"Temos motivos sérios para suspeitar que a Turquia realize intensivos preparativos para a intervenção militar no território de um Estado soberano, a República Árabe Síria", disse Konashenkov, falando com os jornalistas nesta quinta-feira (4).
A Turquia faz parte da coalizão internacional antiterrorista que, sob a chefia dos Estados Unidos, combate o grupo terrorista Daesh (sigla árabe do "Estado Islâmico do Iraque e do Levante"). A Rússia também combate o Daesh, mas não faz parte dessa coalizão "grande". Em 30 de setembro de 2015, Moscou iniciou oficialmente a campanha aérea na Síria, após o pedido correspondente de Damasco. 50 aviões militares chegaram à base aérea de Hmeymim, situada na província síria de Latakia, para prestarem apoio aéreo às tropas sírias no seu combate aos grupos terroristas Daesh e Frente al-Nusra.
Em 24 de novembro, dois meses depois do início da operação russa, a aviação turca derrubou um Su-24 russo que estava voltando a Hmeymim. Ancara alega razões de segurança: o avião russo teria violado o espaço aéreo turco. Já a parte russa insiste que não houve tal violação e que, além disso, os pilotos não tinham recebido nenhuma advertência da aviação turca.
Na semana passada, a Turquia voltou a acusar a aviação russa de ter violado, mais uma vez, o seu espaço aéreo. A Rússia não confirma este fato. Contudo, o avião chegou à base são e salvo. No domingo, o Departamento da Defesa dos EUA apelou Ancara e Moscou a não escalarem a tensão.
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Fonte: Sputnik.
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