Ataque químico mata dezenas de pessoas, na Síria, incluindo crianças
Investigadores de crimes de guerra da ONU disseram nesta terça-feira (4) que estão averiguando o suposto ataque com armas químicas na cidade síria de Khan Sheikhoun, no sul de Idlib, assim como relatos de um subsequente ataque a um hospital onde os feridos estavam sendo tratados.
Em comunicado sobre o ataque que matou cerca de 100 pessoas, a Comissão de Inquérito da ONU na Síria disse que o uso de armas químicas assim como qualquer ataque deliberado em instalações médicas “seria considerado crime de guerra e uma séria violação das leis de direitos humanos”.
“É imperativo que responsáveis por esses ataques sejam identificados e responsabilizados”, disse a comissão independente liderada pelo brasileiro Paulo Pinheiro.
Mortos
Os supostos ataques químicos mataram ao menos 100 pessoas e deixaram outros 400 sofrendo de problemas respiratórios, informou um grupo de assistência médica na Síria.
É provável que o número de mortes aumente, de acordo com a União das Organizações de Cuidados Médicos, uma coalizão de agências internacionais de socorro que ajuda hospitais na Síria e que é parcialmente baseada em Paris.
“Nós vimos mais de 40 ataques desde 06h30″, informou o grupo. “O número de mortes continua a crescer, assim como o número de ataques na região de Idlib e assim como os ataques não químicos em Hama”, disse o grupo.
Armas químicas
O governo sírio negou em muitas oportunidades o uso de armas químicas em uma guerra que já provocou mais de 320 mil mortes desde março de 2011.
Mas as alegações de que Damasco utiliza este tipo de armamento são recorrentes e uma investigação liderada pela ONU atribuiu ao regime pelo menos três ataques com gás cloro em 2014 e 2015. Em março de 2015, duas cidades na província da província Idleb foram alvos dos ataques. A Síria ratificou a Convenção sobre a Proibição de Armas Químicas em 2013.
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), que tem sede na Grã-Bretanha e conta com uma ampla rede de fontes na Síria, não soube informar se os bombardeios foram executados por aviões das Forças Armadas sírias ou da Rússia, aliada do regime de Damasco.
ONU
As autoridades francesas solicitaram nesta terça-feira (4) uma reunião urgente do Conselho de Segurança das Nações Unidas pelo suposto ataque químico contra a cidade síria de Khan Sheikhoun, na província setentrional de Idlib.
“O uso de armas químicas constitui uma violação inaceitável da Convenção sobre a Proibição de Armas Químicas e um novo reflexo da barbárie da qual a população síria é vítima há tantos anos”, declarou o ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Marc Ayrault, em comunicado.
Fonte: G1
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