10 de novembro de 2015

EMBAIXADORES DE CRISTO - UMA DISTINÇÃO IMPORTANTE

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EMBAIXADORES DE CRISTO

UMA DISTINÇÃO IMPORTANTE
Os que procuram manejar bem a Palavra da Verdade e analisar as coisas que diferem cedo descobrem que “O REINO DOS CÉUS” é distinto de “O CORPO DE CRISTO”.

No que concerne ao primeiro «Deus falou pela boca de todos os Seus santos profetas, desde o princípio do mundo», ao passo que o último «esteve oculto desde os tempos eternos» (At. 3.21;Rm. 16.25). Ou, apresentando o caso doutra maneira: O primeiro era o tema da PROFECIA, enquanto que o último era um MISTÉRIO, escondido em Deus, até Ele o revelar por meio do Apóstolo Paulo (Dn. 2.44; Cl. 1.24-26). Ou ainda doutra: O reino será o cumprimento dos CONCERTOS que Deus fez com Abraão, Davi e Israel, ao passo que o Corpo de Cristo, a Igreja deste século, é o produto de «A DISPENSAÇÃO DA GRAÇA DE DEUS» (Luc. 1.68-75; Ef. 3.1-11).

Nós estamos convencidos de que a divisão mais importante na Bíblia não é a existente entre “O Velho Testamento” e “O Novo Testamento”, mas a existente entre a “PROFECIA” e “O MISTÉRIO”, entre aquilo que diz respeito ao Reino dos Céus e o que diz respeito ao Corpo de Cristo.

Os que vêem esta distinção detêm nas suas mãos a chave para uma compreensão mais clara e uma apreciação cada vez mais acrescida da maravilhosa Palavra de Deus.

UMA PALAVRA DE AVISO

Contudo, ao se fazer esta distinção, é preciso ter cuidado em não se cometer o erro de se supor que os membros do Corpo de Cristo não têm qualquer relação com o reino, ou com Cristo como Rei.

Algumas perguntas e respostas simples provarão que existe uma relação muito vital:

Onde se encontra, atualmente, o Rei?Encontra-se no céu, num Exílio Real, indesejado pelo mundo.

E onde se encontra, atualmente, o reino?Também ele se encontra em exílio, como muitos governos. Encontra-se incorporado no próprio Rei. Continua no céu enquanto o seu estabelecimento terreno permanece suspenso.

E onde se encontra, atualmente, a cidadania espiritual do crente?No céu! Paulo diz-nos claramente que «A NOSSA CIDADE ESTÁ NOS CÉUS» e que Deus «nos tirou da potestade das trevas, E NOS TRANSPORTOU PARA O REINO DO FILHO DO SEU AMOR» (Fil. 3.20, Col. 1.13).

Porque é que então somos deixados aqui, na carne?Para precisamente um propósito: Representar CRISTO - e o próprio título Cristo significa “o Ungido”, o Rei.

«DE SORTE QUE SOMOS EMBAIXADORES DA PARTE DE CRISTO» (2 Cor. 5.20).

A NOSSA POSIÇÃO NA TERRA

Nas epístolas de Paulo encontramos a palavra embaixador duas vezes.


Em 2 Cor. 5.20 o apóstolo diz-nos quem representa: «Somos embaixadores DA PARTE DE CRISTO», enquanto que em Ef.6.19, 20 revela-nos o peso da sua mensagem: «O MISTÉRIO DO EVANGELHO, pelo qual estou preso em cadeias».

Paulo regozijava-se na sua posição nos celestiais, em, Cristo, mas também estava consciente que ocupava uma posição importante na terra.

Assim como Cristo sofrera e morrera uma vez no lugar de Paulo, este regozijava-se agora na sua comissão em se apresentar diante do mundo no lugar de Cristo, estando com os homens para se reconciliarem com Deus.

O mundo não queria receber Cristo. Portanto Paulo, que o perseguira tão tenazmente, avança em Seu lugar com uma oferta de graça e paz. Se Cristo queria retardar o juízo das nações e continuar exilado do mundo, que era Seu por direito, Paulo estava desejosíssimo de O representar aqui. Ele tinha por alegria o sofrimento na carne e o cumprimento daquilo que restava dos sofrimentos de Cristo. Ele considerava grande privilégio e honra «a comunhão dos Seus sofrimentos» (Cl. 1.24; Fil. 3.10).

Sim, Paulo estava em Cristo, mas Cristo também estava em Paulo, estando com os pecadores para que se reconciliassem com Deus por meio dos Seus méritos.

E a posição que era de Paulo como embaixador de Cristo é igualmente nossa.

Em amor e misericórdia insondáveis o nosso bendito Senhor retardou o juízo dos Seus inimigos por mais de 1900 anos enquanto ainda continua em exílio. Como a rebelião do mundo continua Ele ainda nos deixa aqui a nós, Seus embaixadores, para oferecermos termos de paz a todos os que os aceitarem. E que termos! «A remissão dos pecados segundo as riquezas da Sua graça»! «Paz por meio do sangue derramado na cruz»!

O mundo ainda blasfema e despreza este maravilhoso Salvador; porém Ele não leva mais o sofrimento Consigo. O tempo dos Seus sofrimentos é já passado. É-nos dado a nós, Seus embaixadores, o cumprimento do que ainda resta das Suas aflições. Assim o apóstolo declara:
«PORQUE A VÓS VOS FOI CONCEDIDO, EM RELAÇÃO A CRISTO, NÃO SOMENTE CRER NELE, COMO TAMBÉM PADECER POR ELE» (Fl. 1.29).

E notemos que Paulo acrescenta a estas palavras:

«TENDO O MESMO COMBATE QUE JÁ EM MIM TENDES VISTO E AGORA OUVIS ESTAR EM MIM» (Ver. 30).

Para compreendermos melhor a nossa posição como embaixadores de Cristo, consideremos a posição de embaixador.

1. Um embaixador é um representante oficial dum governo ou estado.

Far-nos-ia a todos bem estarmos de novo conscientes que Deus nos tem deixado aqui para um grande propósito: representarmos o Seu Filho.

Do mesmo modo que Deus nos vê em Cristo, o mundo deve ver Cristo em nós. Assim como Cristo nos representa diante do Pai, assim devemos representar Cristo diante do mundo.

Como se têm desviado disto até mesmo algumas igrejas fundamentalistas! Imaginemos o Senhor Jesus, ou João Batista, ou Pedro, ou Paulo, usarem alguns dos métodos que os nossos evangelistas modernos estão a usar para atraírem as multidões e levá-las a Cristo!

Registremos como princípio e nunca nos desviemos dele: Nós somos EMBAIXADORES DE CRISTO neste mundo de pecado – os representantes oficiais de Deus o Filho.


Se nós formos fiéis à nossa chamada as almas serão salvas com toda a certeza, e não somente salvas mas estabelecidas e unidas em amor. Não serão ganhas para Cristo meramente por meio duma história emocional ou pela vibração duma multidão ou através de um prolongado convite, mas por a Palavra do Deus vivo ter exercido nos seus corações o seu grande poder.

Nós estamos cientes que isto é contrário à opinião popular, mas “O que dizem as Escrituras?”. Onde é que nas suas páginas encontramos lugar para entretenimentos fúteis, frívolos, como os que estão a ser oferecidos hoje em dia em muitas igrejas fundamentalistas?

À nossa volta só se houve dizer: “A nossa prioridade é evangelizarmos as almas”. A Igreja tem estado a colocar o homem, em vez de Deus, em primeiro lugar. Como resultado desta filosofia muitos dos nossos líderes estão a condescender com as práticas mais contrárias às Escrituras a fim de tentarem ganhar almas de qualquer forma. E quando se esquecem da dignidade da sua posição perdem o seu poder espiritual, como também o respeito das pessoas inteligentes.

Não admira o apóstolo exortar-nos para andarmos «DIGNAMENTE DIANTE DO SENHOR» (Cl. 1.10).

Então, lembremo-nos e nunca nos esqueçamos: “Nós representamos Deus neste mundo de pecado”.

Unamo-nos a Charles Wesley e digamos de todo o coração:

O presente século servir;
A minha chamada cumprir;
Toda a minha força consagrar
P'ra vontade do Mestre praticar.
Um cuidado cioso me concede
Enquanto nesta vida labutar
E prepara Senhor, teu servo pede,
Para contas depois te prestar.

2. Um embaixador é sempre enviado a uma outra nação, nunca à sua.

A princípio pode parecer desnecessário salientar isto mas tal saliência reveste-se aqui de capital importância, pois o fato de nosso Senhor estar a enviar embaixadores a todo o mundo implica que ele não tem na terra nenhuma nação a que possa chamar de Sua. Toda a humanidade tem estado separada de Deus pelo pecado.

Costumamos falar em termos de nações Cristãs, mas na realidade não existe nenhum único governo na terra do qual possa ser dito “Este é o reino de Deus. Cristo reina aqui”. Na verdade, o nosso bendito Senhor é deixado bastante fora dos melhores governos da terra.


Israel já esteve em vias de se tornar reino de Deus, mas recusou o Rei do céu e o reino dos céus e foi posta de parte do favor de Deus até ao «dia do Seu poder»quando Ele a tornar “voluntária” (Salmo 110).


3. Uma troca de embaixadores denuncia um estado de paz.

Deverá ser lembrado que antes do reino ser oferecido a Israel, a posição da nação diante de Deus era muito diferente da dos Gentios. Como dissemos, toda a humanidade tem estado separada de Deus pelo pecado, mas enquanto os Gentios eram inimigos alienados, Deus ainda mantinha relações diplomáticas com Israel. Havia concertos efetuados entre Deus e Israel e eles tinham trocado embaixadores. Haviam os sacerdotes representando Israel diante de Deus e os profetas representando Deus diante de Israel.


A Igreja de Roma tem invertido esta ordem, pois os seus sacerdotes assumem a posição de profetas e presumem falar por Deus.

Contudo, nas Escrituras, o sacerdote é o adorador, enquanto que o profeta é o pregador. Desde o princípio da existência nacional de Israel que tinha sido assim. Aarão, o sacerdote, aparecia perante Deus a favor do povo, enquanto que Moisés, o profeta, trazia a Palavra de Deus ao povo.

Por maior que tenha sido a infidelidade de Israel para com Deus durante os séculos que se seguiram, ainda havia um estado de paz, um relacionamento concertual, isto enquanto houve permuta de embaixadores.

Os embaixadores são removidos quando é declarada guerra.


Precisamente quando parecia que o relacionamento entre Israel e Deus se poderia tornar ainda mais estreito; precisamente quando a nação de Israel se poderia tornar no reino do Messias, é que ela mostrou a extensão da sua separação natural de Deus e recusou violentamente a bênção há muito prometida.

Nós nunca devemos perder de vista a graciosa condescendência de Deus na procura dum relacionamento mais estreito com Israel.

Na verdade, Cristo era Emmanuel – “Deus conosco”, mas em que sentido era Ele “Deus conosco”? Temos que nos lembrar que o Filho de Deus se tornou Filho do Homem – de fato, Filho de Abraão, Filho de Davi. Paulo fala de Israel, «DE QUEM É CRISTO SEGUNDO A CARNE» (Rom. 9.5).


O Senhor tinha condescendido em se tornar um com o homem. Ele era realmente carne e ossos de Israel, de tal forma que como Rei, Ele não somente seria Filho de Deus, mas um deles. Mas em vez do povo de Israel se sentir honrado com isto, açoitaram-O, bateram-Lhe, cuspiram-Lhe na face, condenaram-O à morte, como se tivesse sido um criminoso, e pregaram-O na cruz. E mesmo isto não foi o fim do seu ódio para com Ele, pois após a ressurreição e ascensão eles ainda continuaram a revelar a sua ira para com Ele. Ameaçaram os apóstolos, açoitaram-nos e lançaram-nos na prisão. Apedrejaram Estêvão e finalmente desencadearam«uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém». Saulo de Tarso era o líder da perseguição. «E Saulo assolava a igreja» (At. 8.3). Ele próprio confessou mais tarde: «... sobremaneira perseguia a igreja de Deus e a assolava» (Gál. 1.13).

Poderiam os atos de Israel ser interpretados doutra forma senão como uma declaração de guerra contra Deus? –Eles estavam a unir-se aos Gentios «contra o Senhor e contra o Seu Ungido», e depressa se tornaram, não meramente separados, mas inimigos separados.

É interessante notar que no julgamento do Senhor Jesus «O sumo sacerdote RASGOU OS SEUS VESTIDOS, dizendo: Blasfemou; para que precisamos ainda de testemunhas?» (Mat. 26.65).

Deveríamos comparar este versículo com Lv. 10.6 onde Moisés dá instruções a respeito do sacerdócio: «E Moisés disse a Aarão, e a seus filhos Eleazar e Itamar: Não descobrireis as vossas cabeças, NEM RASGAREIS OS VOSSOS VESTIDOS, para que não morrais, nem venha grande indignação sobre toda a congregação».

Isto confere significado ao ato de Caifás ter rasgado os seus vestidos, pois quando Israel crucificou Cristo e se orgulhou desse terrível feito; não meramente o sacerdote, mas o sacerdócio morreu, e a ira veio sobre todo o povo. Israel tinha recolhido os seus embaixadores e tinha-se unido aos Gentios numa declaração de guerra aberta contra Deus e o Seu Ungido.

E Deus também nos recolherá a nós, Seus embaixadores, quando declarar guerra a este mundo que rejeita Cristo.

«Porque vós mesmo sabeis muito bem que o dia do Senhor virá como o ladrão de noite;

«Pois, que, quando (ELES) disserem: Há paz e segurança; então LHES sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão» (I Tes. 5.2,3).

Mas «Deus não NOS destinou para a ira, mas para aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo, que morreu por nós, para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos juntamente com Ele» (I Tes. 5.9,l0).

Antes de Deus derramar as taças da Sua ira sobre as nações, «O mesmo Senhor descerá do céu com alarido e com voz de arcanjo, e com trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.

«Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre o Senhor.

«Portanto consolai-vos uns aos outros com estas palavras» (I Tes. 4.16-18).

DEUS DECLARA GUERRA

Há uns 1900 anos o homem declarou guerra a Deus. Tanto Judeus como Gentios se mancomunaram «contra o Senhor e o Seu Ungido».

É claro que uma contra-declaração de guerra seria inevitável, e é esse o passo seguinte no programa profético.

Salmo 2. 1-5

«Porque bramaram as gentes (Gentios), e os povos (de Israel, At. 4.25-27) imaginam coisas vãs?

«Os reis da terra se levantam e os príncipes juntos se mancomunam contra o Senhor e o Seu Ungido, dizendo:

«Rompamos as Suas ataduras, e sacudamos de nós as Suas cordas.

«AQUELE QUE HABITA NOS CÉUS SE RIRÁ; O SENHOR ZOMBARÁ DELES.


«ENTÃO LHES FALARÁ NA SUA IRA E NO SEU FUROR OS CONFUNDIRÁ».

Salmo 110.1

«Disse o Senhor ao Meu Senhor: ASSENTA-TE À MINHA MÃO DIREITA, ATÉ QUE PONHA OS TEUS INIMIGOS POR ESCABELO DOS TEUS PÉS».

Deus estava em vias de responder à declaração de guerra da parte do homem com uma contra-declaração de guerra. Este, como dissemos, tratava-se do passo seguinte no programa da profecia, e os Judeus e Gentios bem podiam esperar pelo juízo que se seguiria aos atos de hostilidade por parte de Israel, pois agora o mundo inteiro tinha-se voltado contra Deus.

PORÉM, NÃO AINDA

«MAS ONDE O PECADO ABUNDOU SUPERABUNDOU A GRAÇA; PARA QUE ASSIM COMO O PECADO REINOU NA MORTE, TAMBÉM A GRAÇA REINASSE PELA JUSTIÇA PARA A VIDA ETERNA, POR CRISTO JESUS NOSSO SENHOR» (Rm. 5.20,21).

E assim foi adiado o juízo das nações.

Pedro, que tinha tanto a dizer a respeito do retorno de Cristo para julgar e reinar, explica este adiamento na sua segunda epístola:

«O Senhor NÃO RETARDA a promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é LONGÂNIMO para convosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se».

«E tende por SALVAÇÃO A LONGANIMIDADE DE NOSSO SENHOR; (e notemos o que ele acrescenta:) COMO TAMBÉM O NOSSO AMADO IRMÃO PAULO VOS ESCREVEU, SEGUNDO A SABEDORIA QUE LHE FOI DADA» (II Ped.3.9.15).

Sim, o homem declarou guerra a Deus, mas Deus ainda não fez uma contra-declaração, apesar de ainda o vir a fazer. Os homens recolheram os seus embaixadores, mas Ele ainda não recolheu os d’Ele. Ele ainda não cortou relações completamente.

Apo. 19.11 retrata o retorno de nosso Senhor em glória e poder para «JULGAR E PELEJAR», mas em incomensurável amor Ele ainda retarda o juízo e envia embaixadores com uma mensagem de «GRAÇA E PAZ» baseada nos méritos da Sua obra consumada.

«Jesus nosso Senhor ... por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação».

«SENDO POIS JUSTIFICADOS PELA FÉ, TEMOS PAZ COM DEUS POR NOSSO SENHOR JESUS CRISTO» (Rom. 4.24-5.1).


EMBAIXADORES EM TERRITÓRIO INIMIGO

Embaixadores! Que vocação! Que chamada! Secretárias, adidos, criados! Que luxúria! As reuniões com outros grandes diplomatas! Porém tudo isto ergue-se em profundo contraste com a pobreza, humilhação e perseguição que os embaixadores de Cristo têm sido chamados a suportar.

Mas, que supõe o leitor que um embaixador pode esperar ao ser deixado numa nação que tenha declarado guerra ao seu governo? Certamente que não pode esperar um tratamento muito cordial! Pode esperar por sofrimento, aprisionamento e até mesmo morte. Com os embaixadores de Cristo é assim.


Uma das provas mais claras que a dispensação da graça começou com Paulo, é o fato de ele ter sido por muitos anos um «embaixador em cadeias». Ele sofreu tribulações como um malfeitor, em cadeias. Se representarmos fielmente o nosso Senhor rejeitado poderemos esperar tratamento semelhante. Porém o sofrimento será doce, pois será o cumprimento do que ainda resta das Suas aflições - «a comunhão dos Seus sofrimentos». E Deus dará graça e coragem: Porque «Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza e amor, e de moderação». (II Tim. 1.7).

OS MENSAGEIROS E A SUA MENSAGEM

(II Cor. 5.14-21)

«O AMOR DE CRISTO NOS CONSTRANGE» (Ver. 14). Se Ele quer adiar o juízo e enviar uma mensagem de paz, nós estamos desejosíssimos de ser os mensageiros, pois não nos podemos esquecer que nós próprios já fomos inimigos e fomos reconciliados com Deus por graça, por meio da morte do Seu Filho.

«ASSIM QUE DAQUI POR DIANTE A NINGUÉM CONHECEMOS SEGUNDO A CARNE» (Ver.16). Agora não há diferença entre Israel e os Gentios, pois«Deus encerrou a todos debaixo da desobediência, para com todos usar de misericórdia» (Rm. 11.32).

«E AINDA QUE TAMBÉM TENHAMOS CONHECIDO A CRISTO SEGUNDO A CARNE, CONTUDO AGORA JÁ O NÃO CONHECEMOS DESTE MODO» (Ver.16) É verdade que Ele é «Filho de Davi e Filho de Abraão» (Mat. 1.1), e que um dia reinará como Rei de Israel, mas agora temos uma discussão vital muito maior a discutir. Todos nós estávamos mortos em pecados. Ele morreu por TODOS - Ele o Filho de Deus. «O qual Se deu a si mesmo em preço de redenção por TODOS, para servir de testemunho a seu tempo» por meio de Paulo. (Ver I Tim. 2.6,7). Ele agora está exaltado acima de todo o principado e poder à mão direita de Deus, poderoso para salvar. Ele tomou o lugar do pecador para que este pudesse comparecer diante de Deus «Completo NELE», «Aceite».

«ASSIM QUE, SE ALGUÉM ESTÁ EM CRISTO, NOVA CRIATURA É» (Ver. 17). «E TUDO ISTO PROVÉM DE DEUS QUE NOS RECONCILIOU CONSIGO MESMO POR JESUS CRISTO» (Ver. 18). O próprio Deus fez uma provisão plena, de modo que pode oferecer aos Seus inimigos os termos mais generosos de paz: reconciliação por graça. Ele não lhes imputa os seus pecados, por o Seu Filho os ter levado sobre Si no Calvário. «ÀQUELE QUE NÃO CONHECEU PECADO O FEZ PECADO POR NÓS; PARA QUE NELE FOSSEMOS FEITOS JUSTIÇA DE DEUS» (Ver. 21).

«DE SORTE QUE SOMOS EMBAIXADORES DA PARTE DE CRISTO,COMO SE DEUS POR NÓS ROGASSE. ROGAMO-VOS POIS DA PARTE DE CRISTO QUE VOS RECONCILIEIS COM DEUS». Deus «PÔS EM NÓS A PALAVRA DA RECONCILIAÇÃO». É esta a nossa grande comissão (Ver. 19). Estamos aqui no lugar de Cristo como Seus embaixadores, a estar com os homens para que recebam e aceitem os Seus graciosos termos de paz, e se reconciliem com Deus por meio dos Seus méritos. Imaginem! Deus Pai e Deus Filho pedindo aos pecadores que aceitem o perdão e se reconciliem!

Como esta mensagem de graça abundante ultrapassa a do arrependimento e batismo que os doze (temporariamente onze) foram enviados a proclamar sob a chamada “grande comissão” (Lu. 24.47; Mar. 16.15,16; Act. 2. 38)!

ATÉ QUANDO?

Tanto antes da presente dispensarão da graça, como depois, temos declarações de guerra. Precedendo-a, temos o homem a declarar guerra a Deus; seguindo-a, temos Deus a declarar guerra ao homem, como o Livro de Apocalipse prediz tão claramente. Nós vivemos no parêntese intermédio. Vivemos os momentos tensos entre a declaração de guerra dada por uma nação e a contra-declaração dada por outra.

Passaram-se já 2000 anos desde que o mundo se aprontou para o juízo; desde então, Deus, em cumprimento da profecia, tem estado em vias de declarar guerra aos Seus inimigos. Mas ainda retarda o juízo, em misericórdia.

Certamente que todo o momento de demora é um momento de graça. Podemos, descuidadamente, desperdiçar o tempo e tomarmos a graça de Deus como coisa certa; podemos, é certo, no entanto não está correto. ELE esta profundamente cioso com a passagem de cada momento. «UM DIA PARA O SENHOR É COMO MIL ANOS».

Não admira Paulo terminar o seu discurso sobre a nossa embaixada, dizendo:

«E NÓS, COOPERANDO TAMBÉM COM ELE, VOS EXORTAMOS A QUE NÃO RECEBAIS A GRAÇA DE DEUS EM VÃO», e acrescenta: «EIS AQUI AGORA O TEMPO ACEITÁVEL, EIS AQUI AGORA O DIA DA SALVAÇÃO» (II Cr. 6.1,2).

Não admira também ele exortar os crentes a «REMIREM (APROVEITAREM BEM) O TEMPO, PORQUE OS DIAS SÃO MAUS» (Ef. 5.16).

Todas as citações bíblicas (Almeida Corrigida Fiel, da SBTB). As ACF e ARC (ARC idealmente até 1894, no máximo até a edição IBB-1948, não a SBB-1995) são as únicas Bíblias impressas que o crente deve usar, pois são boas herdeiras da Bíblia da Reforma (Almeida 1681/1753), fielmente traduzida somente da Palavra de Deus infalivelmente preservada (e finalmente impressa, na Reforma, como o Textus Receptus).
(//solascriptura-tt.org/ EclesiologiaEBatistas/ tt.org/ )
Por C.R. Stam

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