"Há uma crescente ameaça de crimes similares nos territórios da Líbia e do Iêmen", advertiu durante o discurso que fez na Conferência de Desarmamento que acontece em Genebra, na Suíça.
Segundo ele, os grupos terroristas podem já ter acesso à documentação científica e técnica suficiente para elaborar armamento químico e controlar instalações equipadas para este fim. As organizações terroristas, inclusive, teriam conseguido "contratar especialistas estrangeiros para ajudar a sintetizar as armas químicas".
Ele sustentou que as atividades dos terroristas no Oriente Médio e no norte da África "são cada vez mais amplas, sistemáticas e além das fronteiras", e existe o risco que se espalhem para além destas regiões.
"Não há dúvida de que o surgimento de um terrorismo químico não é uma ameaça abstrata, mas uma realidade grave de nosso tempo que devemos enfrentar através de um trabalho intenso na arena internacional", reivindicou Lavrov.
O ministro lembrou que, entre agosto e setembro do ano passado, o EI atacou a cidade síria de Marea com mísseis contendo agentes químicos, como confirmou uma comissão investigadora da Organização para a Proibição das Armas Químicas. Frente a esta situação, o chefe da diplomacia russa propôs elaborar uma convenção contra o terrorismo químico, já que as atuais normas internacionais não estão desenhadas para enfrentar o uso desse tipo de armas por parte de organizações não estatais. Também não consideram a possibilidade de que tais ações possam ser qualificadas como um crime internacional.
"Uma maneira mais realista, confiável e promissora de abordar este problema é o desenvolvimento de uma convenção específica para a supressão dos atos de terrorismo químico", explicou.
De acordo com ele, a Conferência de Desarmamento da Organização das Nações Unidas (ONU) é a instância adequada para empreender esse trabalho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário