Um adolescente judeu de 17 anos agrediu a facadas dois palestinos e dois árabes israelenses em Dimona, cidade no sul de Israel. Trata-se do primeiro ato de represália às agressões semelhantes cometidas por palestinos contra israelenses nos últimos dias. O jovem, conhecido da polícia, justificou o ato porque “todos os árabes são terroristas”, de acordo com informações do porta-voz da polícia. Segundo fontes próximas do governo, o primeiro-ministro Benjamin Netaniahu condenou com “veemência” esse ataque contra pessoas inocentes.
Pouco tempo depois, outro adolescente judeu foi levemente ferido em um ataque com arma branca em Jerusalém. O suspeito, palestino, foi detido pela polícia.
Na sequência, na Cisjordânia, um palestino esfaqueou um policial israelense, que ficou levemente ferido perto de uma colônia israelense na leste de Hebron. O palestino foi abatido imediatamente.
Horas depois desse novo episódio, o líder do Hamas na Faixa de Gaza, Ismaïl Haniyeh, qualificou a violência na Cisjordânia e na parte oriental de Jerusalém de nova Intifada, termo em árabe que significa revolta. Duas Intifadas palestinas aconteceram em 1987 e no ano 2000.
“Fazemos um apelo para reforçar e expandir a Intifada, é a única maneira de liberar” os territórios palestinos, disse Haniyeh durante oração em uma mesquita de Gaza. O chefe do Hamas disse que “Gaza vai desempenhar seu papel na Intifada de Jerusalém e está pronta para os confrontos”.
Reforço do esquema de segurança
Com a multiplicação dos ataques, o governo de Israel mobiliza um impressionante esquema de segurança na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém Oriental, terceiro local sagrado do islamismo.
A polícia impede o acesso à Esplanada de fiéis muçulmanos com menos de 50 anos e instalou detectores de metal, como os existentes nos aeroportos, para evitar a entrada de armas na zona hiperprotegida.
Jovens palestinos lançaram nas redes sociais um chamado à terceira Intifada. Ontem, Netanyahu já tinha afirmado que Israel enfrenta uma onda terrorista não organizada, mas que é resultado, segundo ele, da incitação à violência de movimentos islâmicos radicais como o Hamas e também da Autoridade Palestina.
Fonte: RFI///Notícias AH.Com
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