O alto comissário da ONU para Direitos Humanos, Zeid Al Hussein, alertou que "o mundo está seguindo em direção a um terremoto na área de direitos humanos".
A declaração foi feita esta segunda-feira, em Genebra, na abertura da 31ª sessão do Conselho de Direitos Humanos.
Terremoto
Zeid disse que as violações dos direitos humanos são como um sinal de zigue-zague de um sismógrafo alertando sobre a chegada de um terremoto. Ele afirmou que atualmente essas linhas estão subindo e descendo cada vez mais rápido e mais alto.
O representante da ONU declarou que isso está sendo causado por "más decisões e ações criminosas e sem princípios". Segundo Zeid, a lei internacional de direitos humanos está sendo violada em "múltiplos conflitos" e com "total impunidade", enquanto milhares de pessoas morrem de fome na Síria e 450 mil vivem em regiões sitiadas.
O alto comissário afirmou que "hospitais, clínicas médicas e pessoal de saúde" têm uma proteção especial de acordo com a legislação internacional.
Mesmo assim, Zeid disse que, pelo menos, 10 hospitais e clínicas foram destruídos ou danificados desde janeiro, uma média de mais de um por semana.
Ele declarou ainda que a entrega de ajuda humanitária, como alimentos e remédios, está sendo repetidamente bloqueada.
Agenda 2030
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-mmon, disse que a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável representa um grande passo para os direitos humanos".
Falando em francês, Ban afirmou que o Conselho "é o guardião dos direitos humanos" e que seus mecanismos dão às vítimas e aos defensores dessa área um caminho e uma voz.
Segundo ele, os relatórios preparados pelo órgão "chamam a atenção mundial para os abusos cometidos em vários países e situações".
Ban disse que "paz duradoura e segurança" não podem existir sem direitos humanos para todos. Desenvolvimento sustentável é impossível sem paz e segurança e os direitos humanos representam a base da humanidade.
Desenvolvimento e Paz
O presidente da Assembleia Geral, Mogens Lykketoft afirmou que o Conselho de Direitos Humanos se tornou "parte vital da arquitetura das Nações Unidas".
Lykketoft disse que "não haverá desenvolvimento sustentável e paz duradoura se os direitos das pessoas forem violados e ignorados".
Ele declarou que o desenvolvimento e a paz "estão no coração da política de frente do Conselho de Direitos Humanos" .
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