Texto: Lc:20:19-25
De acordo com o dicionário “dilema” (Situação embaraçosa com duas soluções difíceis ou penosas) o que gera perplexidade para uma opção. Foi exatamente a situação que Jesus enfrentou, quando seus inimigos lhe fizeram uma consulta, que nada mais era do que uma cilada, perguntando se era lícito ou não pagar tributo a César, o imperador romano. O dilema é como uma bifurcação numa estrada. Ali, naquele ponto, há dois caminhos à frente, ambos desconhecidos. Dependendo de qualquer escolha feita, algo poderá dar errado. Por isso o cristão deve entender a importância de se possuir sabedoria nos momentos difíceis.
I - Tópico. Armando uma cilada. Aqueles homens aproximaram-se de Jesus com palavras elogiosas e demonstraram interesse em Sua opinião, sobre aquilo que iam lhe perguntar. Com toda astúcia e falsidade, demonstraram que aceitariam qualquer que fosse a resposta que Jesus desse ao problema que iriam expor. Mais do que qualquer pessoa ali presente, aqueles fariseus sabiam da obrigação que tinham de pagar os impostos determinados por César e das consequências trazidas aqueles que negasse fazê-lo. Daí entender-se a malicia daqueles religiosos ao colocarem Jesus diante de tal dilema: pagar ou não pagar tributo aos romanos. Ao que tudo indica, na euforia de pilharem Jesus em uma falta grave, eles esqueceram ou não queriam aceitar que estavam diante do Messias, daquele que conhece todas as coisas, mesmo as mais escondidas, como o intento do coração do homem.
II - Tópico. A pergunta capciosa dos fariseus. Aproximando-se de Jesus e controlando suas pretensões maléficas, puseram em prática o plano que haviam traçado. Então, com muita classe e muitos elogios, fizeram a pergunta comprometedora. A pergunta envolvia maldade e trazia o desejo deles de induzir Jesus a pronunciar-se de forma comprometedora. Pode se imaginar a difícil situação em que Jesus foi colocado por aqueles astutos religiosos. O objetivo não era outro senão apanhar o mestre em um deslize para leva-lo diante dos tribunais e até a morte. Então, perguntara: “É-nos lícito dar tributo a César ou não?”. O Senhor conhecia bem os seus opositores. Por isso qualquer resposta que fosse dada, sabia que serviria para condená-lo.
III - Tópico. A sábia resposta de Jesus. Naquela época, a autoridade de um governo se estendia por onde circulassem sua moeda. Isto é, o dinheiro com a sua imagem, a sua efígie. Jesus encontrava-se não só diante de líderes religiosos judeus, mas também de um grupo de herodianos, integrantes de um partido político, simpatizantes de herodes, que também sempre procuravam ocasião contra Jesus, estava também presente a multidão que sempre o acompanhava. Acredito eu, antes de Jesus proferir a resposta, deixou-os em suspense. Talvez eles pensassem: agora não tem saída. Se disser SIM, estará colaborando com o império romano, traindo o seu próprio povo. Se disser NÃO, será acusado de traidor de César, e pagará caro por tal afronta. O que fazer? Mas Jesus conhecendo a astúcia daqueles homens, perguntou-lhes vs.23 “porque me tentais?” nesse momento já dá para entender que algo divino o mestre possuía. De uma só vez Jesus, ensinou-lhes que deveriam cumprir com suas responsabilidades para com o Estado (pagando tributo) e para com Deus (dando-lhe o primeiro lugar). Todos se calaram diante de tão sabia resposta e não puderam apanhá-lo em falta alguma.
Conclusão
Sabemos que o dom da sabedoria é o primeiro dos nove dons relacionados em (I Cor.12:8). Segundo os entendidos no assunto, o dom da sabedoria não significa acumulo de conhecimentos, mas está relacionada com a compreensão e a transmissão das coisas de Deus e o discernimento espiritual. E Jesus tornou a expressão máxima da Sabedoria de Deus. Portanto o cristão deve preocupar-se em buscar a sabedoria divina para saber conduzir-se nos momentos mais difíceis de escolhas ou opções.
LEIA TAMBÉM: Reflexões
Nenhum comentário:
Postar um comentário