As forças oficiais sírias, apoiadas pelos ataques aéreos da Rússia e por combatentes do Irã e do grupo libanês Hezbollah, lançaram uma grande operação na região interiorana ao redor de Aleppo, que está dividida entre o governo e os rebeldes há anos.
O ataque para retomar Aleppo, outrora a maior cidade da Síria com 2 milhões de habitantes, equivale a uma das mais importantes reviravoltas nos cinco anos de guerra civil, que já matou 250 mil pessoas e expulsou 11 milhões de suas casas.
A ONU teme que o avanço governamental interrompa o último elo entre as porções de Aleppo dominadas pelos rebeldes e a principal passagem de fronteira turca, que há muito tempo vem servindo como o único meio de sobrevivência dos ocupantes de territórios em mãos dos insurgentes.
"Se o governo da Síria e seus aliados cortarem a última rota de fuga remanescente no leste da cidade de Aleppo, isso deixaria até 300 mil pessoas que ainda residem na cidade privadas de ajuda humanitária, a menos que um acesso através da fronteira possa ser negociado", afirmou o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Unocha, na sigla em inglês) em um boletim urgente.
"Se os avanços do governo da Síria ao redor da cidade continuarem, conselhos locais da cidade estimam que entre 100 e 150 mil civis podem fugir rumo a Afrin e ao oeste do interior do governorato de Aleppo."
O Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (PMA) disse em um comunicado que começou a distribuir comida na cidade síria de Azaz, próxima da divisa turca, para a nova leva de pessoas desabrigadas pelos combates.
"A situação é bastante volátil e fluida no norte de Aleppo, as famílias estão se deslocando em busca de segurança", afirmou Jakob Kern, diretor do PMA responsável pelo abastecimento do interior da Síria.
"Estamos extremamente preocupados, já que o acesso e as rotas de suprimento do norte para o leste de Aleppo e para as áreas circundantes agora estão interrompidos, mas estamos fazendo todos os esforços para levar alimento suficiente para todos os necessitados através da passagem de fronteira remanescente da Turquia".
Deixe o seu comentário em AH.Com Notícias
Fonte: Reuters.
Fonte: Reuters.
Nenhum comentário:
Postar um comentário