Quinze dias após a Rússia começar a bombardear a Síria em apoio ao ditador sírio Bashar al-Assad, os dois principais grupos terroristas que atuam no território sírio – e que são inimigos entre si – declararam uma jihad, a guerra santa, contra os russos.
Em uma mensagem de áudio divulgada na terça-feira (13) e confirmada pela Reuters, um comandante do Estado Islâmico disse que o grupo atacará não só os Estados Unidos, mas também a Rússia. “A Rússia e os Estados Unidos serão derrotados. Vocês, seus exércitos e seus aliados serão enviados ao inferno e terão o pior dos destinos”, diz o anúncio, atribuído a Abu Mohammad Al-Adnani.
Na mesma ocasião, outro grupo considerado como terrorista pelas Nações Unidas prometeu atacar os russos. A Frente al-Nusra, que representa a rede terrorista al-Qaeda na Síria, prometeu fazer ataques terroristas em solo russo como resposta à intervenção de Moscou, conforme informou o Guardian.
O anúncio da Frente al-Nusra mostra o quanto a situação se complicou na Síria após a intervenção russa. A frente está aliada ao Exército Livre Sírio, o grupo rebelde considerado moderado pelo Ocidente. Esse grupo passou a receber mais armas anti-tanques e anti-mísseis do exterior, principalmente da Arábia Saudita e dos países do Golfo. Esse fluxo de armas é apoiado pelos Estados Unidos, que são favoráveis aos rebeldes moderados. O armamento, entretanto, acaba sendo compartilhado com a Frente al-Nusra, que é inimiga dos EUA.
Tanto Rússia quanto a coalizão liderada pelos Estados Unidos estão fazendo ataques aéreos na Síria. Os Estados Unidos acusam os russos de atacar apenas os rebeldes, e não o Estado Islâmico, e pedem para que os russos interrompam os ataques. Já a Rússia diz que sua ação militar vai combater o terrorismo e é a única intervenção legítima, já que conta com o apoio de Assad.
Fonte: Época///Notícias AH.Com
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