No entanto, outros cientistas acham que tal não é motivo de preocupação.
"Não vale a pena nos preocuparmos. Não acho que a situação vá mudar muito no futuro, nem no nosso tempo, nem no tempo de nossos netos e bisnetos. Os processos geológicos levam muitos anos. Processos semelhantes passam milhões de anos", disse Berk Biryol da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill (EUA).
Como diz Biryol, nos últimos anos na área de Washington e muitas outras cidades do leste do país teve lugar uma série de abalos sísmicos, cuja ocorrência deixou os sismólogos perplexos. Acontece que o leste dos Estados Unidos está localizado em uma plataforma tectônica estável, o que significa que em princípio aí não devem ocorrer abalos sísmicos.
Biriol e seus colegas tentaram descobrir este enigma geológico “fotografando” o subsolo do planeta no leste da América com a ajuda de um radar e criando um mapa a três dimensões das três camadas de rochas principais.
Este mapa desvendou um fato surpreendente — que a espessura da crosta sob Washington e outras cidades do leste dos Estados Unidos é extremamente desigual: em algumas áreas é grossa, em outras — muitíssimo fina. Estas diferenças, de acordo com Biriol, são a razão pela qual os terremotos ocorrem nesta região.
Como apareceram estas desigualdades na espessura da crosta? De acordo com o geólogo, elas são consequência da separação do manto das camadas da crosta terrestre localizadas acima dele, o que faz com que o manto “se afunde” para dentro, tornando a crosta muito fina em certas partes da América.
O cientista sublinhou que este fenómeno não representa ameaça para segurança dos habitantes da América, embora possa dar origem pequenos sismos.
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