8 de agosto de 2016

Lição 07 - Jesus incentiva a prática da vida devocional - Betel

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Lições Bíblicas Jovens e Adulto - Mateus uma visão panorâmica do Evangelho do Rei - 3º Trimestre de 2016 - Betel
através deste site.Almeida Revista e Atualizada
Bíblia Nova Tradução na Linguagem de Hoje, da Sociedade Bíblica do Brasil. através deste site.

 
Texto Áureo
Hebreus 12.11
E, na verdade, toda correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas, depois, produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela.

Verdade Aplicada
A prática dos exercícios espirituais tem uma recompensa, desde que não sejam para sermos vistos pelos homens.

Objetivos da Lição
Ensinar a necessidade da prática dos exercícios espirituais de modo discreto;
Apresentar que não devemos ser como pagãos na oração;
Mostrar que a prática dos exercícios espirituais tem recompensa.

Glossário
Algoz: Carrasco, pessoa desumana, perseguidor, torturador;
Jubiloso: Cheio de júbilo, festivo;
Pagão: Relativo ao paganismo ou politeísmo. Diz-se de toda pessoa que não seja cristã nem judaica.

Leituras complementares
Segunda Mt 6.1
Terça Mt 6.3
Quarta Mt 6.4
Quinta Mt 6.7
Sexta Mt 6.16
Sábado Mt 6.17

Textos de Referência.
Mateus 6.2; 5; 6
2 Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.
5 E, quando orares, não sejas como os hipócritas, pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.
6 Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a porta, ora a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, oculto; e teu Pai, que vê secretamente, te recompensará.

Hinos sugeridos.
5, 296, 432

Motivo de Oração
Pedir a Deus para que a oração se torne um hábito diário.

Esboço da Lição
Introdução
1. A respeito do dar esmolas.
2. A respeito da oração.
3. A respeito do perdão e do jejum.

Introdução
As práticas devocionais devem ser exercidas de modo a serem aceitas por Deus. Tanto faz que seja esmola dada ao próximo, ou a atitude de orar a Deus ou de jejuar. A validade destes exercícios está na maneira correta de fazê-los.

1. A respeito do dar esmolas.
Acerca do exercício de dar esmolas, embora seja uma prática que se destina ao próximo, ela deve ser endereçada a Deus. Qualquer pessoa que parte deste princípio espiritual terá galardão junto ao Pai Celestial. Ao contrário do que alguns pensam, quanto à recompensa vinda do Autor da vida, esta deve ser estimulada, buscada e cultivada sempre (Fp 3.14).

1.1. Um ato feito ocultamente.
A prática de dar esmolas é considerada a primeira prática da piedade judaica. Naqueles tempos não havia aposentadoria ou plano assistencial às viúvas e pessoas com deficiência física. Então, vários pedintes se encontravam nas ruas e na porta do templo de Jerusalém em busca de esmolas para a sua sobrevivência. Para alguns que tinham uma condição financeira melhor, era uma enorme tentação, através do esmolar, “ser visto pelos homens”. Hoje, ainda que estejamos em tempos diferentes, nós devemos aliviar a dor e a fome alheia como recomenda o Senhor.

Ensine para os alunos que, ainda que tenhamos em nossos dias muitos projetos de ação social, devemos ajudar a quem precisa. Enfatize para os alunos que as autoridades governamentais têm procurado desestimular o dar esmolas, alegando que eles já cuidam desses necessitados. Isso não deveria ser algo de fórum íntimo? Claro que sim. Mas se tais autoridades assistenciais dizem cuidar, porque eles ainda pedem? Na sua maioria pedem porque tais ajudas não os satisfazem. Comente com os alunos que devemos ajudar de modo discreto, visando receber uma recompensa celestial. Ressalte para os alunos que tal atitude deve ser motivado por caridade íntima, visando diminuir a dor alheia, de modo a agradar a Deus.

1.2. O ato de “ser visto pelos homens”.
A piedade deve ser praticada para Deus e não para nós. O “ser visto pelos homens” significa que alguém que dá esmolas, ou ora a Deus ou jejua, pratica tais exercícios espirituais visando glorificação humana. Se recebermos o louvor por aqui, então já teremos recebido a recompensa e não a teremos no Reino dos céus. O súdito do reino tem uma conta bancária em que ajunta os seus tesouros de boas obras, aliás, fomos criados em Cristo para as boas obras (Ef 2.10). Toda vez que as fazemos com a motivação correta e de modo discreto para Deus ver, o nosso saldo aumenta (Lc 12.21).

Desafie os alunos a praticarem a piedade que para tudo é proveitosa (1Tm 4.8). Porém devem saber que na condição de servos de Deus a sua obra tem uma recompensa, caso operem de acordo com as regras de Cristo. Quantos procuram aumentar a sua conta bancária e tesouros terrenos, mas são miseráveis diante de Deus. Paulo recomenda que “enriqueçam em boas obras” (1Tm 6.18). Ressalte para os alunos que o enriquecimento para com Deus só será possível se vencermos a tentação de não sermos vistos pelos homens.

1.3. Como dar esmolas.
Dar esmolas é um dever sagrado. A certeza disso é que o Senhor Jesus regulamentou como fazê-lo. Quando Ele disse: “Não saiba a tua mão esquerda o que faz a direita”, para um entendimento prático, façamos uma paráfrase: “Quando você der esmola com a mão direita, não procure recebe-la tão depressa com a mão esquerda, dê a sua esmola de modo sigiloso e teu Pai celestial te recompensará publicamente”. O contrário disso é ser como hipócritas, ou seja, menos atores que com máscara de religiosidade querem ser vistos por todos. Tais atores já receberam a sua recompensa. Porém, ao fazer da maneira e com a motivação correta, tem uma recompensa pública certa.

Desperte os alunos para que vejam que o Senhor Jesus Cristo ensina por meio de contrastes. Ele apresenta o modo incorreto e o correto de se dar esmolas. Por exemplo, “ser vistos por eles [os homens]” – incorreto, “tua esmola seja dada em secreto” – correto; “não saiba a tua mão esquerda” – modo incorreto, “o que faz a direita” – modo correto.

2. A respeito da oração.
A oração foi o segundo exercício devocional digno de atenção dentro dos ensinos do Senhor Jesus. Era necessário que a oração dos judeus fosse orientada em vários detalhes para que ela fosse aceita por Deus. Caso contrário, ela ficaria sem efeito, como um sacrifício no templo quando rejeitado por Deus.

2.1. Orar a Deus e para Deus.
Acerca da oração e jejum, assim como o esmolar, Jesus não permite que tais exercícios espirituais sejam como representações teatrais. Ou seja, como fazem os hipócritas. Se a motivação é persistente em ser reconhecido pelos homens, tal oração não terá efeito junto a Deus, não promoverá transformações nos homens e será destituída de galardão nos céus. Quando alguém faz a sua oração de modo a ser notado, para que os outros saibam, este já recebeu seu galardão. Devemos orar a Deus e para Deus, isto é, devemos evitar qualquer tipo de publicidade de um momento que é nosso com Deus. Assim, devemos entrar no nosso aposento e ali derramarmos nossas súplicas diante de Deus.

Os alunos devem ser instruídos não só quanto à prática da oração, mas também a sua motivação correta. Explique para os alunos que devemos orar para Deus ver e receber como se fôssemos ofertas vivas e aprovadas no altar divino. Comente com os alunos que, caso contrário, todo o nosso exercício espiritual será vão, por não ser feito à maneira de Deus.

2.2. Orar a Deus sem vãs repetições.
A oração deve ser uma expressão clara da lama para com Deus. Os pagãos presumiam que pelo repetirem muito as preces e tagarelarem com palavras inúteis convenceriam a divindade de que seriam ouvidos. Jesus estava familiarizado com esse tipo de prática de muitos galileus pagãos e que os judeus dali passaram a imitar. E eram essas rezas repetitivas e sem entendimento que Ele censurou. Por outro lado, algo deve ficar bem claro: nada impede que se ore e se repita um mesmo assunto. Lembremo-nos que o próprio Senhor Jesus lançou mão disso (Mt 26.44; Lc 6.12).

Mostre para os alunos que as vãs repetições são coisas daquele tempo e do nosso também. Explique para os alunos que são murmúrios incompreensíveis e rezas que tentam convencer a Deus do que se quer pelo cansaço saliente para os alunos que é claro que aqui também está se falando da intencionalidade gentílica em alcançar suas vaidades, seus mais variados desejos e cobiças através de preces assim.

2.3. Como orar eficazmente.
A oração do “Pai nosso” é esboço do conteúdo daquilo que devemos orar. Vejamos então como é orar de modo eficaz. “Pai nosso, que estás nos céus” fala de comunhão nossa com o Pai celestial. “Santificado seja o teu nome” mostra que devemos chegar à presença de Deus com adoração. “Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu” orienta a pedir a vontade de Deus para a nossa vida, família, igreja e nação. “O pão nosso de cada dia dá-nos hoje” é uma petição pela alimentação. “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim...” fala que devemos pedir perdão a Deus, assim como perdoamos os nossos semelhantes. “E não nos induzas a tentação, mas livra-nos...” é um pedido de proteção a Deus. “Porque teu é o reino, e o poder, e a glória” é o término com adoração.

Explique para os alunos que a oração do Pai nosso não se trata de uma reza que deva ser repetida certo número de vezes, Porém, ela foi dada pelo Senhor Jesus Cristo como um roteiro que se ajusta perfeitamente à adoração e petições de cada um. Apresente para os alunos uma tabela, numa cartolina ou folha de papel, para todos verem o esboço acima da oração eficaz, tornando assim de mais fácil compreensão. Mostre para os alunos de um lado a oração dominical e do outro os assuntos relacionados a cada expressão como está acima. Por exemplo: o pão nosso de cada dia – petição pela alimentação.

3. A respeito do perdão e do jejum.
Ainda ligado à oração, temos duas práticas imprescindíveis: o perdão e o jejum. O perdão e o jejum. O perdão e o jejum como exercícios espirituais, quando praticados com discernimento, ajudam o crente a alcançar grandes experiências na vida cristã.

3.1. A importância do perdão na oração.
O pecado separa o homem de Deus. Mesmo que este homem seja servo de Deus, ele precisará do perdão do seu próximo. Porém é necessário que este homem se arrependa e peça perdão a Deus para estar com Ele reconciliado. Como servos de Cristo só alcançaremos o perdão divino caso perdoemos do íntimo o nosso ofensor (Mt 18.35). Não temos permissão para caminharmos magoados com o nosso próximo. Mesmo que ele não peça a nós perdão, nós devemos perdoá-lo.

Frise para os alunos a importância de liberar o perdão para que eles sejam perdoados. Reforce para os alunos que, ainda que a ofensa seja considerada dolorosa, o ofendido deve oferecer o perdão, assim como Jesus Cristo fez na cruz do Calvário aos Seus algozes. Comente com os alunos que não devemos esperar receber o perdão, quando oramos, se o fizermos sem malícia ou rancor no coração, para com os outros. Orar com tal atitude mental é mero formalismo e hipocrisia. É ainda pior do que hipocrisia. É como dizer: “Não me perdoe”. Reforce para os alunos que nossa oração nada vale sem amor. Não devemos esperar ser perdoados, se nós não conseguirmos perdoar.

3.2. O que evitar no jejum.
Evitar a aparência de que jejua. O jejum deve ser um exercício espiritual direcionado a Deus, mas secreto em relação aos homens. Logo, deixar de lavar o rosto, deixar o cabelo desalinhado e mostrar o semblante abatido e triste é algo próprio dos hipócritas. Ou seja, daqueles que se apresentam com máscaras, mostrando uma coisa que de verdade não são. Aqueles atores buscam palmas, o serem vistos pelos homens com justiça, mas o jejum, bem como os outros exercícios espirituais, não deve ser assim.

Mostre para os alunos que o que se vê é a repetição intencional do Senhor Jesus Cristo no tocante aos exercícios espirituais. A Ele não agrada “o ser visto pelos homens”. Por isso, jesus insiste para que “Não sejais como os hipócritas” três vezes: sobre o dever de dar esmolas (Mt 6.2), sobre a oração (Mt 6.5), e, por fim, sobre o jejum (Mt 6.16). Comente com os alunos que esta ênfase não é acidental, mas trata-se de um apelo e mandamento para que tal exercício espiritual seja aceito por Deus.

3.3. O jejum eficaz.
A maneira correta de se jejuar trará ao servo de Jesus Cristo uma recompensa. Todavia, para que isso suceda, precisamos entender que o jejum é uma arma secreta, que, se usada ocasionalmente, assim como o esmolar, deve ser um ato alegre. Uma vez definido o alvo do jejum, que pode ser mostrar a Deus tristeza pelo pecado, ou preparo para maiores desafios espirituais, etc., devemos fugir de todo orgulho espiritual. A maneira de se jejuar ensinada pelo Senhor Jesus é procedermos como se fôssemos a uma festa, ou seja, “unge a tua cabeça e lava o teu rosto”. Para fraseando o que foi dito: “tome um bom banho e passe um bom perfume, como se você fosse a uma festa”.

Informe aos alunos que o jejum é uma prática frequentemente mencionada na Bíblia e geralmente vinculada à oração. Davi jejuou quando seu filho recém-nascido adoeceu gravemente (2Sm 12,16). Daniel jejuava quando buscava uma orientação especial da parte de Deus (Dn 10.3). A igreja estava jejuando quando enviou Paulo e Barnabé para o campo missionário (At 13.2-3). Ensine para os alunos que todos os exercícios espirituais só terão, de fato, algum valor para Deus quando forem exercitados à maneira de Jesus Cristo. Merece ser especialmente ressaltado para os alunos que Ele é o nosso padrão excelente e o único capaz de, pelo Seu ensino e exemplo, no levar a patamares de satisfação espiritual nunca antes experimentados.

Conclusão.
Vimos ao longo desta lição que o senhor Jesus Cristo nos ensina usando contrastes. Ele mostra a forma errada e a certa de realizarmos as práticas devocionais. Sendo assim, somos desafiados a vivermos um cristianismo disciplinado, porém jubiloso.
Questionário

1. Segundo a lição, qual era a primeira prática da piedade judaica?
R: Dar esmolas (Mt 6.1).



2. O que significa “ser vistos pelos homens”?
R: A prática de exercícios espirituais visando glorificação humana (Mt 6.2).



3. O que presumiam os pagãos com as vãs repetições?
R: Presumiam que seriam ouvidos (Mt 6.7).



4. O “Pai nosso” é um esboço de quê?
R: Do conteúdo daquilo que devemos orar (Mt 6.9-13).



5. O que se deve evitar no jejum?
R: Evitar a aparência de que se jejua (Mt 6.17).



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Fonte: Revista de Escola Bíblica Dominical, Betel, Edição Histórica, Jovens e Adultos, edição do professor, 3º trimestre de 2016, ano 26, Nº 100, Mateus uma visão panorâmica do Evangelho do Rei.

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