25 de maio de 2018

Lição 09 - É preciso buscar crescimento espiritual: Adultos - Betel

 
Texto Áureo
2 Pedro 3.18
Antes, crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora como no dia da eternidade. Amém.

Verdade Aplicada

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O novo nascimento é o início do processo de crescimento espiritual, que deve ser contínuo e progressivo.

Objetivos da Lição
Enfatizar a importância de estar em Cristo e a necessidade do crescimento;
Ressaltar que o processo do crescimento espiritual é contínuo;
Destacar que a Palavra de Deus nos incentiva ao crescimento espiritual.

Glossário
Hipófise: Glândula endócrina, cujas perturbações de desenvolvimento ou funcionamento resultam em alterações no crescimento;
Indolente: Apático; descuidado;
Metáfora: Figura de linguagem que produz sentidos figurados por meio de comparações implícitas.

Leituras complementares

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Segunda Sl 92.12-13
Terça 1Co 3.1-3
Quarta Ef 2.20-22
Quinta Ef 4.11-16
Sexta Hb 5.11-14; 6.1
Sábado 2Pe 1.5-11

Textos de Referência.

  1 Pedro 1.23-25
23 Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva e que permanece para sempre.
24 Porque: Toda carne é como erva, e toda a glória do homem, como a flor da erva. Secou-se a erva, e caiu a sua flor;
25 Mas a palavra do Senhor permanece para sempre. E esta é a palavra que entre vós foi evangelizada.
  1 Pedro 2.1-2
1 Deixando, pois, toda malícia, e todo engano, e fingimentos, e invejas, e todas as murmurações,
2 Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que, por ele, vades crescendo,


Hinos sugeridos.
Harpa cristã: 69


Harpa cristã: 299


Harpa cristã: 519

Motivo de Oração

Ore, para que os jovens cresçam com Cristo em meio à oposição da sociedade em que vivem.
Esboço da LiçãoIntrodução
1. O que se espera do nascido de novo?
2. O processo do crescimento espiritual.
3. A importância do crescimento.
Conclusão

Introdução
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É certo que o ambiente e as circunstâncias influenciam, porém as atitudes e escolhas do discípulo de Cristo podem determinar o seu crescimento espiritual. Nesta lição, veremos que é essencial o crescimento espiritual do povo de Deus.

1. O que se espera do nascido de novo?

Os especialistas afirmam que o desenvolvimento do corpo está ligado à uma vida saudável. A glândula hipófise, localizada na base do crânio, produz o GH, que se refere ao hormônio do crescimento. Alguns fatores muito contribuem no processo de crescimento, entre outros: sono, alimentação, exercícios físicos.
1.1. Jesus Cristo experimentou o crescimento.

Ao se fazer carne (Jo 1.14), o próprio Senhor Jesus passou pelo processo de crescimento (Lc 2.40, 52). Ele não nasceu adulto. Somente iniciou Seu ministério na terra com cerca de trinta anos de idade (Lc 3.23). Do mesmo modo, o discípulo de Cristo inicia a nova vida com o novo nascimento (1Pe 1.23). Antes estávamos mortos em nossos pecados, ou seja, separados de Deus, mas Ele nos vivificou pelo poder da Sua Palavra e pela ação do Seu Espírito DM nós. Assim, nascemos de novo (Jo 3.5; Ef 2.1, 5; Tt 3.5). Porém, também é certo que, no aspecto espiritual da vida, quando alguém nasce de novo, não nasce adulto, crescido e amadurecido na fé e no conhecimento.

O processo de crescimento espiritual deve ser contínuo enquanto estivermos aqui na terra (Ef 4.15-16). No Novo Testamento encontramos a expressão grega “auxanõ”, que indica crescer e aumentar (Ef 4.15; Cl 1.10; 1Pe 2.2; 2Pe 3.18). Interessante notarmos que a palavra grega citada acima tem a ver com a vida das plantas, significando o processo natural de crescimento.

1.2. Metáforas que indicam crescimento.

Encontramos na Bíblia que aquele que vive em comunhão com Deus é comparado a uma planta, ou árvore, ou ramo (Sl 1.3; 92.12-13; Jr 17.7-8; Jo 15.1-8). A mensagem apontando para o crescimento também é encontrada em Efésios 2.21, expressando a ideia de construção com o sentido espiritual de “edificação”. A Palavra de Deus também nos compara a “pedras vivas” (1Pe 2.5). O Senhor Jesus é a pedra principal, o firme fundamento (Ef 2.20). É nEle que somos edificados e crescemos. Já em Efésios 4.15-16 encontramos a ideia do discípulo de Cristo como membro do Corpo de Cristo, no processo de crescimento orgânico. Cada membro do Corpo de cristo, a Igreja, crescendo, “faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor” (Ef 4.16).

É necessário que cada discípulo de Cristo esteja consciente da verdade bíblica de que, enquanto estivermos na terra, Deus nos exorta a crescimento. Para que entendamos Seus propósitos, Ele usa figuras de linguagem. Vemos isso quando Ele nos compara a uma criança (acerca do novo nascimento), planta, pedra ou a um membro do corpo.

1.3. A necessidade do crescimento.

O novo nascimento, os vários outros aspectos da salvação (libertação, adoção, justificação, perdão, entre outros), o recebimento do Espírito Santo, o batismo em águas e a participação na Ceia do Senhor podem dar a impressão de que já estamos prontos e completos, porém, se estivermos atentos às Sagradas Escrituras, veremos que ainda precisamos aprender muito.

O Dr. Russell Shedd, comentando Efésios 4.15, escreveu: “Os alemães têm uma frase que diz: ‘werde was du bist’, ou seja, “torna-te aquilo que tu já és”. Nós já somos membros da plenitude, pois fazemos parte da feitura de Cristo; mas de certo modo somos isso de modo embrionário ou como crianças. Nossa posição já está aí, com toda sua possibilidade e potencial, mas temos que caminhar para a maturidade”. Sabemos quem somos? Temos procurado compreender o chamado de Deus? Como disse o poeta grego, Píndaro: “Transforme-se em quem você é, mas primeiro aprenda que você é”.

2. O processo do crescimento espiritual.

Quanto ao desenvolvimento do corpo físico, vários fatores influenciam para o adequado crescimento. Ocorre o mesmo com o processo de crescimento do discípulo de Cristo no aspecto espiritual. Importante lembrar que não se trata de algo opcional, mas uma determinação divina, como se encontra em 1 Pedro 2.2 e 2 Pedro 3.18.

2.1. A participação humana.

Precisamos obedecer, desejar e buscar, pois no processo do crescimento espiritual existe a participação humana, como veremos no presente tópico. Estejamos certos de que a participação humana nunca será dissociada da ação divina por intermédio da Palavra e do Espírito Santo. Logo, de acordo com o ensino do apóstolo Paulo expresso em Colossenses 1.6, o crescimento espiritual ocorre a partir do Evangelho, ou seja, “a graça de Deus em verdade”. Quando o discípulo de Jesus é movido pelo Evangelho, há crescimento no conhecimento de Deus (Cl 1.10) e na graça (2Pe 3.18).

O Dr. Russel Shedd citou Crisóstomo, ao comentar Colossenses 1.10: “O crescimento externo acompanha os passos da sua energia interna”. E escreveu: “Essa energia espiritual existe em virtude do senhorio de Cristo, ativo em sua igreja onde quer que esta se encontre, na Ásia de então ou no Brasil de hoje”. Antes do apóstolo Pedro exortar sobre a necessidade do crescimento, ele menciona a importância da atitude de “deixar” (1Pe 2.1). Ou seja, “colocar de lado”, “lançar fora” atitudes, hábitos e comportamentos que, se mantidos pelo nascido de novo, comprometerão o seu crescimento espiritual. Esta exortação nos remete à recomendação de deixar os embaraços e pecados que atrapalham a nossa carreira cristã (Hb 12.1). Assim, também, um terreno repleto de pedras ou cheio de espinhos irá impedir o adequado crescimento das plantas (Mt 13.20-22). No processo do crescimento espiritual é importante atentarmos para as coisas que podem atrapalhar e ir deixando-as, pois se os “espinhos” crescerem juntos, sufocarão a semente (Mt 13.7). Não basta desejar o bom, é preciso lançar fora o ruim.

2.2. A Palavra de Deus gera crescimento.

Pedro escreve que o discípulo de Cristo deve “desejar afetuosamente” a Palavra de Deus (1Pe 2.2). A versão NTLH diz: “como criancinhas recém-nascidas”. Ou seja, faz menção ao novo nascimento descrito em 1 Pedro 1.23. Assim como o Bebê depende de leite puro (não misturado com nenhuma outra substância) para a nutrição, o discípulo de Jesus depende do “leite racional”, ou seja, “o leite não adulterado da palavra” (BJ), mencionado em 1 Pedro 1.25. Desejar denota interesse, busca e esforço. Portanto, por intermédio do alimento da Palavra é que há crescimento.

Quando o apóstolo Paulo escreve sobre o crescimento no corpo, ele enfatiza que os discípulos do Senhor somente serão saudáveis e fortes para crescerem caso estejam sob o controle Daquele que é a cabeça, Cristo (Ef 4.15-16). Somente de Cristo, cabeça do corpo, é que cada membro recebe a capacitação necessária para crescer e, assim, desenvolver sua atividade no corpo. Da mesma maneira, as varas da videira verdadeira dependem totalmente da videira para produzir fruto e manter-se saudável (Jo 15.5). Sem Jesus nada podemos fazer.

2.3. Crescimento processo contínuo.
Na dinâmica do crescimento espiritual há a participação de Deus e do discípulo de Cristo. É um processo contínuo. H. Schlier, teólogo alemão, em seu comentário sobre a carta aos Efésios, sobre a expressão grega “auxein” (uma das derivações da expressão mencionada no tópico anterior, usada em vários textos no Novo Testamento, traduzida como “crescimento”), comentou o seguinte: “O crescimento da igreja na santidade pessoal em Cristo é um processo contínuo...tempo presente de auxein (“cresce” – Ef 2.21) torna claro este fato... “crescer” é o modo de ser igreja”.

É incrível, mas precisamos voltara enfatizar a importância da vida devocional (separar um tempo em casa para leitura bíblica e oração). Participação na Escola Bíblica Dominical, Culto de Ensino, reuniões de oração e jejum, envolvimento de atividades na igreja como hábitos saudáveis que muito contribuem no processo de crescimento espiritual. Além da importância de sermos pastoreados. Nosso crescimento e aperfeiçoamento como membros do Corpo de Cristo passa pelo pastoreio. Leia Efésios 4.11-16 e reflita: Jesus dá dons e ministérios à Igreja visando o quê? Não são poucos na igreja evangélica brasileira que retardam o próprio crescimento espiritual por não se submeterem ao discipulado e pastoreio.

3. A importância do crescimento.
Há a tendência em muitos de justificar o não crescimento espiritual usando as circunstâncias contrárias como causa. Contudo, ao observarmos o contexto histórico dos primeiros destinatários das epístolas do apóstolo Pedro, verificamos que as circunstâncias eram bastante desafiadoras: perseguição, tribulações, sofrimento, falsos mestres, entre outros. Porém, ambas as epístolas fazem um chamado ao crescimento espiritual (1Pe 2.2; 2Pe 3.18).

3.1. Crescer enquanto caminha.

Com o crescimento, aprendemos que há uma ação pedagógica no sofrimento e nas adversidades, visando o nosso amadurecimento (1Pe 5.9-10; Hb 12.5, 10). O apóstolo Pedro identifica os discípulos de cristo como “peregrinos e forasteiros” (1Pe 2.11) e que a vinda do Senhor se aproxima (2Pe 3.9). Estamos aqui só de passagem, como peregrinos neste mundo. Portanto, ainda não chegamos ao destino. Não podemos parar. É perigoso.

Paulo exorta aos discípulos de Cristo que estavam em Éfeso sobre a importância do crescimento em Cristo, para que não permanecessem como “meninos inconstantes” (Ef 4.14). A palavra grega utilizada é “nepios”, sugerindo alguém sem instrução, sem esclarecimento, um discípulo imaturo. São os hesitantes e mal orientados que são levados por todo vento de doutrina. O imaturo é caracterizado pela instabilidade diante das pressões das várias doutrinas sem respaldo bíblico e dos padrões mundanos da vida.

3.2. Os perigos do não crescimento.
São muitos os “ventos de doutrina” e os modismos teológicos que têm causado grandes prejuízos na vida dos que “se estavam afastando dos que andam em erro” (2Pe 2.18). Paulo, em 1 Coríntios 3.1, lembra o início da instrução aos discípulos naquela cidade. É evidente que aquele que acaba de passar pela experiência do novo nascimento é como um “menino em Cristo”; ainda não está amadurecido. A alimentação pela Palavra era adaptada à capacidade dos alunos. Por isso era baseada no leite. A dificuldade é que os discípulos de Corinto ainda não podiam receber o alimento mais sólido (1Co 3.2).

Os membros da igreja em Corinto, pelo tempo, já deveriam ter superado o estágio de “meninos em Cristo”. Já deveriam ter feito progresso. Então, Paulo aponta várias condutas que resultam de uma vida cristã sem amadurecimento: inveja, contendas e dissensões” (1Co 3.3).

3.3. Não sejamos negligentes.
O fator tempo (no que se refere ao início do novo nascimento até um determinado momento), como em 1 Coríntios, também é mencionado na epístola aos Hebreus. O escritor aos hebreus menciona que alguns discípulos de Cristo “pelo tempo” (de conversão, de nascido de novo) já deveriam estar ensinado outros, ajudando os novos convertidos, porém ainda estavam necessitando que alguém lhes ensinasse as doutrinas básicas (Hb 5.12). No lugar de alimento sólido, ainda precisavam de leite (Hb 5.12-14). Mas, no versículo 11 de Hebreus 5, o escritor identifica o problema como resultado de negligência “para ouvir”, por parte daqueles discípulos de Cristo. Ou seja, eram indolentes, preguiçosos e lentos. Não queriam se esforçar para aprender.

Em Hebreus 6.1, o escritor faz um fervoroso chamado: “deixando... prossigamos”. É preciso sair da estagnação ou acomodação espiritual. Na versão da ERA, encontramos: “deixemo-nos levar para o que é perfeito”. Lembra consentimento, humildade, interesse em crescer, progredir espiritualmente.

Conclusão.
Precisamos diariamente ir abandonando as práticas da velha maneira de viver a fim de que o nosso desenvolvimento não seja impedido (Ef 4.13). Como no tempo da Igreja Primitiva, as circunstâncias contrárias não impedem o crescimento para salvação (1Pe 2.2).

Questionário.
1. Como o discípulo de Cristo inicia a nova vida?
R: Com o novo nascimento (1Pe 1.23).




2. O que Paulo ensina em Colossenses 1.6?
R: Que o crescimento espiritual ocorre a partir do Evangelho, ou seja, “a graça de Deus em verdade” (Cl 1.6).




3. O que o discípulo de cristo deve “desejar afetuosamente”?
R: A Palavra de Deus (1Pe 2.2).




4. Qual chamado as epístolas de Pedro fazem?
R: Ao crescimento espiritual (1Pe 2.2; 2Pe 3.18).


5. Como o apóstolo Pedro identifica os discípulos de Cristo?
R: Como “peregrinos e forasteiros” (1Pe 2.11).








 Em busca do Crescimento Espiritual - Silas Malafaia - 



 Lição 09 - É preciso buscar crescimento espiritual
 
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Revista Betel Dominical: 2º Trimestre de 2018 - Tema: Aperfeiçoamento Cristão - Propósito de Deus para o discípulo de Cristo: Adultos



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Aperfeiçoamento Cristão – Propósito de Deus para o discípulo de Cristo. Adultos, edição do professor, Comentarista Pastor Marcos Sant’Anna da Silva 2º trimestre de 2018, ano 28, Nº 107, publicação trimestral, ISSN 2448-184X.
Fonte: Das imagens acima- www.revista ebd.com
Fonte: Revista de Escola Bíblica Dominical, Betel.

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