O ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif, declarou, no entanto, que o governo não apoia a exposição, que tem como título "Segunda exposição internacional de caricaturas sobre o Holocausto".
A mostra coincide com a recordação no domingo pelos palestinos da "Nakba" ("catástrofe" em árabe), termo utilizado para fazer referência à criação do Estado de Israel em 1948, que provocou uma guerra, que por sua vez resultou na fuga de 760.000 palestinos.
Artistas da Síria, Turquia, Bolívia, Indonésia, Iêmen e França enviaram desenhos para a mostra.
Várias caricaturas representam o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, como um "terrorista".
Em um desenho é possível observar um mapa o Oriente Médio com um caixão no lugar Israel, sobre o qual está escrito "Holocausto" e que esmaga os palestinos.
"Não buscamos confirmar ou desmentir o Holocausto. O que é importante para nós é que no Ocidente se afirma que não há limites para liberdade, mas, ao mesmo tempo, os historiadores e os pesquisadores não têm o direito de questionar o Holocausto", afirmou Massud Shojaie Tabatabaie, coordenador da exposição e também caricaturista.
Ele disse que a mostra foi organizada como resposta à publicação de caricaturas do profeta Maomé na revista satírica francesa Charlie Hebdo depois do atentado contra o semanário em janeiro de 2015 em Paris.
O trabalho considerado o melhor desenho da exposição - cuja edição anterior aconteceu em 2006 - será recompensado com o prêmio de 12.000 dólares.
Mohammad Javad Zarif negou o apoio do governo à mostra, em uma entrevista à revista americana New Yorker, publicada mês passado.
"O governo americano é responsável pela presença de organizações racistas nos Estados Unidos?", questionou, antes de afirmar que o "governo iraniano não apoia nem organiza nenhuma exposição de caricaturas" relacionada com o Holocausto.
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