Preso desde o ano passado em Curitiba, Fernando Soares (o Baiano), acusado de ser um dos operadores do esquema de desvios na Petrobras, afirmou ao Ministério Público Federal ter feito pagamentos ao empresário Fábio Luís Lula da Silva, filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo o jornal ‘O Globo’ deste domingo (11), Fernando Baiano relatou, em acordo de delação premiada homologado pelo Supremo Tribunal Federal, o pagamento de aproximadamente R$ 2 milhões a Fábio Luís, filho mais velho de Lula. O valor teria sido destinado ao pagamento de despesas pessoais de Lulinha, como o empresário é conhecido.
As afirmações de Baiano incluem também campanhas presidenciais do PT em 2006, quando Lula disputou a reeleição, e em 2010, ano da primeira candidatura de Dilma Rousseff.
A defesa de Lulinha nega as acusações. Até o momento o Instituto Lula, mantido pelo ex-presidente, não fez qualquer comentário sobre o assunto.
CPI da Petrobras
Diante dos fatos, o PPS ingressou nesta terça-feira (13) com um pedido ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para que ele confirme o conteúdo do depoimento do lobista Fernando Baiano, que atuou como operador do PMDB nos desvios na Petrobras.
O objetivo do partido é usar a confirmação oficial de que Baiano citou Lulinha, como beneficiário de R$ 2 milhões no esquema, para convocá-lo na CPI da Petrobras.
Além de convocá-lo, a oposição também quer usar esse movimento para forçar a prorrogação dos trabalhos da CPI, com o término previsto para o dia 23 de outubro.
Fonte: O Globo, Tribuna e Toda Bahia
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