5 de maio de 2016

Noticia: Lavrov diz que oposição síria pode estar protegendo terroristas em Aleppo

"E ouvireis de guerras e de rumores de guerras;..." Mateus 24:6
A oposição moderada síria poderia estar protegendo os terroristas da Frente al Nusra (filial da Al Qaeda na Síria) com sua presença nos arredores de Aleppo, disse nesta quarta-feira o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.

"Tenho a impressão, confirmada por dados ainda a verificar, que estes grupos (da oposição moderada) estão de propósito nas posições da Frente al Nusra para que não a alcancem", afirmou Lavrov em uma entrevista à agência russa "RIA Nóvosti".

Ele acrescentou que esta situação não é tanto responsabilidade "dos americanos, mas de seus aliados na região, em particular Turquia, tristemente célebre pelos duvidosos vínculos com o Estado Islâmico (EI) e a Frente al Nusra".

Na sua opinião, os EUA poderiam exigir da Turquia separar a oposição da Al Nusra, "que ocupa posições ao redor de Aleppo ao lado de unidades das chamada oposição moderada, boa, protegida pelos americanos", apontou o chefe da diplomacia russa.

Lavrov também exigiu da Comissão Suprema para as Negociações (CSN), principal representante da oposição síria no processo de paz de Genebra, que "acabem com a sabotagem" às negociações e cumpram os mandatos do Conselho de Segurança da ONU.

As negociações na Suíça, ressaltou, devem se concentrar "nas reformas políticas, no período transitório rumo à nova Constituição, mas a condição é que todas as estruturas políticas desse período devem se formar assentadas em acordos mútuos entre o governo e a oposição".

"Assim está escrito nas decisões do Conselho de Segurança, mas quando alguém começa a teimar e dizer 'não vou falar com ninguém até que (o presidente sírio, Bashar Al) Assad se vá', os que o financiam, mantêm e protegem, devem obrigá-lo a cumprir o estipulado", apontou Lavrov.

O CSN abandonou semana passada as negociações de Genebra com a exigência de que Rússia e Síria cessem toda ação militar em Aleppo. EFE


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Fonte: EFE.

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