O diretor do departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, aconselhou mulheres de Pernambuco a adiarem os planos de gravidez até que haja maior clareza sobre as causas do aumento de casos de bebês com microcefalia no Estado. “Não engravidem agora. Esse é o conselho mais sóbrio que pode ser dado”, disse ele. A informação foi divulgada no site do ‘Correio Braziliense’, nesta sexta-feira (13).
Até o momento, foram identificados 141 casos da malformação no Estado, a maior parte dos casos concentrada a partir de agosto em 55 cidades. O indicador é 15 vezes superior à média registrada entre 2010 e 2014, de 9 casos por ano. Diante do problema, considerado grave, oMinistério da Saúde decretou nesta quarta-feira estado de emergência sanitária nacional.
Além de Pernambuco, outros Estados começam a relatar aumento expressivo de casos. O superintendente da Maternidade Nossa Senhora de Lurdes, de Aracaju, informou que 49 casos foram identificados no Estado nos meses de setembro e outubro. O problema foi identificado na capital e em outras três cidades: Itabaiana, Estância e Lagarto. No Rio Grande do Norte, de acordo com informações da Secretaria de Saúde ao Instituto de Medicina Tropical, foram 22 casos. A maioria dos casos, também registrada a partir de agosto.
O professor da Universidade Federal de Pernambuco e um dos primeiros profissionais a identificar o avanço dos nascimentos de microcefalia no Estado, Carlos Brito tem a mesma avaliação de Maierovitch e sugere que mulheres adiem em alguns meses os planos de gravidez em Pernambuco, onde a situação é mais grave. “É mais prudente esperar alguns meses. Somente para se ter mais segurança sobre o que de fato está ocorrendo”, disse.
Fonte: Correio Braziliense
Nenhum comentário:
Postar um comentário