Destinado a maiores de 12 anos, jogo é centrado em combate ao Estado Islâmico. Conflito já deixou mais de 340 mil mortos
Com uma arma curta e várias granadas, Ahmed passa de uma batalha a outra em território sírio. Ele é o herói de um videogame sobre a guerra na Síria, concebido pelo movimento xiita libanês Hezbollah e lançado nesta quarta-feira (28) em Beirute.
O movimento islamita, que luta na Síria junto ao poder de Bashar al-Assad contra rebeldes e extremistas, organizou uma cerimônia nos arredores de Beirute, seu reduto, para apresentar o jogo, intitulado “Defesa sagrada – Proteger a pátria e os santuários religiosos”.
O game reflete “a experiência do Hezbollah na Síria”, afirma à ‘France Presse’ um de seus criadores, Hasan Allam, da unidade de meios eletrônicos do movimento. O departamento já idealizou outros jogos relacionados com a ação do Hezbollah contra Israel em território libanês.
“A ideia nasceu a partir de acontecimentos reais sobre o terreno, tanto na Síria como na fronteira sírio-libanesa, e no Líbano”, acrescenta.
O jogo começa com a entrada de seu herói, Ahmed, no santuário de Sayeda Zeinab, um importante lugar sagrado do xiismo situado nos arredores de Damasco e que abriga o mausoléu de uma das netas do profeta Maomé.
O santuário é bombardeado pelos rebeldes e Ahmed, que aparece usando uniforme militar, pega em armas para se unir a seus irmãos de combate no campo de batalha.
Por meio das diferentes etapas do jogo, seus programadores escolheram se centrar, principalmente, no grupo Estado Islâmico (EI), embora a inscrição de sua bandeira preta tenha ficado esfumada.
Visando sua comercialização, o videogame aponta especialmente para os simpatizantes do movimento xiita libanês. O objetivo, explica Allam, é permitir que os jogadores entendam “o que aconteceu e o que faziam os combatentes que se ‘sacrificaram'”.
Para maiores de 12 anos
As batalhas do videogame se tornam cada vez mais complicadas à medida que passam as telas, até chegar à fronteira libanesa, na região de Al-Quseir, onde o Hezbollah admitiu em 2013 ter lutado contra facções insurgentes, muito antes do auge do grupo EI.
O jogo termina com a batalha de Ras Baalbeck, onde o Hezbollah e o Exército libanês travaram duas ofensivas distintas para expulsar o grupo EI de um enclave montanhoso libanês que conquistou na fronteira síria.
Esta batalha terminou no verão de 2017 com a derrota dos extremistas, cujos últimos combatentes foram evacuados para regiões da Síria que fugiam ao controle do governo.
Em uma sala de recreação da periferia sul de Beirute, Husein Mhanna testa o novo videogame do Hezbollah, pensado para maiores de 12 anos.
“Não sei de onde os tiros vêm!”, exclama o rapaz de 25 anos, grande fã dos videogames, mas que, no entanto, não conseguiu passar do nível 2. Ele assegura que gostou do jogo, acrescentando que “queria atirar contra todo mundo”.
Aliado do Irã e muito influente na vida política libanesa, o Hezbollah é considerado por Washington um grupo “terrorista”. Oficialmente, ele participa da guerra na Síria desde 2013.
Principalmente graças a este apoio e ao da força aérea de Moscou, o governo de Bashar al-Assad, que não estava indo bem diante dos rebeldes e extremistas, conseguiu reforçar posições no conflito sírio.
A guerra no país, que começou em 2011 por conta de uma revolta contra o governo de Bashar al-Assad, já deixou mais de 340 mil mortos e milhões de deslocados e refugiados.
Fonte: G1
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► Arqueologia Bíblica
► É Noticias: Últimos Acontecimentos - Bíblicos
Com uma arma curta e várias granadas, Ahmed passa de uma batalha a outra em território sírio. Ele é o herói de um videogame sobre a guerra na Síria, concebido pelo movimento xiita libanês Hezbollah e lançado nesta quarta-feira (28) em Beirute.
O movimento islamita, que luta na Síria junto ao poder de Bashar al-Assad contra rebeldes e extremistas, organizou uma cerimônia nos arredores de Beirute, seu reduto, para apresentar o jogo, intitulado “Defesa sagrada – Proteger a pátria e os santuários religiosos”.
O game reflete “a experiência do Hezbollah na Síria”, afirma à ‘France Presse’ um de seus criadores, Hasan Allam, da unidade de meios eletrônicos do movimento. O departamento já idealizou outros jogos relacionados com a ação do Hezbollah contra Israel em território libanês.
“A ideia nasceu a partir de acontecimentos reais sobre o terreno, tanto na Síria como na fronteira sírio-libanesa, e no Líbano”, acrescenta.
O jogo começa com a entrada de seu herói, Ahmed, no santuário de Sayeda Zeinab, um importante lugar sagrado do xiismo situado nos arredores de Damasco e que abriga o mausoléu de uma das netas do profeta Maomé.
O santuário é bombardeado pelos rebeldes e Ahmed, que aparece usando uniforme militar, pega em armas para se unir a seus irmãos de combate no campo de batalha.
Por meio das diferentes etapas do jogo, seus programadores escolheram se centrar, principalmente, no grupo Estado Islâmico (EI), embora a inscrição de sua bandeira preta tenha ficado esfumada.
Visando sua comercialização, o videogame aponta especialmente para os simpatizantes do movimento xiita libanês. O objetivo, explica Allam, é permitir que os jogadores entendam “o que aconteceu e o que faziam os combatentes que se ‘sacrificaram'”.
Para maiores de 12 anos
As batalhas do videogame se tornam cada vez mais complicadas à medida que passam as telas, até chegar à fronteira libanesa, na região de Al-Quseir, onde o Hezbollah admitiu em 2013 ter lutado contra facções insurgentes, muito antes do auge do grupo EI.
O jogo termina com a batalha de Ras Baalbeck, onde o Hezbollah e o Exército libanês travaram duas ofensivas distintas para expulsar o grupo EI de um enclave montanhoso libanês que conquistou na fronteira síria.
Esta batalha terminou no verão de 2017 com a derrota dos extremistas, cujos últimos combatentes foram evacuados para regiões da Síria que fugiam ao controle do governo.
Em uma sala de recreação da periferia sul de Beirute, Husein Mhanna testa o novo videogame do Hezbollah, pensado para maiores de 12 anos.
“Não sei de onde os tiros vêm!”, exclama o rapaz de 25 anos, grande fã dos videogames, mas que, no entanto, não conseguiu passar do nível 2. Ele assegura que gostou do jogo, acrescentando que “queria atirar contra todo mundo”.
Aliado do Irã e muito influente na vida política libanesa, o Hezbollah é considerado por Washington um grupo “terrorista”. Oficialmente, ele participa da guerra na Síria desde 2013.
Principalmente graças a este apoio e ao da força aérea de Moscou, o governo de Bashar al-Assad, que não estava indo bem diante dos rebeldes e extremistas, conseguiu reforçar posições no conflito sírio.
A guerra no país, que começou em 2011 por conta de uma revolta contra o governo de Bashar al-Assad, já deixou mais de 340 mil mortos e milhões de deslocados e refugiados.
Fonte: G1
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