TEXTO BÍBLICO
Ezequiel 33.10-16
Destaque
"Pois Deus revelou a sua graça para dar a salvação a todos” (Tito 2.11).
LEITURA DEVOCIONAL
SEG.................................................... Jo 3.16-18TER.................................................. Rm 1.16
QUA................................................... Hb 10,38-39
QUI.................................................... 2 Pe 2.21-22
SEX.................................................... Rm 11.22
SAB..................................................... Mc 16.16
DOM.................................................... Jo 12.32
OBJETIVOS
Relatar a biografia de Armínio;Ensinar as diferenças entre Calvinismo e Arminianismo;
Alertar sobre a possibilidade de se perder a salvação.
Material Didático
Figuras de atletas correndo e de guerreiros com armaduras.
QUEBRANDO A ROTINA
Apresente as figuras dos atletas e dos guerreiros e pergunte aos seus alunos de que forma o cristão pode ser representado por essas figuras. Ouça com atenção as respostas, incentivando sempre a participação de todos.Comente que a Bíblia compara o cristão ao corredor (1Co 9.24, 25; Fp 3. 12-14) e que na corrida da. vida cristã o vencedor não é aquele que chega em primeiro, mas todo aquele que completa a prova.. A vida cristã é um desafio que requer força e perseverança, dessa forma o cristão é o guerreiro que deve vestir, sua armadura (Ef 6.10-17), pois somente assim conseguirá resistir e chegar até o final e receber o prêmio prometido por Deus.
Termine a aula, agradecendo a Deus pela força que Ele tem nos dado na caminhada e peça para que continuemos perseverando na caminhada.
ESTUDANDO A BÍBLIA
A adolescência é o período de muitas escolhas a ser feitas. Até esse momento, os pais eram os responsáveis em tomar as decisões sobre a vida dos seus filhos, mas nessa fase de transição entre infância e vida adulta, algumas decisões devem ser tomadas pelo próprio adolescente.Uma delas está relacionada à fé que deverá ser seguida, pois na infância a criança vive a espiritualidade de seus pais, o que nessa fase para eles não é mais aceitável.
É comum que surjam dúvidas sobre essa questão. Não os recrimine! É normal que isso ocorra. Ajude seus alunos a superar essa fase, sendo um referencial para eles, pois o adolescente tende a se espelhar em adultos que admira. Ore ao Senhor pedindo sabedoria para que você possa ajudar seus alunos.
A Bíblia afirma que nenhum plano de Deus pode ser impedido (Jó 42.2; Dn 4.35), e também afirma que sua vontade é que todos sejam salvos (1 Tm 2.4). Então por que existem pessoas que morrem sem a salvação em Cristo Jesus? O que o homem deve fazer para alcançar a salvação?
Até o final do século XVI as duas principais respostas para essas perguntas eram: A católica, que afirmava que por intermédio do pagamento de penitências (fazer jejuns em determinadas épocas, dar esmolas, visitar lugares sagrados, venerar as relíquias dos santos, etc.) era possível obter o perdão dos pecados. O ser humano seria o único responsável por alcançar a salvação.
A outra resposta era reformada, dada principalmente por João Calvino. Ele afirmava que o pecado corrompeu totalmente o ser humano, sendo impossível ao homem fazer a vontade de Deus. Então é o próprio Deus, sem nenhuma participação humana, que alcança o homem que será salvo, sendo impossível resistir ao chamado divino.
São duas colocações opostas. Uma afirma que a responsabilidade é do homem e a outra afirma que é de Deus. Mas será que é assim "oito ou oitenta”? Não há um meio termo?
Jacó Armínio: “Uma boa consciência é um paraíso”
Jacó Armínio nasceu no ano 1560 na Holanda, e sua juventude foi marcada por muitas tragédias. Seu pai morreu quando ainda era um bebê e ele foi então adotado por um pastor chamado Theodore Aemilius e depois, aos 15 anos, por um protestante chamado Rodolfo Sneillus. No ano seguinte, sua mãe e seus irmãos foram mortos por soldados espanhóis que invadiram a sua cidade natal.
Em 1588 foi ordenado pastor da igreja de Amsterdã, sendo um pastor dedicado por 15 anos. Armínio aceitava a essência dos ensinos de João Calvino, mas durante seu pastorado foi chamado para combater os ensinos de um homem chamado Coornhert, (que nome difícil!) que, a exemplo de dezenas de pastores e estudiosos, discordava do ensino calvinista sobre a predestinação. Armínio pretendia fazer isso usando a Bíblia, os escritos dos Pais da Igreja (os primeiros teólogos cristãos) e outros teólogos da Reforma Protestante. Mas aconteceu justamente o contrário; quanto mais aprofundava seu estudo, mais Armínio concordava com Coornhert. Então decidiu não expor sua opinião para não causar nenhuma divisão na igreja.
Com o passar do tempo percebeu que para manter uma boa consciência, não poderio se manter calado e começou a expor publicamente sua opinião. Será que temos esta coragem, de ser sinceros com a nossa consciência e expormos a nossa opinião, de maneira educada, mesmo sem ninguém concordar com ela?
Em 1603, Armínio foi chamado para ser professor de Teologia na Universidade de Leiden, o que gerou muitos protestos por parte daqueles que discordavam de suas opiniões. Sua saúde ficou muito fraca por não parar de trabalhar e estudar. O sofrimento causado pelas perseguições, devido a sua opinião contrária ao ensinamento de João Calvino, também contribuiu para que ele morresse muito jovem, aos 49 anos de idade.
Jacó Armínio ficou conhecido por querer viver em paz com todos (Hb 12.14), principalmente, com sua consciência. Seu lema devida era: "Uma boa consciência é um paraíso”.
AUXILIO TEOLÓGICO
[...] agora declaro as minhas próprias opiniões sobre este assunto [sobre a dinâmica da Salvação], que são descritas de maneira a estarem, sob o meu ponto de vista, em maior conformidade com a Palavra de Deus.O primeiro decreto integral de Deus a respeito da salvação do homem pecador é aquele no qual Ele decreta a indicação de seu Filho, Jesus Cristo para Mediador, Redentor, Salvador, Sacerdote e Rei que deve destruir o pecado pela sua própria morte, e que deve, pela sua obediência, obter a salvação que se perdeu, devendo comunicá-la pela sua própria virtude.
O segundo decreto preciso e absoluto de Deus é aquele em que Ele decretou receber aqueles que se arrependem e crerem, e, em Cristo, por causa d£le e por meio d£le, para efetivar a salvação de tais penitentes e crentes que perseverarem até o fim, mas deixar em pecado, e sob a ira, todas as pessoas impenitentes e incrédulas, condenando-as como alheios a Cristo.
O terceiro decreto divino é aquele pelo qual Deus administra de formas suficientes e eficazes, os meios que eram necessários para o arrependimento e a fé; e tal administração é instituída,
(1) de acordo com a Sabedoria Divina, por meio da qual Deus sabe o que é apropriado e torna-se tanto a sua misericórdia e a sua severidade, e
(2) de acordo com a Justiça Divina, por meio da qual Ele se preparou para adotar tudo aquilo que a sua sabedoria possa prescrever, colocando-o em prática.
A esses sucede o quarto decreto, pelo qual Deus decretou salvar e condenar certas pessoas em particular. Esse decreto tem o seu embasamento na presciência de Deus, pela qual Ele sabe, desde toda a eternidade, que tais indivíduos, por meio de sua graça preventiva, creriam, e por sua graça subsequente preservariam, de acordo com a administração previamente descrita dos meios que são adequados e apropriados para a conversão e a fé; do mesmo modo, pela sua presciência, Ele conhecia aqueles que não creriam, nem preservariam(ARMINIO, Jacó. As Obras de Armínio. Vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, pp.).
Jacó Armínio: “Deus amou o mundo”
O pensamento de Armínio pode ser resumido em cinco pontos:
1. Escolha Humana:
Calvino afirmava que é impossível ao homem escolher as coisas espirituais. Se Deus não tomar a iniciativa e colocar fé em seu coração, ele continuará morto espiritualmente. Armínio concordava. Ele afirmava que o pecado de Adão afetou gravemente a natureza humana, de maneira que somente com a ação divina o homem pode ser despertado para crer. A diferença é que Armínio afirmava que o homem poderia resistirão chamado divino, pois a Graça não é irresistível.
E possível ao pecador arrepender-se dos seus pecados pela graça mediante a fé, alcançando a salvação, mas essa graça pode ser resistida. Por isso, é necessário que o homem se arrependa, creia em Jesus, para depois se tornar uma nova criatura (Is 55.7; Mc 16.16; Jo 3.18-21). Entretanto, Calvino cria que Deus primeiro torna-nos novas criaturas, para depois nos arrependermos e crermos.
E possível ao pecador arrepender-se dos seus pecados pela graça mediante a fé, alcançando a salvação, mas essa graça pode ser resistida. Por isso, é necessário que o homem se arrependa, creia em Jesus, para depois se tornar uma nova criatura (Is 55.7; Mc 16.16; Jo 3.18-21). Entretanto, Calvino cria que Deus primeiro torna-nos novas criaturas, para depois nos arrependermos e crermos.
2. Eleição Condicional:
Segundo Calvino, Deus não tem obrigação de salvar ninguém, então, Ele escolheu alguns para exercer misericórdia e salvar, exercendo sua justiça e enviando para o inferno todos os demais. Essa escolha não tem como base nada que a pessoa tenha feito, pois é a soberania de Deus.
Armínio também afirmava que Deus escolheu quem vai ser salvo, mas usou um critério nessa escolha. Será salvo aquele que livremente crer no sacrifício de Jesus, sendo condenado aquele que também livremente o rejeitou (Dt 30.19; Jo 5.40; 8.24; Ap 3.20).
Armínio também afirmava que Deus escolheu quem vai ser salvo, mas usou um critério nessa escolha. Será salvo aquele que livremente crer no sacrifício de Jesus, sendo condenado aquele que também livremente o rejeitou (Dt 30.19; Jo 5.40; 8.24; Ap 3.20).
3. Redenção Universal:
Para Calvino, o sacrifício de Jesus foi para salvar somente os eleitos de Deus. Mas para Armínio, Cristo morreu para salvar toda a humanidade, bastando que a pessoa tenha fé nesse sacrifício para ser salva (jo 3.16,1 Tm 2.3,4; Hb 2.9; 1 Jo 2.2).
4. E possível resistir ao Espírito Santo:
Calvino afirmava que é impossível ao eleito, resistir ao chamado de Deus para a salvação, mas mesmo assim esta pessoa está agindo livremente, pois Deus transforma o seu coração fazendo com que ela deseje estar na sua presença.
Para Armínio, Deus faz de tudo para salvar o ser humano, mas é possível que ele resista a esta salvação. O Espírito Santo só concede vida se a pessoa crer. A vontade de Deus para a salvação do homem pode ser frustrada peio próprio homem (Mt 23.37; Lc 18.22,23; 1Ts 5.19).
Para Armínio, Deus faz de tudo para salvar o ser humano, mas é possível que ele resista a esta salvação. O Espírito Santo só concede vida se a pessoa crer. A vontade de Deus para a salvação do homem pode ser frustrada peio próprio homem (Mt 23.37; Lc 18.22,23; 1Ts 5.19).
5. Perder a salvação:
Para Calvino se todo o processo da salvação é obra de Deus, é impossível ao homem perdê-la. Pois é o Espírito Santo que misericordiosamente conduz a vida do crente fazendo com que este persevere na fé. Você deve estar se perguntando: “O que acontece com as pessoas que saíram da igreja, ou estão na igreja, mas não levam uma vida correta diante de Deus? Elas continuam com a sua salvação?” Para Calvino, essas pessoas nunca nasceram de novo, nunca se converteram, pois aquele que é nova criatura jamais abandona a fé. Armínio afirma que, embora o homem tenha conhecido a Cristo e nascido de novo, ele deve perseverar até o fim para ser salvo (Lc 21.36; Hb 6.4-6; 10.25-27). Ele não acreditava que o cristão podia perder a sua salvação facilmente, mas lembrava que as Escrituras mostram que é possível o crente apostatar- -se da fé ( 1Tm 4.1).
Diante de tantas diferenças, as igrejas da Holanda reuniram-se em 1619 na cidade de Dordrecht, e consideraram o pensamento de Armínio como contrário as Escrituras Sagradas, sendo confirmado o pensamento de Cal vi no. Esta reunião ficou conhecida como "Sínodo de Dort”.
Durante muito tempo, o ensinamento de Jacó Armínio não foi majoritário. Somente a partir do século XVIII, quando o famoso pregador inglês John Wesley adotou estes ensinamentos, é que o pensamento arminiano começou a se tornar aceito pela maioria dos protestantes. Hoje, a maioria do pensamento evangélico protestante se coaduna com o pensamento arminiano. [...]” (ARMÍNIO, Jacó. As Obras de Armínio. Vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p.232).
O meu sentimento a respeito da perseverança dos santos é que as pessoas que foram enxertadas em Cristo, pela fé verdadeira, e assim têm se tornado participantes de seu precioso Espírito vivificador, dispõem de poderes suficientes [ou] forças para lutar contra Satanás, contra o pecado, contra o mundo e a sua própria carne, e para obter a vitória sobre esses inimigos, mas não sem ajuda da graça do mesmo Espírito Santo. Jesus Cristo, também pelo seu Espírito Santo, as auxilia em todas as tentações que enfrentam, e lhes proporciona o pronto socorro de sua mão; também entendo que Cristo as guarda não as deixando cair, desde que tenham se preparado para a batalha, implorando por sua ajuda, e não querendo vencer apenas por suas próprias forças. De modo que não é possível para eles, por qualquer astúcia ou poder de Satanás serem seduzidos ou arrancados das mãos de Cristo.
Atualmente, o Arminianismo é adotado na grande maioria das igrejas evangélicas, principalmente, nas Assembleias de Deus no Brasil. Para nós, esses ensinos podem parecer óbvios, pois ouvimos todos os dias nas pregações; mas até hoje os calvinistas e os arminianos debatem para ver quem está com a razão.
Resposta Pessoal.
Diante de tantas diferenças, as igrejas da Holanda reuniram-se em 1619 na cidade de Dordrecht, e consideraram o pensamento de Armínio como contrário as Escrituras Sagradas, sendo confirmado o pensamento de Cal vi no. Esta reunião ficou conhecida como "Sínodo de Dort”.
Durante muito tempo, o ensinamento de Jacó Armínio não foi majoritário. Somente a partir do século XVIII, quando o famoso pregador inglês John Wesley adotou estes ensinamentos, é que o pensamento arminiano começou a se tornar aceito pela maioria dos protestantes. Hoje, a maioria do pensamento evangélico protestante se coaduna com o pensamento arminiano. [...]” (ARMÍNIO, Jacó. As Obras de Armínio. Vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p.232).
AUXÍLIO TEOLÓGICO
[Sobre a perseverança dos Santos]O meu sentimento a respeito da perseverança dos santos é que as pessoas que foram enxertadas em Cristo, pela fé verdadeira, e assim têm se tornado participantes de seu precioso Espírito vivificador, dispõem de poderes suficientes [ou] forças para lutar contra Satanás, contra o pecado, contra o mundo e a sua própria carne, e para obter a vitória sobre esses inimigos, mas não sem ajuda da graça do mesmo Espírito Santo. Jesus Cristo, também pelo seu Espírito Santo, as auxilia em todas as tentações que enfrentam, e lhes proporciona o pronto socorro de sua mão; também entendo que Cristo as guarda não as deixando cair, desde que tenham se preparado para a batalha, implorando por sua ajuda, e não querendo vencer apenas por suas próprias forças. De modo que não é possível para eles, por qualquer astúcia ou poder de Satanás serem seduzidos ou arrancados das mãos de Cristo.
Conclusão
A diferença entre os ensinos de João Calvino e de Jacó Armínio, ou seja, entre Calvinismo e Arminianismo, pode ser resumida da seguinte maneira: Para o Calvinismo, primeiro o homem é salvo para depois ter fé. Para o Arminianismo, primeiro o homem deve ter fé para depois ser salvo. Mas ambos reconhecem que a iniciativa primeira em relação à salvação do homem é de Deus por intermédio da Graça.Atualmente, o Arminianismo é adotado na grande maioria das igrejas evangélicas, principalmente, nas Assembleias de Deus no Brasil. Para nós, esses ensinos podem parecer óbvios, pois ouvimos todos os dias nas pregações; mas até hoje os calvinistas e os arminianos debatem para ver quem está com a razão.
Refletindo
1. Você tem fé no sacrifício de Cristo para ser seiva?Resposta Pessoal.
2. Você tem certeza da salvação?
Resposta Pessoal.
3. Você procura perseverar na sua salvação?
Resposta Pessoal.
Fonte: sub-ebd.blogspot.com
Fonte: CPAD.
Lição 10: Armínio: o equilíbrio da Reforma
Pré - aula: Lição 10: Armínio: o equilíbrio da Reforma
Dinâmica: O Caminho: Lição 10: Armínio: o equilíbrio da Reforma: Adolescentes - 13 a 14 anos
Nenhum comentário:
Postar um comentário