Na vida e no ministério há muitos momentos distintos. Eclesiastes retrata bem essas nuances no capítulo três, no conhecido texto sobre o “tempo”. A maneira como lidamos com essas mudanças é determinante para o que viveremos à frente. Alguns momentos mais tensos, outros mais suaves; alguns mais agitados, outros mais tranquilos; alguns (espero que muitos) alegres, outros mais tristes, e assim vamos vivendo, refletindo, avaliando e prosseguindo.
Prosseguir é uma palavra-chave. Depois de certo tempo de caminhada e alguns inesperados obstáculos, alguns costumam repensar os seus caminhos. Esta é uma tarefa importante e arriscada para aqueles que responderam ao “chamado que um dia, tu fizeste a mim, e ao qual sem hesitar, eu disse sim”.
O chamado exige renúncia. O chamado anuncia perdas. O chamado declara a opção pelo possivelmente menos popular. O chamado demanda sacrifício. O chamado assume a possibilidade de maiores dificuldades pelo caminho. E por isso que se torna arriscado. Pois muitos dos chamados, ao olhar para trás nessa reflexão, acabam esquecendo-se de olhar para frente novamente. Aí, o tropeço é inevitável. Olhar para trás é importante, mas viver andando de costas é loucura.
Entre tantas possíveis escolhas negativas, por que não voltar atrás, ou por que olhar para frente novamente?
- Porque o chamado é, também, resultado de paixão. Avassaladora, incontrolável, inevitável.
- Porque o chamado tem origem nAquele que tem uma voz irresistível e uma vontade que é boa, perfeita e agradável;
- Porque o chamado traz, como fruto, uma riqueza invisível, mas imperecível; intocável, mas intransferível; inimaginável, mas infinita; inexplicável, mas irresistível.
É, enfim, um caminho sem volta, independentemente dos percalços, obstáculos e tropeços. É loucura sim, mas é vida. E, de uma coisa estou certo: os momentos não determinam mais o meu chamado, mas fortalecem o caminho que foi escolhido para eu seguir.
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