Senado aprovou a criação de um fundo com, no mínimo, R$ 1,7 bilhão, mas deputados não quiseram votar esse texto. O deputado petista Vicente Cândido tenta negociar com partidos outra proposta para criar fundo
Após o Senado aprovar um fundo eleitoral com um piso de R$ 1,7 bilhão, o relator da reforma política, deputado Vicente Cândido (PT-SP), defendeu nesta quinta-feira (28) a criação do fundo com teto máximo de R$ 2 bilhões de dinheiro público.
Segundo ele, esse fundo seria complementado com dinheiro privado até atingir o que ele o montante que considera ideal para o custo das campanhas no país: de R$ 3 bilhões a R$ 3,5 bilhões.
De acordo com o deputado, esse fundo seria complementado com dinheiro privado até atingir o montante que considera ideal para o custo das campanhas no país: de R$ 3 bilhões a R$ 3,5 bilhões.
Na noite de quarta-feira (27), os deputados não quiseram votar no plenário o texto do Senado por não concordarem com vários pontos. O objetivo do relator agora é tentar construir um acordo com os partidos até segunda-feira (2) para elaborar um novo texto com a criação do fundo.
“O texto do Senado nasce com um piso, mas tem um clamor aqui na casa para que tenha um teto e não piso. Esse é um ponto ainda sensível de negociação. Eu gostaria (de incluir no texto um teto), mas não sei se tenho maioria para isso”, afirmou Cândido.
O relator ponderou que o sistema atual de escolha de deputados e vereadores encarece muito as campanhas uma vez que os partidos precisam lançar um número mínimo de candidatos por vaga.
Para ele, R$ 3,5 bilhões seria o montante “razoável” para os custos das campanhas considerando uma mudança no sistema eleitoral.
“Saí defendendo lá no começo da comissão que seria bastante razoável uma campanha no Brasil custar por volta de R$ 3 bilhões, R$ 3,5 bilhões desde que mude o sistema eleitoral, sendo desses R$ 3 bilhões, R$ 3,5 bilhões, R$ 2 bilhões de dinheiro público e o restante de pessoa física, como faz o mundo inteiro, sempre tem um complemento de pessoa física ou jurídica, dependendo do país”, afirmou.
Vicente Cândido tem o desafio de encontrar consenso não só entre os deputados, mas também entre os senadores, já que o texto, se aprovado na Câmara, ainda precisará passar pelo Senado.
Outro fator complicador é o tempo. Os parlamentares correm para aprovar as mudanças até a semana que vem, prazo máximo para que elas possam valer já para as eleições de 2018.
Fonte: G1
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