E ouvireis de guerras e de rumores de guerras" Mateus 24:6
A China quer cooperar com a Rússia para "apaziguar" o mais rápido possível a tensão em torno da Coreia do Norte, declarou o ministro das Relações Exteriores chinês Wang Yi ao seu colega russo Serguei Lavrov.
"O objetivo comum dos nossos países é que todas as partes retornem à mesa de negociações", disse Wang em uma conversa telefônica com Lavrov na sexta-feira à noite, de acordo com um comunicado divulgado pelo site do ministério.
O telefonema responde à situação de tensão entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos.
O presidente americano Donald Trump prometeu que cuidaria do "problema" do programa nuclear norte-coreano e anunciou o envio à região de um porta-aviões.
Por sua vez, a Coreia do Norte afirmou estar disposta a "responder qualquer ataque nuclear com um ataque nuclear", segundo afirmou neste sábado (14) em Pyongyang o número 2 do regime comunista norte-coreano durante uma parada militar que comemora o 105º aniversário do nascimento do fundador da dinastia, Kim Il-Sung.
"A China está disposta a coordenar estreitamente com a Rússia para ajudar a acalmar a situação na península e encorajar as partes a retomar o diálogo", declarou na sexta-feira o chefe da diplomacia chinesa.
Wang Yi estava se referindo às negociações a seis (as duas Coreias, Japão, Rússia, China e Estados Unidos), que estão há anos paradas.
"Evitar a guerra e o caos na península está em conformidade com os interesses comuns" de Pequim e Moscou, acrescentou.
De acordo com muitos observadores, a Coreia do Norte poderia lançar neste sábado um novo teste nuclear ou balístico, ambos proibidos pela comunidade internacional.
Na sexta-feira, o ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, advertiu que um conflito pode eclodir "a qualquer momento" na Coreia do Norte depois das novas ameaças dos Estados Unidos contra o regime de Pyongyang.
Advertência de Trump
O presidente americano, Donald Trump, formulou na quinta-feira (13) uma advertência direta à Coreia do Norte, ao afirmar que o governo de Pyongyang é "um problema que será atendido".
"A Coreia do Norte é um problema, e um problema que será atendido", disse Trump na Casa Branca, em meio a especulações sobre um novo teste nuclear por parte de militares norte-coreanos.
Trump disse em diversas ocasiões que evitará que Pyongyang desenvolva um míssil nuclear capaz de atingir os Estados Unidos.
Washington ordenou recentemente o envio de um grupo naval à península da Coreia para fazer uma demonstração de força.
Ele havia anunciado o envio à península coreana do porta-aviões Carl Vinson, escoltado por três navios lança-mísseis, e depois falou de uma "armada", incluindo submarinos.
Esse porta-aviões transporta entre 70 e 80 aviões ou helicópteros, incluindo cerca de 50 caças.
Na quinta-feira, o Exército americano lançou sua bomba não nuclear mais poderosa sobre um alvo no Afeganistão.
O presidente americano não deu importância àqueles que sugeriram que esse era aviso para Pyongyang.
"Não sei se isso envia uma mensagem à Coreia do Norte. Não importa se sim ou não", declarou Trump.
Fonte: AFP
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