Procuradores e juízes fizeram ato no STF em defesa de suas categorias, com protesto contra projetos que, segundo eles, atacam prerrogativas de seus cargos
A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) informou que haverá uma paralisação no próximo dia 15 de março. Isso acontece após a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, termarcado, para o dia 22, o julgamento que vai decidir se os juízes têm direito ou não ao auxílio-moradia. Na prática, o benefício permite que a maioria deles ganhe acima do teto constitucional, hoje em R$ 33.700.
O auxílio-moradia é pago em todo o Brasil, mesmo aos juízes que têm imóvel na cidade onde trabalham ou que já moram lá há anos. O benefício só não é pago caso o próprio juiz recuse o valor. Por outro lado, alguns magistrados alegam que o auxílio-moradia é uma forma de compensar a falta de reajuste.
Segundo a associação que representa a categoria, 81% dos mais de 1.300 votantes foram a favor do movimento de “indignação contra o tratamento dispensado à Justiça Federal”.
A nota da entidade afirma que a operação Lava Jato vem mudando a cultura brasileira em relação à corrupção, combatendo-a, sem limites, e que várias pessoas poderosas estão atrás das grades. Por isso, de acordo com a associação, “a forma encontrada para punir a Justiça Federal foi atacar a remuneração dos seus juízes”.
Fonte: Extra
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