3 de setembro de 2016

Noticia: Oposição ganha impulso após grande marcha para exigir saída de Maduro

A oposição da Venezuela mostrou um novo ímpeto nesta sexta-feira em seu afã de revogar o mandato do presidente Nicolás Maduro, após a grande marcha realizada ontem em Caracas na qual, segundo as estimativas da aliança de partidos Mesa da Unidade Democrática (MUD), participaram mais de um milhão de pessoas.

Em um primeiro balanço, o secretário da MUD, Jesús Torrealba, assegurou que 1.100.000 venezuelanos se mobilizaram em Caracas para pressionar o Poder Eleitoral pela publicação de uma agenda que inclua a data do referendo revogatório e das eleições de governadores.

Torrealba afirmou que durante a denominada "Tomada de Caracas" três grandes avenidas, totalizando cerca de 18 quilômetros, foram tomadas de gente apesar dos "milhares de venezuelanos que ficaram retidos nas estradas ou não puderam sair de seus lugares de destino" por obstáculos impostos pelo governo, segundo disse.

Neste sentido, denunciou que centenas de cidadãos que viajaram do interior do país caribenho e que pretendiam marchar em Caracas foram assaltados por delinquentes dentro dos ônibus em que estavam, enquanto estavam retidos em barricadas "postas pelo governo" para impedir a passagem.

Mais tarde, durante uma entrevista coletiva, o opositor indicou que milhares de venezuelanos em 49 cidades do exterior também se manifestaram a favor do referendo revogatório e que, em suma, cerca de dois milhões de venezuelanos se mobilizaram em 1º de setembro, ainda que nem todos tenham podido chegar a seus lugares de destino.

Torrealba também reiterou o chamado a novas ações de rua entre as quais citou as 24 marchas que farão na próxima quarta-feira rumo aos escritórios do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) em todos os estados do país para seguir pressionando pelo referendo.

Além disso, após protagonizar "a maior mobilização da história política venezuelana", a MUD planeja agora a "Tomada da Venezuela", um protesto de 24 horas de duração previsto para 14 de setembro, um dia depois que, segundo esperam, o CNE anuncie a data do último passo prévio à convocação do revogatório.

"Se o governo incorrer em qualquer conduta violatória da Constituição que signifique pôr em perigo a consulta eleitoral seremos capazes de convocar novamente milhões de venezuelanos para fazer o que haja que fazer para exigir o restabelecimento do fio constitucional", acrescentou Torrealba, entre aplausos.

O governo, por sua parte, usou o corpo diplomático do país para explicar os supostos planos golpistas que a oposição preparava e que teriam sido impedidos pelas forças de segurança do Estado.

A chanceler venezuelana, Delcy Rodríguez, e o ministro de Interior e Justiça, Néstor Reverol, lideraram este encontro no qual denunciaram os "assassinatos seletivos" tramados pelo antichavismo e reiteraram "o triunfo da paz" e da chamada Revolução Bolivariana.

Por sua vez, o defensor público, Tareq William Saab, destacou a "demonstração de civismo" dos cidadãos que participaram dos atos políticos da quinta-feira, incluindo os milhares de chavistas que se concentraram ao oeste de Caracas "em defesa da Revolução" e do presidente venezuelano.

Precisamente sobre esta atividade, Maduro disse hoje que superou em números a manifestação opositora ao calcular que cerca de 300.000 venezuelanos atenderam a seu chamado frente os menos de 35.000 que, segundo estimou, marcharam junto com a MUD.
Fonte: EFE.


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