Texto Áureo
“E chamou o Senhor a Moisés e falou com ele da tenda da congregação, dizendo.”
Verdade Aplicada
O Senhor Deus quer o homem próximo de si e assim estabelecer o cerimonial levítico para que Ele possa estar na tenda da congregação.
Objetivos da Lição
Mostrar que a lei estabelece condições para o homem ter comunhão com Deus;
Ensinar que a lei contém instruções para todas as áreas da vida humana;
Demonstrar que nada pode impedir os propósitos de Deus.
Glossário
Nítido: Claro, compreensível;
Súdito: Indivíduo que se submete à vontade de outrem, devendo-lhe obediência e respeito;
Rito: conjunto das cerimônias e regras a serem observadas na prática de qualquer religião, seita, etc.; liturgia.
Leituras complementares
Segunda Rm 7.12
Terça Rm 7.14
Quarta Rm 7.25
Quinta Cl 3.20-22
Sexta Hb 9.22
Sábado Hb 10.1-3
Textos de Referência.
Romanos 7.7-8, 10-12
7 Que diremos, pois? É a lei pecado? De modo nenhum; mas eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás.
8 Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, obrou em mim toda a concupiscência: porquanto, sem a lei, estava morto o pecado.
10 E o mandamento que era para vida, achei eu que me era para morte.
11 Porque o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, me enganou e, por ele, me matou.
12 E Assim, a lei é santa; e o mandamento, santo, justo e bom.
Hinos sugeridos.
Harpa cristã: 6
Harpa cristã: 6
Harpa cristã: 47
Harpa cristã: 196
Motivo de Oração
Ore para que a santificação seja um alvo sempre constante da Igreja do Senhor.
Esboço da Lição
Introdução
1. Levítico: manual da santidade.
2. A lei de Deus.
3. Objetivos da lei.
Introdução
No livro de Levítico vemos que Deus quer conviver com o homem e que por essa razão provê meios para tal intento. Um dos alvos da lei é revelar as condições para a comunhão do homem com Deus.
1. Levítico manual de santidade.
Levítico é o terceiro livro de Moisés e faz parte do Pentateuco, “os cinco rolos”. A palavra “Pentateuco” vem de uma combinação da palavra grega “penta”, que significa “cinco”, e “teuchos” que pode ser traduzida como “pergaminhos”. O livro apresenta basicamente um manual de leis e preceitos para a nação de Israel, para que a mesma viesse a ser um modelo de nação a ser seguido pelas demais nações.
1.1. O livro da lei de Deus.
Levítico nos apresenta as leis do Senhor e como o culto a deus deveria ser oferecido. Também ensina como os, sacerdotes deveriam ordenar esse culto, para que Deus fosse glorificado através das ofertas e sacrifícios, e as bênçãos viessem sobre o povo. Mostra como os sacerdotes deveriam cuidar da casa de Deus e também de como andar diante de Deus em sua casa. É um livro de valores espirituais, repletos de ensinamentos para os nossos dias e deve ser visto como um livro de estudo, a ser estudado em oração e meditação para um maior aproveitamento, e não um livro para ser lido de maneira rápida e superficial. O livro mostra como Deus deseja ter relacionamento com o Seu povo.
No livro de Levítico encontramos as instruções divinas sobre a forma do culto e o comportamento dos sacerdotes através das normas e preceitos, ritos e ofertas. Assim também, no Novo Testamento, o Espírito Santo, através dos apóstolos, estabelece como o culto deve ser oferecido a Deus e o comportamento dos que se aproximam dEle para cultuá-Lo (1Co 14.26). Se o culto é para Deus, Ele tem o direito de exigir como deve ser realizado.
1.2. O livro onde Deus fala na tenda.
Aprendemos lendo os primeiros livros da Bíblia, como Deus vem em direção ao homem, pois, por causa do pecado, é impossível por si mesmo o homem ir em direção a Deus. Em Gênesis, logo após a queda do homem, Deus vai ao seu encontro e o veste. No livro de Êxodo, Deus fala com o homem no monte Sinai (Êx 24.1-2) e no primeiro capítulo do livro de Levítico, Deus chama Moisés para falar com ele na tenda da congregação (Lv 1.1). É Deus descendo em busca do homem, um princípio exposto em toda as Escrituras.
Deus se aproxima do Seu povo para estabelecer o sistema de adoração. O termo “Levítico” é oriundo da versão grega Septuaginta. Nos escritos judaicos é designado pelo nome da primeira palavra: “Wayyiqra”, que significa “Ele chamou”. Deus chamou a Moisés para falar com ele e hoje continua a chamar o homem para com ele se comunicar. O Deus a quem servimos se comunica conosco de muitas maneiras, mas a principal é através da Sua maravilhosa Palavra (Rm 7.7).
1.3. O livro em que a vontade de Deus é revelada.
A vontade de Deus é a santificação do homem e este ensino encontra-se de modo bem nítido no livro de Levítico (Lv 20.7). Santificação é uma ordem imperativa e não uma opção de vida. Deus exige santidade e Sua vontade nos é revelada não apenas no livro de Levítico, mas em toda a Escritura Sagrada. A vontade de Deus deve ter para nós a mesma importância que teve para Jesus quando se expressou para os Seus discípulos durante o Seu ministério (Jo 4.34).
A Bíblia é perfeita e seus ensinos são bem explícitos: a santificação é vontade de Deus para o homem. Essa é uma doutrina fundamental da Palavra de Deus e a encontramos de modo bem claro nos ensinos apostólicos (1Ts 4.3; 5.23; Hb 12.14; 1Pe 1.16); um assunto vasto em todo o Novo Testamento.
2. A lei de Deus.
Lei é um princípio, um preceito, uma norma, criada para estabelecer as regras que devem ser seguidas, é um ordenamento. Do latim “lex”, que significa “lei” – uma obrigação imposta. Desse modo, Deus nos deu a Sua lei para que viéssemos a cumpri-la e assim alcançássemos os objetivos por ela determinados. Essa lei é perfeita, como nos afirma a Sua Palavra (Rm 7.12).
2.1. A lei moral.
A lei moral é a expressão da natureza e vontade divina para o homem, estabelecendo absoluta conformidade com a Sua santidade, como condição normal para o homem. O homem a cumpre somente se o seu ser moral bem como o racional não estiverem influenciados pelo pecado. A lei moral de Deus está além dos argumentos humanos e deve ser obedecida. Essa lei não está sujeita a costumes de uma sociedade, mas, como lei que procede de um Ser moralmente perfeito, que é Deus, é para ser aceita pelo homem.
O homem foi criado sem pecado, mas após a queda tornou-se um ser moralmente imperfeito. Portanto, é impossível para o mesmo o cumprimento da lei. O homem no seu estado de ignorância espiritual pensa ter a capacidade de poder se justificar diante de Deus pelas obras da lei, mas, com a revelação da verdade da Palavra de Deus, o homem tem o conhecimento de que a salvação só pode ser obtida através da graça, por intermédio de Jesus Cristo (Jo 1.17). Só Ele foi capaz de cumprir a lei (Mt 5.17), e de agradar ao Pai (Jo 8.29). Assim, agora Deus oferece ao homem a salvação, não como uma recompensa pelas boas obras, mas como um dom divino por meio da fé em Jesus Cristo.
2.2. A lei civil.
A lei moral é a expressão da vontade de Deus. Para poder aplicar a lei aos Seus súditos na vida cotidiana, foi acrescentada a lei civil, que estabelece penalidades e instruções para a sua execução. Encontramos essas leis no livro do Êxodo (Êx 21.23). Elas tratam especialmente da proteção da vida humana e da propriedade. A lei civil era para regular o relacionamento com o próximo e a proteção dos bens. Aprendemos assim sobre a grandeza de Deus, que, sendo o Todo-Poderoso, se preocupa em orientar Sua criação, desde a morte de um boi ao vestuário do homem (Êx 22.10-11; Êx 22.26).
A lei foi dada ao povo de Israel para a situação social em que vivia. Ela não exigia que houvesse escravidão, mas, visto que existia, as leis regulamentares regeriam a manutenção das relações certas. Os princípios éticos da lei podem ser aplicados a qualquer tipo de sociedade. A lei não tem a capacidade de mudar a natureza humana, mas pode proteger a vida e a propriedade ao ditar as regras corretas de como o homem deve proceder para com o seu próximo. Mesmo sendo uma lei para o justo relacionamento entre a nação de Israel, temos em Êxodo 21.2-6 um texto que se cumpre na pessoa de Jesus Cristo, quando voluntariamente se oferece como servo (Fp 2.7).
2.3. A lei cerimonial.
A lei cerimonial é um conjunto de normas necessárias para a realização do culto judaico, que consistia de ofertas e sacrifícios, apresentados por um sacerdote, que serviam como base de adoração. Uma lei que dizia especificamente a adoração por parte de Israel ao Senhor (Lv 1.2). A Igreja não precisa se preocupar com os detalhes dos sacrifícios, mas, sim, entender o sentido e como eles apontam para a pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo, como foi cumprido nEle depois da Sua morte e ressurreição. Essas ordenanças dadas por Deus a Israel eram necessárias para a Sua presença no arraial do povo israelita. A igreja não está sujeita ao cumprimento desse ritual, pois a lei é sombra das coisas futuras (Hb 10.1).
Todo o sistema cerimonial teve a sua utilidade e foi necessário à nação de Israel para que pudesse prestar o seu culto em adoração a Deus, mas, com a vinda de Jesus, a Igreja hoje apresenta a Deus um culto não com aparência externa, mas um culto com expressão que brota de um interior em completo quebrantamento e contriçao, pois é o culto que agrada a Deus. Para que isso viesse a acontecer, Deus enviou o Seu Espírito para habitar e estar na Igreja (Jo 14.17). Todo o rito cerimonial era para que o culto tivesse a presença de Deus no arraial. Hoje a Igreja apresenta um culto a Deus em espírito e em verdade (Jo 4.23).
3. Objetivos da lei.
Se o homem não tivesse recebido a lei de Deus, certamente teria um conceito errado acerca do pecado e também de si mesmo (Rm 7.7). Também descansaria sobre os seus próprios pensamentos, nos seus sentimentos, ou na própria experiência, a respeito do que é certo ou do que é errado, de como agradar e servir a Deus.
3.1. Trazer Deus para o meio do povo.
Agora Deus pode falar com Moisés da tenda (Lv 1.1), pois o chama para lhe dar as ordenanças e ritos que os sacerdotes teriam de cumprir com relação a si mesmos e também com relação as ofertas e os sacrifícios que seriam trazidos pelo povo até ao altar do Senhor. Essas normas também incluiriam a responsabilidade do povo em como se apresentar diante de Deus e como e quais as características dessas ofertas que seriam trazidas perante o Senhor. Assim Deus estaria no meio do Seu povo, que resgatou da escravidão do Egito para por ele ser adorado e também prover todas as bênçãos necessárias para o seu crescimento.
A maior riqueza que Israel poderia possuir era presença de Deus, pois Sua presença traz toda a felicidade que um povo pode desejar (Sl 33.12). Deus escolheu a nação de Israel para fazer dela uma propriedade peculiar, um reino sacerdotal, um povo santo (Êx 19.5-6). Ele escolheu Israel para ser um povo santo e habitar entre eles. Para que essa presença fosse constante, era necessário que Israel vivesse o padrão de santidade exigido por Deus (Dt 14.2).
3.2. Revelar o pecado no homem.
O ser humano em sua natureza caída procura mostrar uma aparência de piedade, mas o seu interior está completamente corrompido. A lei veio revelar o que há no interior do homem. O apóstolo Paulo expressou essa verdade ao fazer menção do mandamento quanto à cobiça (Rm 7.7). Por se tratar de uma atitude não tão visível como matar, roubar ou adulterar. A cobiça pode até ser disfarçada diante dos olhos humanos, mas não diante dos olhos humanos, mas não diante Daquele que conhece a totalidade do ser humano.
Jesus duramente combateu os escribas e fariseus, lhes chamando de hipócritas, pois ensinavam a lei, mas o seu interior estava cheio de iniquidade (Mt 23.25). Eles tinham um bonito discurso, mas a vida era completamente desordenada. Infelizmente, isso acontece nos nossos dias, nos quais prega-se um evangelho sem nenhum compromisso com a verdade. A mensagem apresentada tem apenas estes objetivos; oferecer vantagens passageiras, levantar recursos por meios inescrupulosos e enganar os incautos e inconstantes. Assim como Jesus condenou os escribas e fariseus, do mesmo modo serão julgados os que assim fazem atualmente, se não se arrependerem de seus atos malignos.
3.3. Mostrar a incapacidade do homem de cumprir a lei.
Quando afirma que não consegue realizar o bem (Rm 7.18), Paulo demonstra toda a capacidade e fragilidade do homem diante da lei. Saber o que é correto, mas ser incapaz de realizar; triste sina. A lei me traz o que é correto, mas sou incapaz de alcançar. É correr sabendo que nunca vai alcançar o fim. É descobrir que o homem não pode controlar-se a si mesmo e, assim, torna-se escravo do pecado. Mesmo quando pensamos que estamos fazendo o que é correto o pecado continua presente (Rm 7.17).
Uma lei funciona até que outra lei mais forte entre em ação. A lei do Espírito de vida nos livrou (Rm 8.2), pois é mais forte do que a lei do pecado. Em Cristo passamos para uma esfera de existência completamente distinta, pois a lei do pecado e da morte não tem mais nenhuma jurisdição sobre aquele que se coloca debaixo da lei de Cristo, a lei do Espírito de vida.
Conclusão.
A lei não pode conceder ao homem uma vida justa, pois ela só é útil para aquele que nunca pecou e para quem pecou ela não tem nenhuma solução. Porém, Jesus Cristo, vindo a este mundo, cumpriu a lei e nos trouxe a Sua graça, pela qual todo homem que a aceita é justificado diante de Deus.
Questionário.
1. Qual o terceiro livro de Moisés?
R: Levítico (Lv 1.1).
2. Qual ensino encontra-se de modo bem nítido no livro de Levítico?
R: A santificação do homem (Lv 20.7).
3. Para que servia a lei civil?
R: Para regular o relacionamento com o próximo e a proteção dos bens (Êx 21-23).
4. Por que a Igreja não precisa cumprir o ritual da lei?
R: Porque a lei é sombra das coisas futuras (Hb 10.1).
5. Qual o mandamento Paulo usa para referir-se ao pecado no interior do homem?
R: “Não cobiçarás” (Rm 7.7).
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Ore para que a santificação seja um alvo sempre constante da Igreja do Senhor.
Esboço da Lição
Introdução
1. Levítico: manual da santidade.
2. A lei de Deus.
3. Objetivos da lei.
Introdução
No livro de Levítico vemos que Deus quer conviver com o homem e que por essa razão provê meios para tal intento. Um dos alvos da lei é revelar as condições para a comunhão do homem com Deus.
1. Levítico manual de santidade.
Levítico é o terceiro livro de Moisés e faz parte do Pentateuco, “os cinco rolos”. A palavra “Pentateuco” vem de uma combinação da palavra grega “penta”, que significa “cinco”, e “teuchos” que pode ser traduzida como “pergaminhos”. O livro apresenta basicamente um manual de leis e preceitos para a nação de Israel, para que a mesma viesse a ser um modelo de nação a ser seguido pelas demais nações.
1.1. O livro da lei de Deus.
Levítico nos apresenta as leis do Senhor e como o culto a deus deveria ser oferecido. Também ensina como os, sacerdotes deveriam ordenar esse culto, para que Deus fosse glorificado através das ofertas e sacrifícios, e as bênçãos viessem sobre o povo. Mostra como os sacerdotes deveriam cuidar da casa de Deus e também de como andar diante de Deus em sua casa. É um livro de valores espirituais, repletos de ensinamentos para os nossos dias e deve ser visto como um livro de estudo, a ser estudado em oração e meditação para um maior aproveitamento, e não um livro para ser lido de maneira rápida e superficial. O livro mostra como Deus deseja ter relacionamento com o Seu povo.
No livro de Levítico encontramos as instruções divinas sobre a forma do culto e o comportamento dos sacerdotes através das normas e preceitos, ritos e ofertas. Assim também, no Novo Testamento, o Espírito Santo, através dos apóstolos, estabelece como o culto deve ser oferecido a Deus e o comportamento dos que se aproximam dEle para cultuá-Lo (1Co 14.26). Se o culto é para Deus, Ele tem o direito de exigir como deve ser realizado.
1.2. O livro onde Deus fala na tenda.
Aprendemos lendo os primeiros livros da Bíblia, como Deus vem em direção ao homem, pois, por causa do pecado, é impossível por si mesmo o homem ir em direção a Deus. Em Gênesis, logo após a queda do homem, Deus vai ao seu encontro e o veste. No livro de Êxodo, Deus fala com o homem no monte Sinai (Êx 24.1-2) e no primeiro capítulo do livro de Levítico, Deus chama Moisés para falar com ele na tenda da congregação (Lv 1.1). É Deus descendo em busca do homem, um princípio exposto em toda as Escrituras.
Deus se aproxima do Seu povo para estabelecer o sistema de adoração. O termo “Levítico” é oriundo da versão grega Septuaginta. Nos escritos judaicos é designado pelo nome da primeira palavra: “Wayyiqra”, que significa “Ele chamou”. Deus chamou a Moisés para falar com ele e hoje continua a chamar o homem para com ele se comunicar. O Deus a quem servimos se comunica conosco de muitas maneiras, mas a principal é através da Sua maravilhosa Palavra (Rm 7.7).
1.3. O livro em que a vontade de Deus é revelada.
A vontade de Deus é a santificação do homem e este ensino encontra-se de modo bem nítido no livro de Levítico (Lv 20.7). Santificação é uma ordem imperativa e não uma opção de vida. Deus exige santidade e Sua vontade nos é revelada não apenas no livro de Levítico, mas em toda a Escritura Sagrada. A vontade de Deus deve ter para nós a mesma importância que teve para Jesus quando se expressou para os Seus discípulos durante o Seu ministério (Jo 4.34).
A Bíblia é perfeita e seus ensinos são bem explícitos: a santificação é vontade de Deus para o homem. Essa é uma doutrina fundamental da Palavra de Deus e a encontramos de modo bem claro nos ensinos apostólicos (1Ts 4.3; 5.23; Hb 12.14; 1Pe 1.16); um assunto vasto em todo o Novo Testamento.
2. A lei de Deus.
Lei é um princípio, um preceito, uma norma, criada para estabelecer as regras que devem ser seguidas, é um ordenamento. Do latim “lex”, que significa “lei” – uma obrigação imposta. Desse modo, Deus nos deu a Sua lei para que viéssemos a cumpri-la e assim alcançássemos os objetivos por ela determinados. Essa lei é perfeita, como nos afirma a Sua Palavra (Rm 7.12).
2.1. A lei moral.
A lei moral é a expressão da natureza e vontade divina para o homem, estabelecendo absoluta conformidade com a Sua santidade, como condição normal para o homem. O homem a cumpre somente se o seu ser moral bem como o racional não estiverem influenciados pelo pecado. A lei moral de Deus está além dos argumentos humanos e deve ser obedecida. Essa lei não está sujeita a costumes de uma sociedade, mas, como lei que procede de um Ser moralmente perfeito, que é Deus, é para ser aceita pelo homem.
O homem foi criado sem pecado, mas após a queda tornou-se um ser moralmente imperfeito. Portanto, é impossível para o mesmo o cumprimento da lei. O homem no seu estado de ignorância espiritual pensa ter a capacidade de poder se justificar diante de Deus pelas obras da lei, mas, com a revelação da verdade da Palavra de Deus, o homem tem o conhecimento de que a salvação só pode ser obtida através da graça, por intermédio de Jesus Cristo (Jo 1.17). Só Ele foi capaz de cumprir a lei (Mt 5.17), e de agradar ao Pai (Jo 8.29). Assim, agora Deus oferece ao homem a salvação, não como uma recompensa pelas boas obras, mas como um dom divino por meio da fé em Jesus Cristo.
2.2. A lei civil.
A lei moral é a expressão da vontade de Deus. Para poder aplicar a lei aos Seus súditos na vida cotidiana, foi acrescentada a lei civil, que estabelece penalidades e instruções para a sua execução. Encontramos essas leis no livro do Êxodo (Êx 21.23). Elas tratam especialmente da proteção da vida humana e da propriedade. A lei civil era para regular o relacionamento com o próximo e a proteção dos bens. Aprendemos assim sobre a grandeza de Deus, que, sendo o Todo-Poderoso, se preocupa em orientar Sua criação, desde a morte de um boi ao vestuário do homem (Êx 22.10-11; Êx 22.26).
A lei foi dada ao povo de Israel para a situação social em que vivia. Ela não exigia que houvesse escravidão, mas, visto que existia, as leis regulamentares regeriam a manutenção das relações certas. Os princípios éticos da lei podem ser aplicados a qualquer tipo de sociedade. A lei não tem a capacidade de mudar a natureza humana, mas pode proteger a vida e a propriedade ao ditar as regras corretas de como o homem deve proceder para com o seu próximo. Mesmo sendo uma lei para o justo relacionamento entre a nação de Israel, temos em Êxodo 21.2-6 um texto que se cumpre na pessoa de Jesus Cristo, quando voluntariamente se oferece como servo (Fp 2.7).
2.3. A lei cerimonial.
A lei cerimonial é um conjunto de normas necessárias para a realização do culto judaico, que consistia de ofertas e sacrifícios, apresentados por um sacerdote, que serviam como base de adoração. Uma lei que dizia especificamente a adoração por parte de Israel ao Senhor (Lv 1.2). A Igreja não precisa se preocupar com os detalhes dos sacrifícios, mas, sim, entender o sentido e como eles apontam para a pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo, como foi cumprido nEle depois da Sua morte e ressurreição. Essas ordenanças dadas por Deus a Israel eram necessárias para a Sua presença no arraial do povo israelita. A igreja não está sujeita ao cumprimento desse ritual, pois a lei é sombra das coisas futuras (Hb 10.1).
Todo o sistema cerimonial teve a sua utilidade e foi necessário à nação de Israel para que pudesse prestar o seu culto em adoração a Deus, mas, com a vinda de Jesus, a Igreja hoje apresenta a Deus um culto não com aparência externa, mas um culto com expressão que brota de um interior em completo quebrantamento e contriçao, pois é o culto que agrada a Deus. Para que isso viesse a acontecer, Deus enviou o Seu Espírito para habitar e estar na Igreja (Jo 14.17). Todo o rito cerimonial era para que o culto tivesse a presença de Deus no arraial. Hoje a Igreja apresenta um culto a Deus em espírito e em verdade (Jo 4.23).
3. Objetivos da lei.
Se o homem não tivesse recebido a lei de Deus, certamente teria um conceito errado acerca do pecado e também de si mesmo (Rm 7.7). Também descansaria sobre os seus próprios pensamentos, nos seus sentimentos, ou na própria experiência, a respeito do que é certo ou do que é errado, de como agradar e servir a Deus.
3.1. Trazer Deus para o meio do povo.
Agora Deus pode falar com Moisés da tenda (Lv 1.1), pois o chama para lhe dar as ordenanças e ritos que os sacerdotes teriam de cumprir com relação a si mesmos e também com relação as ofertas e os sacrifícios que seriam trazidos pelo povo até ao altar do Senhor. Essas normas também incluiriam a responsabilidade do povo em como se apresentar diante de Deus e como e quais as características dessas ofertas que seriam trazidas perante o Senhor. Assim Deus estaria no meio do Seu povo, que resgatou da escravidão do Egito para por ele ser adorado e também prover todas as bênçãos necessárias para o seu crescimento.
A maior riqueza que Israel poderia possuir era presença de Deus, pois Sua presença traz toda a felicidade que um povo pode desejar (Sl 33.12). Deus escolheu a nação de Israel para fazer dela uma propriedade peculiar, um reino sacerdotal, um povo santo (Êx 19.5-6). Ele escolheu Israel para ser um povo santo e habitar entre eles. Para que essa presença fosse constante, era necessário que Israel vivesse o padrão de santidade exigido por Deus (Dt 14.2).
3.2. Revelar o pecado no homem.
O ser humano em sua natureza caída procura mostrar uma aparência de piedade, mas o seu interior está completamente corrompido. A lei veio revelar o que há no interior do homem. O apóstolo Paulo expressou essa verdade ao fazer menção do mandamento quanto à cobiça (Rm 7.7). Por se tratar de uma atitude não tão visível como matar, roubar ou adulterar. A cobiça pode até ser disfarçada diante dos olhos humanos, mas não diante dos olhos humanos, mas não diante Daquele que conhece a totalidade do ser humano.
Jesus duramente combateu os escribas e fariseus, lhes chamando de hipócritas, pois ensinavam a lei, mas o seu interior estava cheio de iniquidade (Mt 23.25). Eles tinham um bonito discurso, mas a vida era completamente desordenada. Infelizmente, isso acontece nos nossos dias, nos quais prega-se um evangelho sem nenhum compromisso com a verdade. A mensagem apresentada tem apenas estes objetivos; oferecer vantagens passageiras, levantar recursos por meios inescrupulosos e enganar os incautos e inconstantes. Assim como Jesus condenou os escribas e fariseus, do mesmo modo serão julgados os que assim fazem atualmente, se não se arrependerem de seus atos malignos.
3.3. Mostrar a incapacidade do homem de cumprir a lei.
Quando afirma que não consegue realizar o bem (Rm 7.18), Paulo demonstra toda a capacidade e fragilidade do homem diante da lei. Saber o que é correto, mas ser incapaz de realizar; triste sina. A lei me traz o que é correto, mas sou incapaz de alcançar. É correr sabendo que nunca vai alcançar o fim. É descobrir que o homem não pode controlar-se a si mesmo e, assim, torna-se escravo do pecado. Mesmo quando pensamos que estamos fazendo o que é correto o pecado continua presente (Rm 7.17).
Uma lei funciona até que outra lei mais forte entre em ação. A lei do Espírito de vida nos livrou (Rm 8.2), pois é mais forte do que a lei do pecado. Em Cristo passamos para uma esfera de existência completamente distinta, pois a lei do pecado e da morte não tem mais nenhuma jurisdição sobre aquele que se coloca debaixo da lei de Cristo, a lei do Espírito de vida.
Conclusão.
A lei não pode conceder ao homem uma vida justa, pois ela só é útil para aquele que nunca pecou e para quem pecou ela não tem nenhuma solução. Porém, Jesus Cristo, vindo a este mundo, cumpriu a lei e nos trouxe a Sua graça, pela qual todo homem que a aceita é justificado diante de Deus.
Questionário.
1. Qual o terceiro livro de Moisés?
R: Levítico (Lv 1.1).
2. Qual ensino encontra-se de modo bem nítido no livro de Levítico?
R: A santificação do homem (Lv 20.7).
3. Para que servia a lei civil?
R: Para regular o relacionamento com o próximo e a proteção dos bens (Êx 21-23).
4. Por que a Igreja não precisa cumprir o ritual da lei?
R: Porque a lei é sombra das coisas futuras (Hb 10.1).
5. Qual o mandamento Paulo usa para referir-se ao pecado no interior do homem?
R: “Não cobiçarás” (Rm 7.7).
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Bíblia Nova Tradução na Linguagem de Hoje, da Sociedade Bíblica do Brasil. através deste site.
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Fonte: Revista de Escola Bíblica Dominical, Betel, Levítico – O ministério sacerdotal levítico e sua relevância para a Igreja. Adultos, edição do professor, 1º trimestre de 2018, ano 28, Nº 106, publicação trimestral,
Podemos de nós mesmos obedecer os Mandamentos da Santa Lei de Nosso DEUS, ou só tentamos obedecer com o auxilio do Divino Espirito Santo agindo em nossas vidas? Carlos.
ResponderExcluirA paz. Gostaria de baixar a revista do 1°trimestre com o tema Levitico. É possivel? Desde já agradeço
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