Em entrevista ao jornal russo Komersant, ele denunciou a intensa atividade dos EUA voltada para a modernização de suas bombas nucleares e a renovação da sua frota de porta-aviões, à qual também aderiram outros membros da OTAN. “Dessa forma, a aliança do Norte tomou o rumo de longo prazo da violação de suas obrigações pelo TNP” – descartou.
“As preocupações relativas a isso, apontadas não apenas por nós, mas também por membros do Movimento dos Países Não Alinhados (MNA), membros da OTAN, são ignoradas. Dificilmente essa postura contribui para o reforço do regime de não proliferação nuclear, cuja importância é sempre tão destacada em Bruxelas e nas capitais de países-membros da OTAN” – destacou Ulyanov.
Moscou já declarou em diversas ocasiões o seu total apoio ao reforço do regime de não-proliferação, como um fator chave do sistema de segurança global.
O Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP) é um acordo entre Estados soberanos assinado em 1968, vigorando a partir de 5 de março de 1970. Atualmente conta com a adesão de 189 países, cinco dos quais reconhecem ser detentores de armas nucleares: Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França e China — que são também os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU.
Além disso, em 2010, a Rússia e os EUA assinaram o Tratado de Redução de Armas Estratégicas (START-III), que determinou a redução do número de armas nucleares estratégicas para níveis só vistos na primeira década da era nuclear. Segundo Ulyanov, cinco anos após a assinatura deste documento, o número de ogivas nucleares na Rússia diminuiu em mais da metade, de quase 4 mil até um pouco mais de 1,5 mil.
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