Eu sou a luz que vim ao mundo, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas. João 12.46
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Verdade Aplicada
Para nos resgatar das trevas, Cristo se fez homem e morreu por nós, demonstrando um amor incondicional.
Objetivos da Lição
Apresentar a identidade de Jesus como missionário do Pai;
Mostrar a natureza excelente da missão de Jesus;
Revelar os principais aspectos da missão de Jesus.
Glossário
Imaculado: Sem pecado; sem mancha, limpo;
Inominável: Que não se pode nomear;
Vicário: Que substitui alguém ou algo.
Leituras complementares
Segunda Sl 36.9
Terça Jo 1.29
Quarta Rm 5.17
Quinta 1Co 15.45-49
Sexta Hb 11.3
Sábado 1Jo 1.1
Textos de Referência.
João 1.1-5; 12
1 No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
2 Ele estava no princípio com Deus.
3 Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
4 Nele, estava a vida e a vida era a luz dos homens;
5 E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.
12 Mas, a todos quantos o receberam, aos que creem no seu nome, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus.
Hinos sugeridos.
Harpa Cristã: 18
Harpa Cristã: 126
Harpa Cristã: 459
Revista Adultos - 3º Trimestre de 2017 - Tema: Evangelismo, missões e discipulado:“A tarefa primordial da igreja” - Betel
Motivo de Oração
Ore para que a Palavra de Deus alcance as pessoas mais solitárias e distantes da Síria.
Esboço da Lição
Introdução
1. A excelência do missionário.
2. A excelência da missão.
3. A excelência do propósito.
Conclusão
Introdução
Jesus Cristo veio dos céus em obediência ao Pai e também por um imensurável amor à Sua criatura. Como Cordeiro Imaculado, Ele veio salvar o mundo dos seus pecados.
1. A excelência do missionário.
Não encontramos o título de “missionário” no Novo Testamento. Mas o escritor aos Hebreus nomeia a Cristo como “apóstolo” (Hb 3.1). Um apóstolo é um “enviado”, isto é, alguém com a missão de revelar a vontade de Deus aos que se encontram na escuridão.
1.1. Jesus, a palavra eterna.
A identidade de Jesus é revelada de duas maneiras em relação à Sua missão. Primeiro, como Verbo, o que aponta para a sua natureza divina, Ele é aquele que veio salvar o homem de seus pecados e da perdição eterna (Jo 1.10-12). Em sua essência divina, Ele é o próprio Deus em ação, atuando para que se realize na terra o que foi idealizado na eternidade, dando-se como oferta, “anulando a conta da nossa dívida” (Cl 2.14). Segundo, como homem, revelando a glória divina, mostrando aos seres humanos que Deus é amore que enviou para mostrar à humanidade perdida o caminho de volta ao Pai (Jo 3.16).
Os quatro evangelhos apresentam um resumo da vida, palavras e do ministério de Jesus Cristo na terra. Porém, o evangelho de João vai além, pois revela Jesus Cristo como o Eterno Filho de Deus, o Logos, “a luz dos homens” que resplandece nas trevas. Neste evangelho, encontramos o texto considerando como o “texto áureo” e o resumo de toda a mensagem bíblica: João 3.16.
1.2. Jesus, a vida.
João, o evangelista, registrou que através de Jesus Cristo todas as coisas vieram a existir desde a eternidade (Jo 1.3). Os céus e a terra são obras de Suas mãos. Toda autoridade humana que se nomeia veio por meio dEle e por Ele tudo subsiste (Cl 1.15-17). Apenas aquele que criou e sustenta todas as coisas é capaz de redimir do pecado e da perdição. Por isso, Ele disse acerca de si mesmo: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim” (Jo 14.6).
Cristo é a causa de tudo o que veio a existir, tanto as coisas visíveis, quanto as invisíveis. Ele é a Palavra e os mundos foram criados pela Palavra, ou seja, por Ele mesmo (Hb 11.3). Jesus Cristo é a Palavra da Vida (1Jo 1.1). A verdade e a vida de Deus estão encarnadas em Jesus Cristo. Jesus não é somente o caminho até Deus; Ele é a verdade de Deus e Ele é a vida de Deus (1 Jo 5.20).
1.3. Jesus, a luz do mundo.
Por causa do pecado, da humanidade caminhava em trevas. Jesus é o sol da justiça que trouxe esperança, cura e salvação. Mesmo para aqueles que habitavam, e ainda habitam hoje, na “região da sombra da morte”, essa luz brilhou, e ainda brilha, dissipando as trevas do pecado, da opressão, das enfermidades e da possessão demoníaca (Mt 4.16-17). Luz e trevas se opõem, más não se nivelam em poder. A luz é superior. Quando alguém caminha na luz, as trevas não dominam (Jo 12.35). O Senhor Jesus veio para trazer luz à humanidade (Jo 1.9). Se vidas estão ainda em trevas, não é por causa da limitação da luz, mas porque não querem a luz (Jo 3.19-20).
Jesus Cristo é a luz do mundo. Quando cremos nisso firmemente de coração, significa que as coisas mudaram em nossas vidas. Significa que algo aconteceu em nosso coração que possa refletir a visão de um mundo diferente, de emoções negativas curadas e de um paz altamente contagiante. A luz sempre irá predominar sobre as trevas. Quando a luz revelada divina penetra em nossas vidas, não podemos mais ser como antes (Sl 36.9).
2. A excelência da missão.
Jesus fez diversas declarações importantes acerca da salvação. Uma delas foi: “Ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14.6b). Eis o propósito de Sua excelente missão. Todos aqueles que desejam encontrar-se com o Pai, devem primeiro conhecer o Filho, para receber a salvação.
2.1. Jesus, o Verbo que se fez carne.
Alguns sentidos da palavra “habitou”, no grego, são: “alojar-se em tenda: tabernacular”. Aquele que “estava com Deus” e “era Deus” foi enviado ao mundo para estar com a humanidade. Eis o Missionário por excelência! Deus se aproxima dos pecadores para resgatá-los. Em Jesus Cristo, encontramos a integração dos atributos divinos e humanos. Ele é o Senhor preexistente e divino, como também o ser humano encarnado em servo sofredor. Em Cristo, o Missionário por excelência, encontramos o modelo de como comunicar o Evangelho: a mensagem sempre será a mesma, mas os métodos acompanham o contexto da atividade evangelística.
Sua humanidade foi perfeitamente real, pois Ele era de carne, osso e sangue como qualquer um de nós. Os gnósticos tentaram manipular essa verdade, disseminando entre o povo a heresia de que Jesus Cristo não viera em carne, mas, sim, em espírito e que, por fim, havia ressuscitado em espírito. Todavia, essa diabólica heresia foi rechaçada e combatida por João (1Jo 4.1-3).
2.2. A personificação do amor divino.
A vinda de Jesus entre nós vai além do que podemos imaginar ou descrever. Jesus veio a esse mundo para revelar o amor de Deus pela humanidade (Jo 3.16). Essa qualidade do amor divino e tão indestrutível que não há como explicar tremenda graça. A Bíblia nos ensina que Deus provou o Seu amor para conosco enviando a Cristo para morrer por nós, mesmo sendo pecadores (Rm 5.8). Durante o Seu ministério terreno, Jesus Cristo demonstrou a compaixão de Deus pela humanidade. No grego, a palavra compaixão, entre outros sentidos, significa: “ser movido como pelas entranhas; sensibilizar-se”. Que grande exemplo deixado para nós pelo Senhor.
Apesar das oposições, calúnias, rejeição, incredulidade, nosso Senhor Jesus Cristo continuou: “tendo”; “possuído de”; “movido de” compaixão (Mt 9.36; 14.14; 18.27). É maravilhoso saber que hoje temos um Sumo Sacerdote que é capaz de “compadecer-se das nossas fraquezas” (Hb 4.15), pois, como Missionário por excelência, experimentou o suor, o cansaço, a dor, enfim, nossa realidade humana e “como nos (à nossa semelhança), em tudo foi tentado, mas sem pecado” (Hb 4.15). Foi por amor a nós que Jesus Cristo se esvaziou de Sua glória e riqueza (2Co 8.9). O amor de Deus vai ao encontro dos perdidos. É um amor capaz de dar a vida a alguém que jamais fez por merecer. O amor divino é sem barreiras e sem fronteiras (Jo 3.16).
2.3. A restituição do que foi perdido.
“...provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus e nos deu o ministério da reconciliação” (2 Co 5.18). A expressão “reconciliação”, no grego, indica: restauração; mudança, no sentido de uma pessoa em relação à outra. A Bíblia registra que o ser humano não nascido de novo, vivendo em pecado, é “inimigo de Deus” (Rm 5.10); está afastado da presença de Deus (Rm 3.23). Jesus Cristo foi enviado para restituir-nos à comunhão e amizade com Deus. Fez isto pela Sua morte (Rm 5.10-11). Ele efetuou o ministério da reconciliação e, agora, a Igreja recebe a missão de tornar conhecida até os confins da terra a “palavra da reconciliação” (2Co 5.19).
Em Cristo, Deus Pai efetuou a remoção da barreira – nossas transgressões (2Co 5.21). Agora Deus comissiona homens e mulheres como mensageiros dessas boas-novas. Jesus Cristo. O Servo Sofredor (Is 53), não tinha pecado, mas suportou as consequências do pecado: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós...” (Gl 3.13).
3. A Excelência do propósito.
Três expressões resumem a excelência do propósito missionário de Jesus. São elas: “deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus (Jo 1.12); “O Filho unigênito, que está no seio do pai, este o fez conhecer” (Jo 1.18); “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29).
3.1. O Agente Revelador.
A Igreja conhece a Deus-Pai através de Jesus (Jo 1.18). Quem através da Palavra de Deus e da ação iluminadora do Espírito Santo vê a Jesus Cristo, consequentemente, vê ao Pai por causa da Sua natureza divina e comunhão íntima (Jo 14.9; 10,30). Embora os judeus sejam herdeiros da Lei, dos concertos e promessas de Deus, nunca experimentaram um contato com o Pai tão maravilhoso igual ao que se deu através de jesus, o Messias. Jesus nos deixou uma herança eterna. Pela fé em Sua Palavra, não nos tornamos apenas herdeiros da missão, mas também do mesmo poder que exercia em seu tempo (Jo 14.8-14).
É impossível que alguém creia em Jesus Cristo de todo o coração e permaneça sem o conhecimento do Deus Pai, sem o Seu amor e sem o Seu poder. Ao entregarmos as nossas vidas a Ele, recebemos a Sua natureza missionária como Igreja, pois em Jesus Cristo todos somos um com Ele.
3.2. O Cordeiro de Deus.
É impossível chegarmos ao Pai, senão pelo Cordeiro. Seu sangue tira o pecado do mundo. Jesus é o sacrifício aceitável e perfeito a Deus, e substitutivo das nossas vidas. A epístola aos Hebreus, nos capítulos 9 e 10, nos ensina que os sacrifícios oferecidos no tempo do Antigo Concerto (vide o livro de Levítico) eram tipos do sacrifício que Jesus Cristo ofereceu por nossos pecados. O Cordeiro de Deus, por Seu próprio sangue, efetuou “eterna redenção” (Hb 9,12). Não há necessidade de repetir o sacrifício, foi “um único” (Hb 10.12). O apóstolo João ouviu que o novo cântico entoando no céu menciona o Cordeiro, Sua morte, Seu sangue e o resultado de Seu sacrifício (Ap 5.9-14).
O sacrifício exigido por Deus já foi realizado. Jesus Cristo é o Cordeiro de Deus, o sacrifício insubstituível por toda a eternidade (Jo 1.29). Com um único sacrifício, Ele purifica completamente (Hb 10.14). Diferentemente dos sacrifícios oferecidos na antiga aliança. Jesus Cristo é o Grande Sumo Sacerdote sobre a casa de Deus (Hb 4.14; 10.21). Sua grandeza consiste na eficácia sem igual da Sua obra em abrir um novo e vivo caminho (Hb 10.20).
3.3. O direito de filiação divina.
Outro propósito dentro da obra missionária de Jesus é garantir a filiação divina aos que creem. Há muito se apregoa uma paz, fraternidade e amor da qual deus não participa. Todos somos criaturas de Deus. No entanto, para no tornarmos filhos de Deus precisamos receber Jesus Cristo, crendo em Seu nome (Jo 1.12). Esta filiação ocorre por adoção através do Filho de Deus e da habilitação do Espírito Santo em nós (Rm 8.15). Tal adoção ocorre pela fé plena no Cordeiro. Sem Ele permanecemos como meras criaturas. Portanto, a missão de Jesus resulta na formação de uma grande família na terra, quando então entregará o Reino ao Pai e entraremos no perfeito estado eterno (1Co 15.24).
O Senhor Jesus Cristo em Sua missão veio para que nos tornássemos filhos de Deus, através da nossa fé nEle como nosso Salvador. Ser filho de Deus é estar de posse da salvação, que abrange não somente a vida eterna, mas, também, reinar em vida (Rm 5.17). Vale ressaltar que o nascimento espiritual e a nova vida para a qual Jesus abre a porta são temas importantes do evangelho de João. O remanescente que deu as boas-vindas ao Verbo quando Ele veio ao mundo recebeu direito de herança de todas as bênçãos e privilégios que Sua vinda traria. Estas bênçãos e privilégios resumem-se na aceitação de alguém como membro da família de Deus. Em Hebreus 2.10-11, lemos que Deus, por intermédio de jesus Cristo, traz “muitos filhos à glória”. E o próprio Jesus Cristo nos trata como “irmãos”. Eis a grande família de Deus!
Conclusão.
Jesus não veio a terra por conta própria. Ele veio cumprir a vontade do nosso Pai Celestial e, nesta vontade, Ele se deleitava em fazê-la (Jo 4.34; 6.38). Ele foi um missionário excelente. Não é à toa que o escritor aos Hebreus o chamou de “apóstolo e sumo sacerdote da nossa confissão” (Hb 3.1).
Questionário.
1. Segundo a lição, o que João, o evangelista, registrou?
R: Que através de Jesus Cristo todas as coisas vieram a existir desde a eternidade (Jo 1,3).
2. O que devemos fazer para se encontrar com o Pai?
R: Conhecer o Filho (Jo 14.6b).
3. Cite uma das expressões que resumem a excelência do propósito missionário de Jesus?
R: “Deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus” (Jo 1.12).
4. Como a Igreja conhece a Deus-Pai?
R: Através de Jesus (Jo 1.18).
5. Como ocorre nossa filiação a Deus?
R: Por adoção através do Filho de Deus e da habitação do espírito Santo em nós (Rm 8.15).
A paz minha irmã, excelente trabalho. Que Deus continue abençoando sua vida, família e ministério.
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