No final do mês passado, o governador do Mississippi, Tate Reeves, assinou uma lei para mudar a bandeira do estado que continha um emblema da Confederação por mais de 120 anos. Mississippi foi o último estado dos EUA cuja bandeira continha esse símbolo.
A medida ocorreu em meio a um esforço nacional para remover os símbolos da escravidão da era da Guerra Civil. E diante da crescente pressão para combater a injustiça racial em meio a protestos do movimento Black Lives Matter em todo o país, os legisladores estaduais aceleraram o projeto e nomearam um painel para desenhar uma nova bandeira.
O novo design, a ser escolhido até o final do ano, está programado para conter a frase “In God We Trust”. Em uma carta ao procurador-geral do Mississippi, um advogado que falava em nome do Templo Satânico elogiou o Estado por dar “um passo muito positivo” na remoção da bandeira confederada. No entanto, eles criticaram a inclusão de “Deus” na nova bandeira, considerando-a também um símbolo exclusivo.
“Remover um símbolo exclusivo e substituí-lo por outro não resolve o problema”, explicaram em sua carta, sugerindo que se uma frase religiosa for colocada, deve incluir “uma referência a satanás”, algo que provavelmente não seria apreciado por pessoas de outros países e outras crenças.
A organização concluiu confiando que as autoridades acatariam o aviso, mas enfatizou que, se o estado do Mississippi insistir em “colocar essa frase religiosa exclusiva em sua bandeira”, eles arquivarão “uma ação judicial e buscarão medidas cautelares” contra esse ato.
Um possível processo contra o slogan “In God We Trust”, encontrado em dólares dos EUA, não seria novo. Anteriormente, uma decisão judicial determinou que a inclusão dessa frase em seu papel-moeda “não viola os direitos da Primeira Emenda”.
Fonte: RT.
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