O organismo revelou também que a transmissão por meio de relações sexuais é mais comum do que se imaginava. Por isso, a OMS recomenda que em caso de gravidez, os casais adotem o uso de preservativos.
Chan pontuou que as autoridades de cada país não devem aguardar a confirmação científica para tomar medidas em prol da saúde pública. O vírus foi identificado em 41 países, sobretudo nas Américas. Brasil e Colômbia são os mais afetados.
Infecção
A chefe da OMS confirmou que o zika foi detectado no líquido amniótico e "evidências mostram que o vírus pode atravessar a placenta e infectar o feto". O vírus já foi detectado no sangue, no tecido cerebral e no fluído cérebro espinhal de fetos após abortos (naturais ou não) ou em natimortos.
Há casos que incluem morte do feto, insuficiência placentária, retardo no crescimento do feto e danos ao sistema nervoso central. Até agora, apenas Brasil e Polinésia Francesa documentaram casos de microcefalia, mas a Colômbia está sob forte vigilância.
Segundo Chan, desde que o Comitê de Emergência foi criado, várias pesquisas reforçaram a "associação entre a infecção de zika e a ocorrência de má formação fetal e de desordens neurológicas".
"Em uma grávida que teve sintomas de zika com 18 semanas, o bebê tinha catarata em um dos olhos, um olho menor que o outro, além de cérebro e cerebelo quase inexistentes", apontou a médica Adriana Melo, da Paraíba, um dos Estados com maior número de crianças afetadas, em entrevista ao UOL.
Casos de bebês com sobreposição de dedos, braços e pernas curvadas e até com um braço maior que o outro foram apresentados durante um seminário sobre zika no Recife, que reuniu profissionais de vários Estados para compartilharem experiências.
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Fonte: Opera Mundi.
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