Também houve um aumento nos casos de malária, cólera e diarreia crônica em Luanda e em outras cidades, em parte devido a um colapso nos serviços de saneamento e na coleta de lixo, disseram autoridades de saúde.
Autoridades municipais reduziram a verba da coleta de lixo para lidar com uma crise orçamentária, deixando pilhas de resíduos se acumularem nos bairros suburbanos mais pobres, como Viana, onde o primeiro caso de febre amarela foi relatado no final de dezembro.
"Este é um padrão urbano de surto de febre amarela, e é muito mais complicado de se enfrentar e lidar", disse Hernando Agudelo Ospina, o representante da OMS em Luanda.
"A possibilidade de ele se disseminar em outras províncias, ou mesmo em todo o país, é muito maior do que se tivesse acontecido em uma área rural".
A doença está restrita sobretudo a Luanda e suas áreas suburbanas, onde a epidemia foi registrada pela primeira vez, afirmou.
Angola depende da exportação de petróleo para obter cerca de 95 por cento de sua receita em moeda estrangeira, e a queda acentuada no preço da commodity desde meados de 2014 vem prejudicando o segundo maior exportador africano, o que vem derrubando a kwanza, a moeda local, e tornando necessários cortes profundos nos gastos públicos.
Fonte: Reuters.
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