O líder do Hezollah, Mustafa Badreddine, foi morto em ataque aéreo
O comandante militar do Hezbollah, Mustafah Badreddine, morreu em um ataque perto do aeroporto de Damasco, anunciou nesta sexta-feira (13) o movimento xiita libanês, que luta contra os rebeldes na Síria, em aliança com o regime de Bashar al-Assad. Trata-se do maior golpe contra a organização apoiada pelo Irã desde que o seu chefe militar foi morto em 2008. O funeral deve acontecer nas próximas horas na periferia de Beirute, reduto do Hezbollah.
“As informações obtidas durante a investigação preliminar revelaram que uma grande explosão atingiu um de nossos postos nas proximidades do aeroporto internacional de Damasco, matando o irmão comandante Mustafah Badreddine e deixando outras pessoas feridas”, afirmou o grupo em um comunicado.
O movimento costuma acusar o governo israelense pelo assassinato de seus dirigentes, mas desta vez não apontou diretamente contra o Estado hebreu. Separadamente, um membro do Hezbollah no Parlamento do Líbano e uma emissora disseram que Israel estava por trás do ataque.
A emissora libanesa al-Mayadeen relatou que Badreddine tinha sido morto em um ataque por parte de Israel, que atingiu alvos do Hezbollah na Síria várias vezes desde o início do conflito, em 2011. Não houve resposta imediata do governo israelense.
Mentor do ataque que matou ex-ministro libanês
Badreddine comandava a organização na Síria, onde a guerra entre as forças de Assad, rebeldes e jihadistas se arrasta por mais de cinco anos. Ele era cunhado do falecido comandante militar do Hezbollah Imad Moughniyah e um dos cinco acusados dentro do movimento xiita pela organização do assassinato do ex-primeiro-ministro libanês Rafic Hariri, morto em um atentado em Beirute em 2005.
O Tribunal Especial para o Líbano (TEL), criado pelo Conselho de Segurança da ONU para julgar o assassinato de Hariri, emitiu ordens de prisão contra Badreddine, considerado o “cérebro” do planejamento do atentado. O movimento, que negou qualquer responsabilidade no atentado, se recusou a entregar os suspeitos em várias ocasiões.
O tribunal é um tema sensível no Líbano, um país dividido entre o Hezbollah , um movimento xiita pró-Irã, e a coalizão dirigida por Saad Hariri, filho do ex-primeiro-ministro, sunita.
Inimigo declarado de Israel, o Hezbollah é considerado uma “organização terrorista” pelo governo dos Estados Unidos. Em julho de 2015, o Tesouro americano anunciou sanções financeiras a Badreddine por “apoio ativo ao regime de Assad e às ações terroristas do Hezbollah”.
Pelo menos quatro figuras proeminentes do Hezbollah foram mortas desde janeiro de 2015. Um número de oficiais de alta patente iranianos também foram mortos em combates contra os insurgentes sírios ou em ataques israelenses.
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Fonte: O Globo
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