3 de julho de 2018

Noticia: Ministério da Saúde alerta para risco de volta da poliomielite

O esquema de vacinação contra a poliomielite oral trivalente deve ser administrada aos 2, 4 e 6 meses de vida. O primeiro reforço é feito aos 15 meses e o outro entre 4 e 6 anos de idade
O Ministério da Saúde alertou que todas as localidades com cobertura vacinal contra poliomielite abaixo de 95% estão sob ameaça de surto da doença, destacando 312 municípios brasileiros – especialmente na Bahia, onde a vacinação contra a doença não chegou a atingir 50% da população.

Apesar de o Brasil não registrar casos de poliomielite há 28 anos, a resistência dos pais e mães em imunizar os filhos contra a doença tem aumentado o risco de novos casos. De acordo com o Organização Mundial da Saúde (OMS)a poliomielite foi erradicada nas Américas em 1994, embora no mês passado a Venezuela tenha registrado o primeiro caso em anos.

Segundo informações da ‘Agência Brasil’, entre as cidades onde a situação é mais grave, 15% dos casos estão na Bahia e 14,29% no Maranhão, ambos na região Nordeste do país. No Sudeste, São Paulo tem 44 municípios sob alerta; no Espírito Santo não há cidades com risco elevado, assim como em Brasília (DF) e Rondônia. “Uma cidade com esses indicadores tem todas as condições de voltar a transmitir a doença em nosso País. Será um desastre para a saúde como um todo”, comentou Carla Domingues, coordenadora do Programa de Imunização, durante reunião com secretários estaduais e municipais de saúde.
Campanha de Vacinação
Devido aos casos de poliomielite registrados recentemente na Venezuela, o Ministério da Saúde informou no mês passado que a campanha de vacinação contra doença no país deve recomeçar no mês que vem: do dia 6 a 31 de agosto. Nos dois últimos anos a campanha aconteceu em setembro.
Em 2017, 22 unidades da federação não atingiram a cobertura considerada ideal durante a campanha: pelo menos 800 mil crianças ficaram sem o esquema vacinal completo, que compreende três doses do imunizante.

Diante dessa realidade, o Ministério orienta os gestores locais a organizarem as redes de prevenção, levantando a possibilidade de readequação de horários para que sejam compatíveis com a rotina da população brasileira. A pasta ainda recomenda o reforço de parcerias com creches e escolas, para ajudar na mobilização sobre a vacina.

Poliomielite

Também conhecida como paralisia infantil, a poliomielite é causada por um vírus que vive no intestino (poliovírus), atingindo crianças com menos de 4 anos, mas pode contaminar adultos também. A doença pode ser transmitida de uma pessoa para outra por meio de saliva e fezes, assim como água e alimentos contaminados.

A maioria das infecções apresenta poucos sintomas, geralmente semelhantes às infecções respiratórias (febre e dor de garganta) e gastrointestinais (náusea, vômito e prisão de ventre). A forma paralítica da poliomielite pode atingir cerca de 1% dos infectados pelo vírus, podendo causar sequelas permanentes, insuficiência respiratória e, em alguns casos, levar à morte.

Apesar de não ter um tratamento específico, é possível prevenir a doença através da vacinação, que é oferecida pelos postos da rede pública de saúde. O esquema de vacinação contra a poliomielite oral trivalente deve ser administrada aos 2, 4 e 6 meses de vida. O primeiro reforço é feito aos 15 meses e o outro entre 4 e 6 anos de idade.
Fonte: Veja


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