A Procuradoria Geral da República (PGR) investiga a presidente Dilma Rousseff; o vice-presidente Michel Temer; o ex-presidente Lula; o senador Aécio Neves (PSDB-MG); e outros políticos citados pelo senador e ex-líder do governo Delcídio Amaral (sem partido-MS) em delação premiada.
A PGR encaminhou na semana passada 20 petições ao Supremo Tribunal Federal (STF), segundo o jornal ‘O Globo’, cada petição equivale a um termo de colaboração do senador.
A reportagem explica que este instrumento antecede o pedido de abertura de inquérito. O ministro relator da Lava Jato no STF, Teori Zavascki, irá decidir se autoriza ou não as investigações das autoridades com foro privilegiado. Duas das petições encaminhadas sugerem a remessa de termos de colaboração de Delcídio para a primeira instância da Justiça Federal, por envolver citados sem foro privilegiado.
Outras cinco petições sugerem que os depoimentos do delator sejam anexados a inquéritos já em curso no STF. A delação de Delcídio foi homologada no último dia 14.
Essa é a primeira vez que Dilma, Temer e Aécio devem ser alvo de investigação no STF. O jornal O Globo destaca que a tendência é a PGR solicitar a abertura de inquérito para os três, a partir das acusações feitas por Delcídio. No entanto, ainda não há perspectiva sobre quando isso deve ser feito.
Em delação, Delcídio acusou Dilma de tentar obstruir as investigações da Lava Jato, ao nomear Marcelo Navarro Dantas para ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A presidente ainda aparece em outros termos de colaboração, com acusações relacionadas à compra da refinaria de Pasadena, no Texas, e a interrupções de investigação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Congresso.
Já o vice-presidente Michel Temer foi acusado de ser “muito ligado”, “avalizar” e “apadrinhar” um dos supostos operadores do esquema de desvios de recursos da Petrobras, preso na Lava Jato.
O ex-presidente Lula um dos políticos mais citado na delação. Delcídio fez oito acusações ao petista e chegou a afirmar que o ex-presidente foi um “grande ‘sponsor’ (patrocinador, numa tradução literal do inglês) dos negócios do BTG”.
Aécio foi acusado por Delcídio de receber pagamentos ilícitos de Furnas e de ter atuado para maquiar dados do Banco Rural obtidos pela CPI dos Correios. O senador também revelou em delação que a operação teve participação do atual prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), na época deputado pelo PSDB e integrante da CPI, que funcionou de 2005 a 2006 e era presidida por Delcídio. Aécio também foi acusado de ser beneficiário de uma conta bancária aberta por uma fundação em nome da mãe em Liechtenstein, um paraíso fiscal.Leia também:Notícias. Com
Fonte: Verdadegospel
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