de alguém, ou para si mesmo. Todo o cuidado deve ser dado às vestes para que não sejam manchadas com o que não tem o selo da aprovação do Senhor. Tudo que não tem a sanção divina deve ser prontamente rejeitado.
2.2. O sangue nos sacerdotes.
Após o sacrifício do animal. Arão e seus filhos estão juntos. Que bela figura de Jesus se identificando com os Seus após ter morrido e ressuscitado. Após a morte e ressurreição de Jesus, a Igreja pode ser morada de Deus, habitação do Espírito Santo. O sangue foi aplicado em Arão como também em seus filhos. O sangue que foi derramado à base do altar era imprescindível em todo o sacrifício pelo pecado (Lv 8.15). A consagração de Arão junto com seus filhos foi com o sangue do carneiro (Lv 8.23), significando que tudo que é oferecido a Deus ou útil para o serviço a Deus tem como fundamento o sangue do sacrifício.
O sangue foi colocado por Moisés sobre a ponta da orelha direita de Arão e dos seus filhos (Lv 8.23-24). O sangue no ouvido de Arão e de seus filhos significa que a Igreja ouve como Jesus ouve, e que um ouvido manchado de sangue está pronto para ouvir e deleitar-se nas comunicações divinas. O sangue sobre o polegar da mão direita de Arão e de seus filhos nos mostra que o serviço da Igreja deve ser tal qual o de Cristo, sempre com o propósito de glorificar a Deus. A conduta do cristão é de acordo com a de Jesus, e tudo isso é possível para a Igreja, por causa do sacrifício vicário de Jesus.
2.3. O azeite nos sacerdotes.
Após o sacrifício oferecido no altar e o sangue ser colocado sobre Arão e seus filhos (orelha, mão e pé) o sangue e o azeite podem ser espargidos sobre eles. Antes Arão foi ungido sozinho, mas agora ele pode estar junto dos seus filhos. Após Sua morte e ressurreição Jesus pode se identificar com os Seus. Jesus veio para buscar o que se havia perdido e conceder ao homem desfrutar do que Ele sempre gozou junto com o Pai: “E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade.” (Jo 17.19).
A santificação dos filhos de Arão aconteceu junto com o seu pai. A santificação da Igreja não acontece fora de Cristo. Todos os meios de purificação da alma que o homem inventa são totalmente inúteis diante de Deus. A santificação é oferecida por Deus ao homem através da obra que Jesus realizou e para que o homem possa dela desfrutar precisa ser um com Jesus Cristo. Toda a perfeição que o homem busca só é encontrada em Jesus. O homem só pode estar na presença de Deus com vestes santas, vestes dadas por Deus, para que não se esconda como fez Adão.
3. A glória e o fogo do Senhor.
Após a consagração de Arão e seus filhos, Deus faz através de Moisés uma promessa: “porquanto hoje o Senhor vos aparecerá” (Lv 9.4). Tudo o que temos estudado no livro de Levítico até agora se resume muito bem nessa promessa. Deus quer um povo santo para que possa conviver no meio dele.
3.1. Comendo na tenda da congregação.
Arão e seus filhos deveriam ficar sete dias na porta da tenda da congregação. Eram os dias necessários para a consagração deles. Deveriam se alimentar naquele local e fazer tudo o que fora ordenado, pois se assim não fizessem morreriam (Lv 8.35-36). Assim, aprendemos os princípios bíblicos sobre o cuidado, seriedade, zelo e preparo para o exercício do ministério. Os detalhes aqui apresentados não são exigidos hoje para os obreiros da Igreja, porém os princípios permanecem (At 6.1-3; 1Tm 3.1-13; Tt 1.5-9).
A passagem bíblica de Levítico 8.31 ensina para a Igreja de Jesus que, como Arão e seus filhos, estamos também nos alimentando do que há na tenda (a Palavra de Deus), e não podemos buscar outro alimento, porque se assim o fizermos morreremos.
3.2. Fogo do Senhor.
Quando tudo é feito conforme deus diz que deve ser feito, então acontece o que encontramos em Levítico 9.24: “o fogo saiu de diante do Senhor e consumiu o holocausto e a gordura sobre o altar”. Essa foi a confirmação de que Deus aprovou tudo o que fora feito. Ele mesmo acendeu o altar de Israel e agora a responsabilidade dos sacerdotes era manter o fogo aceso. A regra é simples: Deus acende o fogo no altar e aos Seus servos compete mantê-lo aceso. Infelizmente, o altar de Israel se apagou. Deus acendeu o fogo da Igreja no dia do Pentecostes. Como estamos hoje?
Com a manifestação poderosa do Senhor queimando a oferta que estava sendo oferecida sobre o altar, o povo se prostrou com júbilo em adoração a Deus. Era um alarido que o povo manifestava, pois estava no seu lugar. O sacerdote Arão, seus filhos, os sacrifícios, o sangue do perdão, a unção, a tenda ungida, tudo para glória de Deus e alegria do Seu povo; assim, o Senhor se manifestou de modo grandioso, com fogo saindo da Sua presença. Deus hoje quer se manifestar de modo semelhante na vida de cada um dos Seus filhos, para que também venhamos nos prostrar em júbilo na Sua presença.
Os filhos de Arão “trouxeram fogo estranho perante a face do Senhor” (Lv 10.1). Notemos que após Moisés, Arão e seus filhos obedecerem às ordenanças do Senhor contidas nos capítulos 8 e 9, a glória do Senhor se manifestou e o fogo veio da parte do Senhor e todo o povo jubilou (Lv 9.23-24). Porém, quando Nadabe e Abiú não agiram de acordo com as leis de Deus, “saiu fogo de diante do Senhor” (Lv 10.2), e eles morreram.
Encontramos no Novo Testamento a advertência para servimos a Deus de modo que O agrade, com reverência e temor (Hb 12.28). Devemos considerar que, tendo recebido uma revelação maior e completa temos ainda mais responsabilidade. M. Ryerson Turnbull comentou: “O pecado de Nadabe e Abiú foi realizar um culto como entendiam e como queriam, adoração ou culto para cuja revelação não consultaram a vontade de Deus revelada”. É um perigo não levar a sério a obra do Senhor e os Seus mandamentos. Deus não aprova os que agem fora dos Seus ditames. É preciso estarmos atentos para a verdade de que, ainda hoje, somente Deus acende o fogo do avivamento, sempre em ligação com a cruz de Cristo: Calvário e Pentecostes. Primeiro o sangue de Cristo derramado, depois o fogo do Espírito Santo (At 2.3).
Conclusão.
Temos em Cristo um Sumo Sacerdote perfeito, que entrou uma vez no santuário celeste com o Seu próprio sacrifício, realizando uma perfeita redenção e outorgando a todos os que creem a ousadia para entrar e permanecer na presença de Deus.
Questionário.
1. Quem Deus escolheu para exercer o ministério sacerdotal?
R: Arão e seus filhos (Lv 8.2).
2. Quem tem autoridade para exercer o ministério sacerdotal em favor de todos os crentes?
R: Jesus (Hb 7.21).
3. O que toda pessoa que queira servir a Deus tem que ter?
R: A experiência da regeneração (Tt 3.5).
4. Como devem se portar todos os que servem ao Senhor?
R: Adequadamente, Isto é, com moral e ética ilibada e sem se descuidar da vida espiritual (Lv 8.13).
5. Qual foi a promessa que Deus fez através de Moisés?
R: “porquanto hoje o Senhor vos aparecerá” (Lv 9.4).
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Esboço da Lição
Introdução
1. O sumo sacerdote Arão.
2. A consagração dos filhos de Arão.
3. A glória e o fogo do Senhor.
Nos sacrifícios e no sacerdócio temos uma figura do Senhor Jesus Cristo. Ele é o perfeito sacrifício e o perfeito sacerdote. Como sacerdote está diante de Deus para interceder por todos que foram alcançados pelo Seu sacrifício.
Deus em sua soberana vontade escolheu Arão e seus filhos para exercerem o ministério sacerdotal. Não foi uma escolha por mérito da família de Arão. Por Sua infinita graça, Deus separou uma família para que estivesse perante Ele para interceder pela nação de Israel. O grande privilégio de Arão e seus filhos também trouxe uma grande responsabilidade perante Deus e diante da nação.
Para a realização do ato de consagração dos sacerdotes, Moisés convoca toda a congregação à porta da tenda da congregação (Lv 8.3), como o Senhor lhe ordenara. Todos eles foram lavados com água, símbolo da Palavra de Deus, e depois os vestiu. Uma simbologia perfeita do que acontece com os que hoje são chamados para o serviço do Mestre, pois são purificados pela lavagem da Palavra de Deus e vestidos com as vestes da salvação. Toda a congregação assistiu à cerimônia daqueles que estariam incumbidos do privilégio de responderem pelos interesses mais importantes perante o Senhor (Lv 8.5).
Cada parte do vestuário de Arão tinha um particular interesse para os israelitas (Lv 8.7-9). As roupas do sacerdote, que eram em número de sete (o peitoral, o éfode, o manto, a túnica bordada, a mitra, o cinto e os calções), têm o seu significado em J3esus. Como os israelitas olhavam para Arão e podiam admirar cada peça da indumentária do sacerdote, assim também podemos olhar para Jesus e ver nEle como essas vestes satisfazem as nossas necessidades espirituais. O peitoral (Êx 28.23-29) e as ombreiras (Êx 28.10-12), que tinham os nomes das tribos de Israel, eram levados para dentro do santuário toda vez que Arão oficiasse no santuário. Assim Jesus leva em Seu peito os nomes de cada um dos Seus remidos diante de Deus. Como uma tribo grande ou uma pequena ocupa o mesmo lugar no ombro e no coração do sacerdote, assim também acontece com a Igreja: todos os membros têm lugar no peito e no ombro de Jesus; pois são amados e sustentados por Ele.
Moisés ungiu o tabernáculo e em seguida Arão (Lv 8.10, 12). Observemos que Arão foi ungido antes do sacrifício ser realizado. Um tipo do Senhor Jesus Cristo, que foi ungido no início do Seu Ministério (Lc 4.18), e antes de morrer na cruz. Todo israelita precisava de um sacerdote para poder chegar a presença de Deus, assim, em Cristo todo salvo tem a ousadia para chegar diante do Senhor. A unção sobre Arão era a aprovação e confirmação de Deus para que ele tivesse autoridade para exercer o ministério sacerdotal em favor de todos os crentes (Hb 7.21).
Arão era um homem fraco como todos os demais sacerdotes que vieram de sua linhagem (Hb 7.28). Apesar do perfeito ofício sacerdotal de Jesus, nós ainda aqui andamos, criaturas cheias de fraquezas, sujeitos a todos os tipos de tropeço e, sendo assim, necessitamos de um sacerdote que, nas alturas, diante de Deus, interceda por nós e nos mantenha em comunhão com Deus. A esfera do ministério de Arão era terrena, mas a esfera do ministério de Cristo é celestial (Hb 8.3-4).
Mesmo sendo escolhido para ser o sumo sacerdote, Arão era pecador e necessário era o sacrifício para que pudesse estar diante de Deus pela nação de Israel: “Então fez chegar o novilho da expiação do pecado; e Arão e seus filhos puseram as suas mãos sobre a cabeça do novilho da expiação do pecado.” (Lv 8.14). Sabemos que pelo pecado do sacerdote era necessário um novilho (Lv 4.4). E para começar o seu ofício, Arão precisou ter os seus pecados expiados. Toda pessoa que queira servir a Deus tem que ter a experiência da regeneração: “Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo.” (Tt 3.5).
Em todas as épocas Deus sempre teve grandes homens usados por Ele de modo grandioso, mas todos são pecadores e precisam da obra expiatória do Senhor Jesus. A ordenação de Arão foi feita como Deus havia mostrado a Moisés (Êx 29.1-4). Hoje a Igreja deve observar o que diz as Escrituras, sem se desviar de nenhum dos seus ensinamentos. Infelizmente, o modismo tem tomado conta de muitas igrejas e o resultado disso é o povo se afastando de Deus, e o esfriamento dominando vidas, que vão para a igreja meramente para participarem de uma reunião social.
Arão e seus filhos separados para o sacerdócio em Israel são figuras de Cristo e Sua Igreja. A responsabilidade de Arão era superior à de seus filhos, mas os filhos de Arão também eram sacerdotes. A Igreja de Cristo é chamada de sacerdócio real (1Pe 2.9). O sacerdócio da Igreja é junto com Cristo, assim como os dos filhos de Arão era com o seu pai.
Os filhos de Arão também foram vestidos (Lv 8.13), mas não eram vestes iguais a de Arão. Todos aqueles que oficiavam no templo precisavam estar vestidos com as indumentárias corretas que o serviço exigia. Chegar para servir ao Senhor no templo sem as roupas próprias para o serviço desse sacerdote. Podemos também dizer que todos que servem ao Senhor devem se portar adequadamente, isto é, com moral e ética ilibada e sem se descuidar da vida espiritual.
As vestes dos sacerdotes durante o serviço eram: a túnica, que representava o recato e o decoro, pois a finalidade era cobrir todo o corpo; o cinto, que pode representar a prontidão, verdade, caráter, disciplina, força, justiça, firmeza, fidelidade e integridade; e a tiara simboliza a proteção, a salvação. Essas qualidades devem também fazer parte da vida do cristão que, como um intercessor, sempre pode chegar perante o Senhor em favor de alguém, ou para si mesmo. Todo o cuidado deve ser dado às vestes para que não sejam manchadas com o que não tem o selo da aprovação do Senhor. Tudo que não tem a sanção divina deve ser prontamente rejeitado.
Após o sacrifício do animal. Arão e seus filhos estão juntos. Que bela figura de Jesus se identificando com os Seus após ter morrido e ressuscitado. Após a morte e ressurreição de Jesus, a Igreja pode ser morada de Deus, habitação do Espírito Santo. O sangue foi aplicado em Arão como também em seus filhos. O sangue que foi derramado à base do altar era imprescindível em todo o sacrifício pelo pecado (Lv 8.15). A consagração de Arão junto com seus filhos foi com o sangue do carneiro (Lv 8.23), significando que tudo que é oferecido a Deus ou útil para o serviço a Deus tem como fundamento o sangue do sacrifício.
O sangue foi colocado por Moisés sobre a ponta da orelha direita de Arão e dos seus filhos (Lv 8.23-24). O sangue no ouvido de Arão e de seus filhos significa que a Igreja ouve como Jesus ouve, e que um ouvido manchado de sangue está pronto para ouvir e deleitar-se nas comunicações divinas. O sangue sobre o polegar da mão direita de Arão e de seus filhos nos mostra que o serviço da Igreja deve ser tal qual o de Cristo, sempre com o propósito de glorificar a Deus. A conduta do cristão é de acordo com a de Jesus, e tudo isso é possível para a Igreja, por causa do sacrifício vicário de Jesus.
Após o sacrifício oferecido no altar e o sangue ser colocado sobre Arão e seus filhos (orelha, mão e pé) o sangue e o azeite podem ser espargidos sobre eles. Antes Arão foi ungido sozinho, mas agora ele pode estar junto dos seus filhos. Após Sua morte e ressurreição Jesus pode se identificar com os Seus. Jesus veio para buscar o que se havia perdido e conceder ao homem desfrutar do que Ele sempre gozou junto com o Pai: “E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade.” (Jo 17.19).
A santificação dos filhos de Arão aconteceu junto com o seu pai. A santificação da Igreja não acontece fora de Cristo. Todos os meios de purificação da alma que o homem inventa são totalmente inúteis diante de Deus. A santificação é oferecida por Deus ao homem através da obra que Jesus realizou e para que o homem possa dela desfrutar precisa ser um com Jesus Cristo. Toda a perfeição que o homem busca só é encontrada em Jesus. O homem só pode estar na presença de Deus com vestes santas, vestes dadas por Deus, para que não se esconda como fez Adão.
Após a consagração de Arão e seus filhos, Deus faz através de Moisés uma promessa: “porquanto hoje o Senhor vos aparecerá” (Lv 9.4). Tudo o que temos estudado no livro de Levítico até agora se resume muito bem nessa promessa. Deus quer um povo santo para que possa conviver no meio dele.
Arão e seus filhos deveriam ficar sete dias na porta da tenda da congregação. Eram os dias necessários para a consagração deles. Deveriam se alimentar naquele local e fazer tudo o que fora ordenado, pois se assim não fizessem morreriam (Lv 8.35-36). Assim, aprendemos os princípios bíblicos sobre o cuidado, seriedade, zelo e preparo para o exercício do ministério. Os detalhes aqui apresentados não são exigidos hoje para os obreiros da Igreja, porém os princípios permanecem (At 6.1-3; 1Tm 3.1-13; Tt 1.5-9).
A passagem bíblica de Levítico 8.31 ensina para a Igreja de Jesus que, como Arão e seus filhos, estamos também nos alimentando do que há na tenda (a Palavra de Deus), e não podemos buscar outro alimento, porque se assim o fizermos morreremos.
Quando tudo é feito conforme deus diz que deve ser feito, então acontece o que encontramos em Levítico 9.24: “o fogo saiu de diante do Senhor e consumiu o holocausto e a gordura sobre o altar”. Essa foi a confirmação de que Deus aprovou tudo o que fora feito. Ele mesmo acendeu o altar de Israel e agora a responsabilidade dos sacerdotes era manter o fogo aceso. A regra é simples: Deus acende o fogo no altar e aos Seus servos compete mantê-lo aceso. Infelizmente, o altar de Israel se apagou. Deus acendeu o fogo da Igreja no dia do Pentecostes. Como estamos hoje?
Com a manifestação poderosa do Senhor queimando a oferta que estava sendo oferecida sobre o altar, o povo se prostrou com júbilo em adoração a Deus. Era um alarido que o povo manifestava, pois estava no seu lugar. O sacerdote Arão, seus filhos, os sacrifícios, o sangue do perdão, a unção, a tenda ungida, tudo para glória de Deus e alegria do Seu povo; assim, o Senhor se manifestou de modo grandioso, com fogo saindo da Sua presença. Deus hoje quer se manifestar de modo semelhante na vida de cada um dos Seus filhos, para que também venhamos nos prostrar em júbilo na Sua presença.
Os filhos de Arão “trouxeram fogo estranho perante a face do Senhor” (Lv 10.1). Notemos que após Moisés, Arão e seus filhos obedecerem às ordenanças do Senhor contidas nos capítulos 8 e 9, a glória do Senhor se manifestou e o fogo veio da parte do Senhor e todo o povo jubilou (Lv 9.23-24). Porém, quando Nadabe e Abiú não agiram de acordo com as leis de Deus, “saiu fogo de diante do Senhor” (Lv 10.2), e eles morreram.
Encontramos no Novo Testamento a advertência para servimos a Deus de modo que O agrade, com reverência e temor (Hb 12.28). Devemos considerar que, tendo recebido uma revelação maior e completa temos ainda mais responsabilidade. M. Ryerson Turnbull comentou: “O pecado de Nadabe e Abiú foi realizar um culto como entendiam e como queriam, adoração ou culto para cuja revelação não consultaram a vontade de Deus revelada”. É um perigo não levar a sério a obra do Senhor e os Seus mandamentos. Deus não aprova os que agem fora dos Seus ditames. É preciso estarmos atentos para a verdade de que, ainda hoje, somente Deus acende o fogo do avivamento, sempre em ligação com a cruz de Cristo: Calvário e Pentecostes. Primeiro o sangue de Cristo derramado, depois o fogo do Espírito Santo (At 2.3).
Conclusão.
Temos em Cristo um Sumo Sacerdote perfeito, que entrou uma vez no santuário celeste com o Seu próprio sacrifício, realizando uma perfeita redenção e outorgando a todos os que creem a ousadia para entrar e permanecer na presença de Deus.
1. Quem Deus escolheu para exercer o ministério sacerdotal?
R: Arão e seus filhos (Lv 8.2).
2. Quem tem autoridade para exercer o ministério sacerdotal em favor de todos os crentes?
R: Jesus (Hb 7.21).
3. O que toda pessoa que queira servir a Deus tem que ter?
R: A experiência da regeneração (Tt 3.5).
4. Como devem se portar todos os que servem ao Senhor?
R: Adequadamente, Isto é, com moral e ética ilibada e sem se descuidar da vida espiritual (Lv 8.13).
5. Qual foi a promessa que Deus fez através de Moisés?
R: “porquanto hoje o Senhor vos aparecerá” (Lv 9.4).
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Os filhos de Arão foram descuidados em relação a seguir as leis sacrificiais. Como resposta, Deus os destruiu através de uma labared de fogo. Realizar os sacrifícios era um ato de obediência. Fazê-lo corretamente mostrava respeito por Deus. É fácil nos tornarmos descuidados com relação à nossa obediência a Deus, viver da nossa maneira ao invés da maneira como Deus quer que vivamos. Se nossa maneira fosse tão boa quanto a de Deus, Ele não teria ordenado que vivêssemos da sua maneira.
Ele sempre tem boas razões para seus mandamentos, e nós sempre nos colocamos em perigo quando os desobedecemos de forma consciente ou descuidada.
(Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal - CPAD - pág.214)
Revista Betel Dominical 1º Trimestre de 2018 - Adultos: Tema: Levítico: O ministério sacerdotal Levítico e sua relevância para a igreja
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