Apesar do veto do Legislativo, o decreto entrou em vigor com apoio do Poder Judiciário.
"Maduro enviou à presidência da Assembleia Nacional uma solicitação para que a Assembleia considere a prorrogação do decreto de emergência que negamos", disse Ramos, no encerramento de uma manifestação convocada pela oposição para pedir a renúncia do presidente, realizada no município Chacao, ao leste de Caracas.
Desafiador, Ramos questionou o motivo pelo qual Maduro não compareceu ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ).
"Se Nicolás fosse coerente, teria mandado a solicitação para lá", criticou.
Em 15 de janeiro passado, Maduro promulgou um decreto - vigente por 60 dias - que autoriza seu governo a dispor de bens do setor privado para garantir o abastecimento de produtos básicos, limitar a entrada e a saída de moeda local em espécie e facilitar a entrega de divisas para agilizar as importações.
Embora a medida tenha sido vetada pela maioria de oposição no Parlamento, a Sala Constitucional do TSJ reconheceu sua legalidade e validou sua vigência.
A bancada opositora convocou para este domingo uma "sessão especial", na qual vai-se declarar em "debate permanente" até o próximo sábado, 19 de março. Neste dia, completa-se o prazo para anunciar se apoiam, ou se rejeitam, a prorrogação.
Ovacionado pelos manifestantes, Ramos disse que, nos últimos dois meses, o decreto "não serviu para porra nenhuma".
"Não somos moleques. Moleque é o governo, e moleques são seus comparsas judiciários", bradou Ramos, após convocar o ministro da Defesa, Vladimir Padrino, e a presidente do TSJ, Gladys Gutiérrez, a participarem de um debate "transmitido em rede nacional".
Fonte: AFP.
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