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O Senhor, Justiça Nossa
7 de maio de 2017
Verdade Aplicada
Em Jesus somos perdoados e recebemos justificação por intermédio de Seu sangue.
Objetivos da Lição
Reconhecer que somos dependentes da justiça divina;
Entender que deus é um Justo Juiz;
Aprender que tem horas que chorar é preciso.
Glossário
Alosna: Absinto; planta composta, de sabor amargo e aromático;
Calabouço: Prisão subterrânea; cárcere sombrio;
Conjuntura: Acontecimento, ato, ocasião; dificuldade, oportunidade.
Leituras complementares
Segunda Jr 23.3
Terça Jr 23.4
Quarta Jr 23.6
Quinta Jr 23.7
Sexta Jr 23.10
Sábado Jr 23.11
Textos de Referência.
Jeremias 23.1-2, 5
1 Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto, diz o Senhor.
2 Portanto, assim diz o Senhor, o Deus de Israel, acerca dos pastores que apascentam o meu povo: Vós dispersastes as minhas ovelhas, e as afugentastes, e não as visitastes; eis que visitarei sobre vós a maldade das vossas ações, diz o Senhor.
5 Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e,sendo rei, reinará, e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra.
Harpa Cristã: 156
Harpa Cristã: 450
Aqui lições, slides, pré aulas, dinâmicas e mais...Revista Adultos - 2º Trimestre de 2017
Motivo de Oração
Ore pelos pastores e líderes que lutam por justiça e retidão.
Esboço da Lição
Introdução
1. Deus é a nossa justiça.
2. O Senhor é Justo Juiz.
3. Deus protege os injustiçados.
Conclusão
Introdução
Nesta lição estudaremos, dentro do livro do profeta Jeremias, sobre a grandiosa e magnífica justiça do Eterno Deus, isto é, o Seu modo de agir. Em outras palavras, o Seu proceder em favor dos homens.
1. Deus é a nossa justiça.
Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus. Não há justo, nem um sequer (Rm 3.23). Fomos declarados justos por causa da obra de Cristo em nosso lugar e em nosso benefício. Agora, estamos quites com a justiça divina e nenhuma condenação pesa mais sobre nós (Rm 8.1).
1.1. Quem ainda não sofreu uma injustiça?
Injustiça é a prática de violar padrões do que é justo. Sofrer injustiça é uma das coisas mais doloridas de lidar. Quando isso acontece, a revolta toma conta de quem é alvo de injustiças. Na Bíblia, há muitos relatos de pessoas que sofreram injustiças. Jeremias, por exemplo, foi posto em um calabouço (Jr 37.16), jogado na lama (Jr 38.6), desprezado pelos amigos e familiares, apenas por ser justo diante de Deus. Jeremias nos adverte que “ai daquele que edifica a sua casa com injustiça” (Jr 22.13). Por isso Jeremias vivia na presença de Deus (Jr 12.3).
Quando o Senhor levantou Jeremias como profeta em Judá, lhe revelou o nome de Jeová Tsidkenu, prometendo justificar o seu povo: “Nos seus dias, Judá será salvo, e Israel habitará seguro; e este será o seu nome, com que o nomearão: O Senhor, Justiça nossa.” (Jr 23.6). Jeová Tsidkenu nos descreve que Deus é Juiz e julga com justiça, amparando os que são injustiçados e castigando os injustos com as consequências de suas iniquidades. Ele é a nossa justiça. Só andamos pelas veredas da justiça porque fomos justificados (Rm 5.1). No tempo dos monarcas, o povo judeu viveu períodos de grandes injustiças (2Rs 17.3-4; 18.13, 16; 23.33). A justiça de Deus fez com que o Senhor Jesus levasse as nossas iniquidades, sofrendo o castigo que era nosso, para nós, os pecadores, pudéssemos ser curados, salvos, purificados e justificados diante dEle (Is 53.4-5; 2Co 5.21).
1.2. Os líderes destruíam o povo.
Jeremias conhecia muito bem o sacerdócio, pois nasceu neste ambiente religioso. Ele lamenta que os falsos líderes tenham feito a cabeça do povo (Jr 5.30-31). Jeremias descreve os falsos líderes assim: “Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto, diz o Senhor.” (Jr 23.1). Esta passagem mostra a conduta errada dos líderes de Judá. Eles não amavam o povo como o Senhor os ama! O interesse deles era o dinheiro (Jr 5.31; 6.13). Para eles, ser profeta era uma posição de destaque e honra. Eram sábios para o mal e não para o bem (Jr 4.22). Deus não aprova líderes assim. Ele chama homens que amem e para que guiem Suas ovelhas na graça e no conhecimento (2Pe 3.18).
Estamos vivendo dias tristes no que concerne a muitos que se intitulam como verdadeiros líderes cristãos. Todos os dias, templos evangélicos estão sendo abertos, não por gerência divina, mas por mera soberba e ambição de seus líderes. Líderes que se acham no direito de administrar a vida das pessoas a seu bel prazer, corrompendo a pregação legítima do Evangelho. A Bíblia nos adverte que todos nós daremos conta dos nossos atos no dia do juízo (Rm 14.12).
1.3. Encher o povo de falsas esperanças.
Os sacerdotes e profetas contemporâneos a Jeremias viviam uma situação não muito confortável diante de Deu: “Cometem adultérios, e andam com falsidade, e esforçam as mãos dos malfeitores, para que não se convertam da sua maldade; eles têm-se tornado para mim como Sodoma, e os moradores dela, como Gomorra.” (Jr 23.14). Esta situação perversa deixava o Senhor indignado: “Portanto, assim diz o Senhor dos Exércitos acerca dos profetas: Eis que lhes darei a comer alosna, e lhes farei beber águas de fel.” (Jr 23.15). Os falsos profetas enchiam o povo de falsas esperanças, prometendo recompensas sem mudança de vida. Deus nos chama sempre ao arrependimento (2Co 5.17, 20).
Se voltarmos um pouco no tempo, recordaremos que Jeremias tinha tudo para ter uma vida calma no sacerdócio (Jr 1.1). Só que de repente veio o chamado de deus, que traria uma mudança radical na vida deste homem. Esta foi uma enorme mudança, um grande desafio na vida de Jeremias.
2. O Senhor é Justo Juiz.
A justiça é um dos valores mais desejados pelas pessoas de bem. O salmista Davi sabia muito bem disso (Sl 28.7). Deus em toda a história sempre deixou provas que devemos confiar nEle incondicionalmente.
2.1. Chorar era preciso.
O profeta Jeremias é um dos profetas de Judá que não se cansava de chorar pelo povo. Isso aconteceu numa época em que o juízo de Deus já havia sido comunicado ao povo através do próprio Jeremias. Diante de tamanha destruição que estava por vir, o desprezo do povo pela verdade fez Jeremias se ver em prantos diversas vezes em decorrência de amar a sua nação. São elas: quando o povo abandona o Senhor (Jr 2.3) e foi enganado com palavras falsas (Jr 7.4); quando os falsos profetas profetizaram palavras fingidas (Jr 28.11); quando as mulheres piedosas cozeram seus próprios filhos e lhes serviram de alimento na destruição (Lm 4.10); quando viu a aflição por causa dos juízos do Senhor sobre o povo (Lm 3.1). Jeremias deu a resposta de tanto choro: “Por estas coisas, choro eu; os meus olhos, os meus olhos se desfazem em águas; porque se afastou de mim o consolador que devia restaurar a minha alma; os meus filhos estão desolados, porque prevaleceu o inimigo”. (Lm 1.16).
Na Babilônia, diante do furor do rei Nabucodonosor, vemos que o Senhor continuamente esteve com o Seu povo. Outro exemplo claro de que o Senhor nos protege aconteceu na fornalha, aquecida sete vezes mais, com Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, pois, de uma forma linda e extraordinária, o Senhor os livrou (Dn 3.19). Naqueles dias, não era raro penitenciar os amotinados às leis reais, atirando-os na fornalha ardente. Jeremias fala de Zedequias e Acabe, os quais o rei da Babilônia assou no fogo (Jr 29.22). Nabucodonosor estava habituado a ver corpos sendo disseminados em suas fornalhas na Babilônia. Jeremias ficou conhecido como profeta “chorão”. Segundo a tradição judaica, ele escreveu o livro Lamentações sentado sobre um monte próximo a Jerusalém, olhando do alto a cidade sendo devastada. Ele, diante de tamanha tragédia, lamenta o fato do povo não ter ouvido suas palavras e evitado tamanha dor e desgraça sobre a nação.
2.2. O Senhor que nos encoraja.
Jeremias não encontrou o Senhor mostrando-se valente. Deus o fez valente. A força verdadeira não vem de quem o Senhor chama e sim do Senhor (Sl 28.7)! Paulo disse: “Posso todas as coisas naquele que me fortalece”. (Fp 4.13). Grande parte das nossas vidas passamos por lutas e provações, mas não podemos admitir que o Diabo entre na brecha e nos afaste de Deus (Ef 4,27, 32). Deus encorajou Jeremias, dizendo: “Assim diz o Senhor: Põe-te no átrio da casa do Senhor, e dize a todas as cidades de Judá, que vêm adorar na casa do Senhor, todas as cidades de Judá, que vêm adorar na casa do Senhor, todas as palavras que te mandei que lhes dissesses; não esqueças nem uma palavra”. (Jr 26.2).
Nossa vida cristã não pode ser vivida na fraqueza, pois a graça do Nosso Senhor Jesus Cristo nos fortalece dia-a-dia. A salvação que ganhamos nos resgata de qualquer pequenez espiritual.
2.3. O profeta não pode desanimar em meio às adversidades.
Jesus disse que um profeta não é honrado na sua própria terra (Jo 4.44). Isso aconteceu com Jeremias (Jr 26.8-9). O profeta Jeremias tinha expectativas que muitos poderiam acordar do sono espiritual que estavam e ainda poder usufruir das bênçãos de Deus em meio àquela conjuntura tão humilhante (Jr 13.9-10). O profeta não desiste da palavra de esperança e aconselha o povo: “Bendito o varão que confia no Senhor, e cuja esperança é o Senhor”; “Ó Senhor, Esperança de Israel!” (Jr 17.7, 13ª).
O profeta Jeremias sabia que estava se multiplicando a iniquidade em Judá. Era notório que todo o tipo de maldade estava presente. Os habitantes estavam impregnados pelo pecado. Mesmo assim, o profeta Jeremias intercedia pelo povo, pedindo a Deus que tivesse misericórdia do povo por causa do juízo que estava por vir (Jr 7.16).
3. Deus protege os injustiçados.
Podemos confiar na justiça de Deus sempre! Ele está atento a todo mal que possa vir sobre nós (Is 41.10). Seu amor não tem fim. Que estejamos seguros quanto ao cuidado do nosso Senhor (Sl 55.22). No momento oportuno, o Senhor nos livrará, pois não se agrada de injustiça praticada contra Seus filhos.
3.1. Sua missão era maior que sua dor.
Jeremias ocupou posição de grande destaque como profeta. Os reis se sucediam no trono, o ambiente era de intrigas e apostasia. Durante quarenta anos, o profeta passou por diversos tormentos em Judá: “Ah! Entranhas minhas, entranhas minhas! Estou ferido no meu coração! O meu coração ruge; não me posso calar, porque tu, ó minha alma, ouviste o som da trombeta e o alarido da guerra”. (Jr 4.19). Com todo sofrimento, com toda a sua dor, com toda angústia, ele não desistiu. Ele sabia que sua missão era maior do que sua dor.
O Eterno Deus salva os que são injustiçados e pune os injustos. O povo do Senhor é sempre alegre (Fp 4.4), pelos benefícios que o Senhor tem feito (Dt 26.11). As marcas que o profeta Jeremias trazia no corpo não foram suficientes para calar o homem escolhido por Deus para entregar a Sua Palavra.
3.2. As tentativas de calar Jeremias.
A deportação do povo Judeu para a Babilônia estava às portas e Jeremias sentiu muito o peso da responsabilidade de ser o último mensageiro de Deus para chamar este povo ao arrependimento. Pelo fato de sua mensagem ser muito pessimista, ele foi chamado de falso profeta por todos. Um dos fatores que mais agravaram esta situação foi que os falsos profetas anunciavam paz e prosperidade a todos (Jr 14.11-16). Embora acusado por todos, Jeremias não se calou. A Bíblia diz que obedecer é melhor do que sacrificar (1Sm 15.22).
O profeta Jeremias sofreu dores físicas e emocionais e emocionais imensas, mas, apesar dessas lutas, ele se sentiu instigado a desempenhar sua missão. Ele disse: “Ah! Entranhas minhas, entranhas minhas! Estou ferido no meu coração! O meu coração ruge; não posso me calar, porque tu, ó minha alma, ouviste o som da trombeta e o alarido da guerra”. (Jr 4.19). Tentaram calar o profeta Jeremias, mas o amor ao Senhor o fez persistir.
3.3. Jesus Cristo é o preço pago para nossa justiça.
É impossível nos apresentarmos diante de Deus sem que seja por intermédio do Senhor Jesus (1Tm 2.5). Apenas pela justiça do Pai em Cristo, o pecador pode ser considerado inocente. No tribunal celestial, Jesus é o Advogado que comparece diante do Juiz (Deus), com o intuito de inocentar o réu de sua merecida culpa (1Jo 2.1). A justiça redentora de Deus é testemunhada na obra do Mestre na cruz do Calvário, mostrando Seu imenso amor pela humanidade.
Nosso advogado é o Filho do próprio Deus. Nosso Senhor Jesus Cristo se oferece como aquele que nada deixa faltar aos Seus discípulos. Além de advogar nossas culpas junto ao Justo Juiz (Deus), nosso Bom Pastor ainda refrigera nossa alma e nos guia por caminhos tranquilos (Sl 23).
Conclusão.
Nós temos um advogado! Não porque aspiremos pecar sucessivamente, mas porque sabemos que somos fracos e que, por isso, o Senhor colocou um Salvador sobre nós. Jesus Cristo, o advogado fiel, nos livra do peso e das decorrências do pecado.
1. O que Deus exige dos líderes?
R: Que amem e guiem Suas ovelhas na graça e no conhecimento (2Pe 3.18).
2. Quais eram os pecados dos profetas e sacerdotes contemporâneos de Jeremias?
R: Cometiam adultérios, andavam em falsidade e fortaleciam os malfeitores (Jr 23.14).
3. Quem disse que um profeta não é honrado em sua terra?
R: Jesus (Jo 4.44).
4. O que a Bíblia diz sobre a obediência?
R: Que obedecer é melhor do que sacrificar (1Sm 15.22).
5. Onde está escrito que Cristo é o mediador entre Deus e os homens?
R: 1 Timóteo 2.5.
Fonte: Revista de Escola Bíblica Dominical, Bétel, Jeremias – Deus convoca Seu povo ao arrependimento, Jovens e Adultos, edição do professor, 2º trimestre de 2017, ano 27, Nº 103, publicação trimestral, ISSN 2448-184X.
Esboço da Lição
Introdução
1. Deus é a nossa justiça.
2. O Senhor é Justo Juiz.
3. Deus protege os injustiçados.
Conclusão
Introdução
Nesta lição estudaremos, dentro do livro do profeta Jeremias, sobre a grandiosa e magnífica justiça do Eterno Deus, isto é, o Seu modo de agir. Em outras palavras, o Seu proceder em favor dos homens.
1. Deus é a nossa justiça.
Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus. Não há justo, nem um sequer (Rm 3.23). Fomos declarados justos por causa da obra de Cristo em nosso lugar e em nosso benefício. Agora, estamos quites com a justiça divina e nenhuma condenação pesa mais sobre nós (Rm 8.1).
1.1. Quem ainda não sofreu uma injustiça?
Injustiça é a prática de violar padrões do que é justo. Sofrer injustiça é uma das coisas mais doloridas de lidar. Quando isso acontece, a revolta toma conta de quem é alvo de injustiças. Na Bíblia, há muitos relatos de pessoas que sofreram injustiças. Jeremias, por exemplo, foi posto em um calabouço (Jr 37.16), jogado na lama (Jr 38.6), desprezado pelos amigos e familiares, apenas por ser justo diante de Deus. Jeremias nos adverte que “ai daquele que edifica a sua casa com injustiça” (Jr 22.13). Por isso Jeremias vivia na presença de Deus (Jr 12.3).
Quando o Senhor levantou Jeremias como profeta em Judá, lhe revelou o nome de Jeová Tsidkenu, prometendo justificar o seu povo: “Nos seus dias, Judá será salvo, e Israel habitará seguro; e este será o seu nome, com que o nomearão: O Senhor, Justiça nossa.” (Jr 23.6). Jeová Tsidkenu nos descreve que Deus é Juiz e julga com justiça, amparando os que são injustiçados e castigando os injustos com as consequências de suas iniquidades. Ele é a nossa justiça. Só andamos pelas veredas da justiça porque fomos justificados (Rm 5.1). No tempo dos monarcas, o povo judeu viveu períodos de grandes injustiças (2Rs 17.3-4; 18.13, 16; 23.33). A justiça de Deus fez com que o Senhor Jesus levasse as nossas iniquidades, sofrendo o castigo que era nosso, para nós, os pecadores, pudéssemos ser curados, salvos, purificados e justificados diante dEle (Is 53.4-5; 2Co 5.21).
1.2. Os líderes destruíam o povo.
Jeremias conhecia muito bem o sacerdócio, pois nasceu neste ambiente religioso. Ele lamenta que os falsos líderes tenham feito a cabeça do povo (Jr 5.30-31). Jeremias descreve os falsos líderes assim: “Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto, diz o Senhor.” (Jr 23.1). Esta passagem mostra a conduta errada dos líderes de Judá. Eles não amavam o povo como o Senhor os ama! O interesse deles era o dinheiro (Jr 5.31; 6.13). Para eles, ser profeta era uma posição de destaque e honra. Eram sábios para o mal e não para o bem (Jr 4.22). Deus não aprova líderes assim. Ele chama homens que amem e para que guiem Suas ovelhas na graça e no conhecimento (2Pe 3.18).
Estamos vivendo dias tristes no que concerne a muitos que se intitulam como verdadeiros líderes cristãos. Todos os dias, templos evangélicos estão sendo abertos, não por gerência divina, mas por mera soberba e ambição de seus líderes. Líderes que se acham no direito de administrar a vida das pessoas a seu bel prazer, corrompendo a pregação legítima do Evangelho. A Bíblia nos adverte que todos nós daremos conta dos nossos atos no dia do juízo (Rm 14.12).
1.3. Encher o povo de falsas esperanças.
Os sacerdotes e profetas contemporâneos a Jeremias viviam uma situação não muito confortável diante de Deu: “Cometem adultérios, e andam com falsidade, e esforçam as mãos dos malfeitores, para que não se convertam da sua maldade; eles têm-se tornado para mim como Sodoma, e os moradores dela, como Gomorra.” (Jr 23.14). Esta situação perversa deixava o Senhor indignado: “Portanto, assim diz o Senhor dos Exércitos acerca dos profetas: Eis que lhes darei a comer alosna, e lhes farei beber águas de fel.” (Jr 23.15). Os falsos profetas enchiam o povo de falsas esperanças, prometendo recompensas sem mudança de vida. Deus nos chama sempre ao arrependimento (2Co 5.17, 20).
Se voltarmos um pouco no tempo, recordaremos que Jeremias tinha tudo para ter uma vida calma no sacerdócio (Jr 1.1). Só que de repente veio o chamado de deus, que traria uma mudança radical na vida deste homem. Esta foi uma enorme mudança, um grande desafio na vida de Jeremias.
2. O Senhor é Justo Juiz.
A justiça é um dos valores mais desejados pelas pessoas de bem. O salmista Davi sabia muito bem disso (Sl 28.7). Deus em toda a história sempre deixou provas que devemos confiar nEle incondicionalmente.
2.1. Chorar era preciso.
O profeta Jeremias é um dos profetas de Judá que não se cansava de chorar pelo povo. Isso aconteceu numa época em que o juízo de Deus já havia sido comunicado ao povo através do próprio Jeremias. Diante de tamanha destruição que estava por vir, o desprezo do povo pela verdade fez Jeremias se ver em prantos diversas vezes em decorrência de amar a sua nação. São elas: quando o povo abandona o Senhor (Jr 2.3) e foi enganado com palavras falsas (Jr 7.4); quando os falsos profetas profetizaram palavras fingidas (Jr 28.11); quando as mulheres piedosas cozeram seus próprios filhos e lhes serviram de alimento na destruição (Lm 4.10); quando viu a aflição por causa dos juízos do Senhor sobre o povo (Lm 3.1). Jeremias deu a resposta de tanto choro: “Por estas coisas, choro eu; os meus olhos, os meus olhos se desfazem em águas; porque se afastou de mim o consolador que devia restaurar a minha alma; os meus filhos estão desolados, porque prevaleceu o inimigo”. (Lm 1.16).
Na Babilônia, diante do furor do rei Nabucodonosor, vemos que o Senhor continuamente esteve com o Seu povo. Outro exemplo claro de que o Senhor nos protege aconteceu na fornalha, aquecida sete vezes mais, com Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, pois, de uma forma linda e extraordinária, o Senhor os livrou (Dn 3.19). Naqueles dias, não era raro penitenciar os amotinados às leis reais, atirando-os na fornalha ardente. Jeremias fala de Zedequias e Acabe, os quais o rei da Babilônia assou no fogo (Jr 29.22). Nabucodonosor estava habituado a ver corpos sendo disseminados em suas fornalhas na Babilônia. Jeremias ficou conhecido como profeta “chorão”. Segundo a tradição judaica, ele escreveu o livro Lamentações sentado sobre um monte próximo a Jerusalém, olhando do alto a cidade sendo devastada. Ele, diante de tamanha tragédia, lamenta o fato do povo não ter ouvido suas palavras e evitado tamanha dor e desgraça sobre a nação.
2.2. O Senhor que nos encoraja.
Jeremias não encontrou o Senhor mostrando-se valente. Deus o fez valente. A força verdadeira não vem de quem o Senhor chama e sim do Senhor (Sl 28.7)! Paulo disse: “Posso todas as coisas naquele que me fortalece”. (Fp 4.13). Grande parte das nossas vidas passamos por lutas e provações, mas não podemos admitir que o Diabo entre na brecha e nos afaste de Deus (Ef 4,27, 32). Deus encorajou Jeremias, dizendo: “Assim diz o Senhor: Põe-te no átrio da casa do Senhor, e dize a todas as cidades de Judá, que vêm adorar na casa do Senhor, todas as cidades de Judá, que vêm adorar na casa do Senhor, todas as palavras que te mandei que lhes dissesses; não esqueças nem uma palavra”. (Jr 26.2).
Nossa vida cristã não pode ser vivida na fraqueza, pois a graça do Nosso Senhor Jesus Cristo nos fortalece dia-a-dia. A salvação que ganhamos nos resgata de qualquer pequenez espiritual.
2.3. O profeta não pode desanimar em meio às adversidades.
Jesus disse que um profeta não é honrado na sua própria terra (Jo 4.44). Isso aconteceu com Jeremias (Jr 26.8-9). O profeta Jeremias tinha expectativas que muitos poderiam acordar do sono espiritual que estavam e ainda poder usufruir das bênçãos de Deus em meio àquela conjuntura tão humilhante (Jr 13.9-10). O profeta não desiste da palavra de esperança e aconselha o povo: “Bendito o varão que confia no Senhor, e cuja esperança é o Senhor”; “Ó Senhor, Esperança de Israel!” (Jr 17.7, 13ª).
O profeta Jeremias sabia que estava se multiplicando a iniquidade em Judá. Era notório que todo o tipo de maldade estava presente. Os habitantes estavam impregnados pelo pecado. Mesmo assim, o profeta Jeremias intercedia pelo povo, pedindo a Deus que tivesse misericórdia do povo por causa do juízo que estava por vir (Jr 7.16).
3. Deus protege os injustiçados.
Podemos confiar na justiça de Deus sempre! Ele está atento a todo mal que possa vir sobre nós (Is 41.10). Seu amor não tem fim. Que estejamos seguros quanto ao cuidado do nosso Senhor (Sl 55.22). No momento oportuno, o Senhor nos livrará, pois não se agrada de injustiça praticada contra Seus filhos.
3.1. Sua missão era maior que sua dor.
Jeremias ocupou posição de grande destaque como profeta. Os reis se sucediam no trono, o ambiente era de intrigas e apostasia. Durante quarenta anos, o profeta passou por diversos tormentos em Judá: “Ah! Entranhas minhas, entranhas minhas! Estou ferido no meu coração! O meu coração ruge; não me posso calar, porque tu, ó minha alma, ouviste o som da trombeta e o alarido da guerra”. (Jr 4.19). Com todo sofrimento, com toda a sua dor, com toda angústia, ele não desistiu. Ele sabia que sua missão era maior do que sua dor.
O Eterno Deus salva os que são injustiçados e pune os injustos. O povo do Senhor é sempre alegre (Fp 4.4), pelos benefícios que o Senhor tem feito (Dt 26.11). As marcas que o profeta Jeremias trazia no corpo não foram suficientes para calar o homem escolhido por Deus para entregar a Sua Palavra.
3.2. As tentativas de calar Jeremias.
A deportação do povo Judeu para a Babilônia estava às portas e Jeremias sentiu muito o peso da responsabilidade de ser o último mensageiro de Deus para chamar este povo ao arrependimento. Pelo fato de sua mensagem ser muito pessimista, ele foi chamado de falso profeta por todos. Um dos fatores que mais agravaram esta situação foi que os falsos profetas anunciavam paz e prosperidade a todos (Jr 14.11-16). Embora acusado por todos, Jeremias não se calou. A Bíblia diz que obedecer é melhor do que sacrificar (1Sm 15.22).
O profeta Jeremias sofreu dores físicas e emocionais e emocionais imensas, mas, apesar dessas lutas, ele se sentiu instigado a desempenhar sua missão. Ele disse: “Ah! Entranhas minhas, entranhas minhas! Estou ferido no meu coração! O meu coração ruge; não posso me calar, porque tu, ó minha alma, ouviste o som da trombeta e o alarido da guerra”. (Jr 4.19). Tentaram calar o profeta Jeremias, mas o amor ao Senhor o fez persistir.
3.3. Jesus Cristo é o preço pago para nossa justiça.
É impossível nos apresentarmos diante de Deus sem que seja por intermédio do Senhor Jesus (1Tm 2.5). Apenas pela justiça do Pai em Cristo, o pecador pode ser considerado inocente. No tribunal celestial, Jesus é o Advogado que comparece diante do Juiz (Deus), com o intuito de inocentar o réu de sua merecida culpa (1Jo 2.1). A justiça redentora de Deus é testemunhada na obra do Mestre na cruz do Calvário, mostrando Seu imenso amor pela humanidade.
Nosso advogado é o Filho do próprio Deus. Nosso Senhor Jesus Cristo se oferece como aquele que nada deixa faltar aos Seus discípulos. Além de advogar nossas culpas junto ao Justo Juiz (Deus), nosso Bom Pastor ainda refrigera nossa alma e nos guia por caminhos tranquilos (Sl 23).
Conclusão.
Nós temos um advogado! Não porque aspiremos pecar sucessivamente, mas porque sabemos que somos fracos e que, por isso, o Senhor colocou um Salvador sobre nós. Jesus Cristo, o advogado fiel, nos livra do peso e das decorrências do pecado.
1. O que Deus exige dos líderes?
R: Que amem e guiem Suas ovelhas na graça e no conhecimento (2Pe 3.18).
2. Quais eram os pecados dos profetas e sacerdotes contemporâneos de Jeremias?
R: Cometiam adultérios, andavam em falsidade e fortaleciam os malfeitores (Jr 23.14).
3. Quem disse que um profeta não é honrado em sua terra?
R: Jesus (Jo 4.44).
4. O que a Bíblia diz sobre a obediência?
R: Que obedecer é melhor do que sacrificar (1Sm 15.22).
5. Onde está escrito que Cristo é o mediador entre Deus e os homens?
R: 1 Timóteo 2.5.
Fonte: Revista de Escola Bíblica Dominical, Bétel, Jeremias – Deus convoca Seu povo ao arrependimento, Jovens e Adultos, edição do professor, 2º trimestre de 2017, ano 27, Nº 103, publicação trimestral, ISSN 2448-184X.
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