A TEORIA EVOLUCIONISTA
No decorrer dos séculos, mais precisamente no século passado e no atual, muitas vãs filosofias, falsos ensinos e teorias insustentáveis têm procurado lançar dúvida sobre o relato bíblico da Criação.
1.1. Charles Darwin
Entre as teorias que se têm insurgido contra a doutrina criacionista, destaca-se a da evolução, concebida e largamente difundida pelo naturalista inglês Charles Darwin, que viveu entre 1809e 1889.
De dezembro de 1831 a outubro de 1836, Darwin viajou como naturalista a bordo do “Beagle”, um navio de pesquisas, em expedição científica. Ao longo dessa expedição visitou as ilhas do Cabo Verde e outras ilhas do Atlântico, e bem assim as costas da América do Sul, as ilhas Galapagos, perto do Equador, a Ilha Tarti, Nova Zelândia, Austrália, Tasmânia, a Ilha Keeling, as ilhas Falkland (Malvinas), as ilhas Mauricias, as ilhas de Santa Helena e Ascensão, e o Brasil.
Foi o estudo dos bancos de corais que de modo especial o interessou e o levou a formular a sua teoria da transmutação de espécies e a “seleção natural” pela qual ficou famoso.
Em novembro de 1859, Darwin publicou seu livro A Origem das Espécies, ou A preservação das raças favorecidas na luta pela vida. Desde então este livro veio a se tornar a Bíblia da causa evolucionista.
Não obstante Darwin, antes de morrer, tenha abandonado essa teoria por ele pregada ao longo de sua vida, ainda hoje ela é aceita e disseminada, principalmente nos círculos acadêmicos e universitários.
1.2. Conceito da Origem do Homem
A teoria evolucionista tem como ponto de partida a afirmação de que o homem e os animais em geral procedem de um mesmo tronco, e que hoje, homem e animal são um somatório de mutações sofridas no decorrer de milênios. Em suma: o homem de hoje não é o homem do princípio. Desse conceito surgiu o ensino estúpido de que o homem de hoje é um macaco em estágio mais desenvolvido. E, para produzir maior confusão, a teoria da evolução coloca o início da vida humana na Terra a milhões de anos antes do tempo indicado pala Bíblia.
1.3. Apenas Uma Teoria
É bom lembrar que, quando tratamos da evolução, estamos lidando com uma teoria, com suposições, e não com uma ciência.
Charles Darwin conspirou contra a Bíblia, ao criar a teologia da evolução
Se você ler um compêndio sobre evolução, há de encontrar com muita freqüência chavões, tais como: “crê-se que…”, “admite-se que…”, “talvez…”, “possivelmente…”, “mais ou menos…”, etc. Assim tão vulnerável e falha, conseqüentemente o sistema que ela advoga não há de subsistir diante do argumento das Escrituras (Gn 2.7).
De acordo com a Bíblia, o homem já foi feito homem. O chamado “Homem de Neanderthal” ou o “Homem de Heidelberg” não têm em si nenhum elemento, por menor que seja, capaz de provar que o homem, no princípio, tivesse as características de um macaco encurvado. O africano de elevada estatura, o pigmeu, o asiático de nariz achatado, o negro com suas características distintivas — todos são o resultado de variações comuns dentro da família humana. Assim, também o homem da antigüidade variava de um para o outro, e também se diferenciava de nós, hoje em dia.
ARGUMENTOS CONTRA O EVOLUCIONISMO
O argumento bíblico, a partir do primeiro capítulo de Gênesis, é que a raça humana descende de um só casal, Adão e Eva (Gn 1.28), criado por Deus no princípio. A narrativa subseqüente ao capítulo 1 de Gênesis mostra claramente que as gerações que surgiram até o Dilúvio permaneceram em contínua relação genética com o primeiro casal, de maneira que a raça humana constitui não somente uma unidade específica, uma unidade no sentido de que todos os homens participam da mesma natureza, mas também uma unidade genética e genealógica. Este fato é cristalino em Atos 17.26.
Muitos argumentos se somam em apoio à idéia bíblica da unidade da raça humana, dentre os quais se destacam os seguintes:
2.1. Argumento Teológico
Romanos 5.12,19 e 1 Coríntios 15.21,22 indicam a unidade orgânica da raça humana, tanto na primeira transgressão como na provisão de Deus para a salvação da raça humana na Pessoa de Jesus Cristo.
2.2. Argumento Científico
A ciência tem confirmado, de diferentes maneiras, o testemunho da Escritura com respeito à unidade da raça humana. Evidentemente, nem todos os homens de ciência crêem nisso.
Por exemplo, os antigos gregos tinham teoria autoctonista, segundo a qual os homens surgiram da Terra por meio de uma classe de gerações espontâneas. Como essa teoria não possuía fundamentos sólidos, logo foi desacreditada. Agassis, por sua vez, propôs a teoria dos coadamitas, segundo a qual existiram diferentes centros de criação. No ano de 1655, Peirerius desenvolveu e defendeu a teoria preadamita, que tem como origem a suposição de que havia homens na Terra antes que Adão fosse criado. Esta teoria foi aceita e difundida por Winchell, que, ainda que não negasse a unidade da raça humana, contudo considerava Adão como o primeiro homem só da raça hebraica, em vez de cabeça de toda a raça humana.
Em anos mais recentes, Fleming, sem ser dogmático sobre o assunto, disse haver razões para se aceitar que houve raças inferiores ao homem antes da aparição de Adão no cenário mundial, pelos idos do ano 5500 a.C. Segundo Fleming, essas raças, não obstante inferiores aos adamitas, já tinham faculdades distintas dos animais, enquanto o homem adamita foi dotado de faculdades maiores e mais nobres, e provavelmente destinado a conduzir todo o restante da raça à lealdade ao Criador. Falhando Adão em conservar sua lealdade a Deus, Deus o proveu de um descendente, que, sendo homem, era muito mais do que homem, para cumprir aquilo que Adão não foi capaz de cumprir. Na verdade, Fleming nunca pôde oferecer provas da veracidade dessa sua teoria.
2.3. Argumento Histórico
As tradições mais antigas da raça humana apontam decididamente para o fato de que os homens tiveram uma origem comum.
A história das migrações do homem, por exemplo, tendem a demonstrar que tem havido uma distribuição de populações primitivas partindo de um só centro, isto é, de um mesmo lugar.
2.4. Argumento Filológico
Os estudos feitos acerca das línguas da humanidade indicam que elas tiveram origem comum. Por exemplo, as línguas indo-germânicas encontram sua origem em uma língua primitivamente comum, na qual existem resquícios do sânscrito. Também há evidências que demonstram que o antigo Egito é o elo entre as línguas indo-européias e as semíticas.
2.5. Argumento Psicológico
A alma é a parte mais importante da natureza constitutiva do homem, e a psicologia revela claramente o fato de que as almas dos homens, sem distinção de tribo e nação a que pertençam, têm essencialmente as mesmas características. Possuem em comum os mesmos apetites, instintos e paixões, as mesmas tendências, e, sobretudo, as mesmas qualidades, as características que só existem no homem.
2.6. Argumento da Ciência Natural
Os mestres de filosofia comparativa formulam juízo comum quanto ao fato de que a raça humana constitui-se numa só espécie, e que as diferenças entre as diversas famílias da humanidade são consideradas como variedades de uma espécie original. A ciência não afirma categoricamente que a raça humana procedeu de um só casal, mas a Palavra de Deus afirma isso com toda clareza em Atos 17.26.
2.7. A Formação das Nações
Das gerações anteriores ao Dilúvio, somente Noé, sua esposa, seus filhos Sem, Cão e Jafé e respectivas esposas escaparam e encabeçaram as gerações pós-diluvianas.
2.7.1. OS DESCENDENTES DE SEM
Dos cinco filhos de Sem procederam os caldeus, que povoaram a região marginal do Golfo Pérsico, parte sul e sudeste da Península Arábica, uma província ao oriente do rio Tigre e ao norte do Golfo Pérsico, a Assíria, às margens do rio Tigre, sudeste da Ásia Menor, a Síria e o território ao lado do lago de Merom, ao norte da Galiléia.
2.7.2. OS DESCENDENTES DE CÃO
Os descendentes de Cão povoaram as terras da África, da Arábia Oriental, da costa oriental do mar Mediterrâneo, e do grande vale dos rios Tigre e Eufrates. Existe uma opinião de que alguns dos descendentes de Cão emigraram para a China e que de lá passaram para as Américas, através do estreito de Bering e do Alasca.
2.7.3. OS DESCENDENTES DE JAFÉ
De Jafé descenderam as raças arianas, ou indo-européias; os italianos, franceses, espanhóis, formando o povo latino. Seus descendentes povoaram também a índia, Pérsia, Iugoslávia e a Áustria. Dele descendem ainda os celtas, os alemães e os eslavos que emigraram para as ilhas Britânicas, Gales, Escócia e Irlanda. Algumas das tribos germânicas emigraram para a Noruega, Suécia, Dinamarca, Alemanha Ocidental, Bélgica e Suíça.
O HOMEM FOI CRIADO POR DEUS
A Bíblia nos apresenta um duplo relato da origem do homem, harmônicos entre si. Ambos estão em Gênesis 1.26,27 e 2.7. Partindo desses textos e de todo o contexto que trata da obra da criação, conclui-se que:
3.1. A Criação do Homem Foi Precedida por um Solene Conselho Divino
Antes de Moisés tratar da criação do homem com maiores detalhes, ele nos leva a conhecer o decreto divino quanto a essa criação, nas seguintes palavras: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança…” (Gn 1.26).
A Igreja geralmente tem aceitado o verbo façamos, no plural, para provar a autenticidade da doutrina da Trindade. Alguns eruditos, porém, são de opinião que esta palavra expressa o plural majestático; outros a tomam como plural de comunicação, no qual Deus inclui os anjos em diálogo com Ele; e outros a consideram como o plural de auto-exortação. Tem-se verificado, porém, que estas três últimas opiniões são contrárias àquilo que pensam e expressam os pensadores e teólogos mais conservadores. Esses, como a Igreja, crêem que o plural façamos é uma alusão direta à Trindade Divina em conselho para a formação do homem.
3.2. A Criação do Homem É um Ato Imediato de Deus
Algumas das expressões usadas no relato da criação do homem mostram que isso aconteceu de uma forma imediata, ao contrário do que aconteceu na criação dos demais seres e coisas da criação em geral. Por exemplo, leia Gênesis 1.11,20 e compare com Gênesis 1.27.
Qualquer indício de mediação na obra da criação que se acha contida nas primeiras declarações, referentes à criação das aves dos céus e dos seres marinhos, inexiste na declaração da criação do homem. Isto é, Deus planejou a criação do homem, levando-a a efeito imediatamente. Note que isto é contrário ao que ensina o evolucionismo, que o homem é o resultado de uma série de transformações de outros elementos.
3.3. O Homem Foi Criado Segundo um Tipo Divino
Com respeito aos demais seres vivos, lemos que Deus os criou ‘segundo a sua espécie”. Isto quer dizer que eles possuem formas tipicamente próprias de suas espécies. O homem não foi criado assim. Pelo contrário, Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança…” (Gn 1.26). Assim, em todo o relato bíblico, o homem surge como um ser que recebeu de Deus cuidados especiais na sua criação.
3.4. Os Elementos da Natureza Humana se Distinguem
Em Gênesis 2.7, vemos a distinção clara entre a origem do corpo e da alma, elemento espiritual do homem. O corpo foi formado do pó da terra, material preexistente. Na criação da alma, no entanto, não foi necessário o uso de material preexistente, mas sim a formação de uma nova substância. Isto quer dizer que a alma do homem foi uma nova criação de Deus. A Bíblia diz que Deus soprou nas narinas do homem, e “o homem foi feito alma vivente” (Gn 2.7).
3.4.1. O ESPÍRITO DO HOMEM
O espírito é o âmago e a fonte da vida humana, enquanto a alma possui essa vida e lhe dá expressão por meio do corpo. Assim, a alma é o espírito encarnado. A alma sobrevive à morte porque o espírito a dota de capacidade; por isso alma e espírito são inseparáveis.
3.4.2. A ALMA DO HOMEM
A alma é a entidade espiritual, incorpórea, que pode existir dentro de um corpo ou fora dele (Ap 6.9).
3.4.3. O CORPO DO HOMEM
Dos três elementos que formam o ser humano, o corpo é aquele sobre o qual a Bíblia menos fala. Sabe-se, no entanto, que o corpo humano é o instrumento, o tabernáculo, a oficina do espírito (2 Co 5.1-4; 1 Co 6.9). Ele é o meio pelo qual o espírito se manifesta e age no mundo visível e material. O corpo é o órgão dos sentidos e o laço que une o espírito ao universo material.
Os filósofos pagãos falavam do corpo com desprezo, e consideravam-no um empecilho ao aperfeiçoamento da alma, pelo que almejavam o dia quando a alma estaria livre de suas complicadas roupagens. Porém as Escrituras tratam do corpo do homem como uma obra de Deus, o qual deve ser apresentado como oferta a Deus (Rm 12.1). O corpo dos salvos alcançará a sua maior glória na ressurreição, na vinda de Jesus (Jo 19.25-27; 1 Co 15; 1 Jo 3.2).
O HOMEM, IMAGEM E SEMELHANÇA DE DEUS
Um dos ensinos cardeais da Bíblia é que o homem foi criado à imagem e à semelhança de Deus, para obedecer-lhe, amá-lo, e segui-lo. Vestígios desta verdade encontram-se nos escritos de grandes vultos, até mesmo da literatura gentílica.
4.1. Homem, Uma Definição
“Homem” vem do latim homo, palavra que, segundo opinião de alguns filólogos, vem de húmus (terra). No hebraico, língua original do Antigo Testamento, adam, nome dado ao primeiro homem, Adão, é traduzido por “aquele que tirou sua vida da adamah”, da terra.
Em abril de 1985, a professora Lélia Coyne, pesquisadora da NASA (Agência Espacial dos Estados Unidos) e docente da Universidade de San José, na Califórnia, surpreendeu o mundo científico com a afirmação da descoberta de que a vida humana na Terra começou em estratos de uma argila muito fina e branca, o caulim, usado na indústria como branqueador de papel e isolante térmico. “Avançamos muito nesse terreno”, disse a pesquisadora. “Falta-nos ainda a prova definitiva, mas já conseguimos o bastante para saber que estamos no caminho certo”, acrescentou a doutora Coyne. “Se tivesse de apostar uma resposta ficaria com a teoria da argila”, escreveu o astrônomo americano Carl Sagan, autor do “best-seller” Cosmos. “A argila pode ser comparada a uma fábrica de vida”, acrescentou em Glasgow, na Escócia, o bioquímico Graham Cairns-Smith.
Aquilo que para os cientistas e pesquisadores, mesmo os mais moderados, ainda é uma incerteza, para o crente, na Bíblia, é plena certeza. O homem foi formado do pó da terra (Gn 2.7).
4.2.0 Homem, Imagem de Deus
O termo “imagem de Deus” relacionado ao homem, fala da indelével constituição do homem como um ser racional, e como um ser moralmente responsável. A imagem natural de Deus gravada no homem consiste nos seguintes elementos: o poder de movimento próprio, o entendimento, a vontade e a liberdade. Neste particular está a diferença marcante entre o homem e os animais irracionais.
O primeiro ponto de distinção entre o homem, como imagem de Deus, e os animais irracionais é a consciência própria. Das criaturas terrenas só o homem tem o dom de fixar em si mesmo o pensamento, e isto o faz consciente da sua própria personalidade. A faculdade que ele tem de proferir o pronome EU abre um abismo intransponível entre ele e os animais irracionais. Nenhum animal, mesmo o macaco, jamais pronunciou EU, e a razão é que eles não têm consciência própria.
Como imagem de Deus que é, o homem se distingue dos irracionais ainda no seguinte:
pelo poder de pensar em coisas abstratas;
pela lei moral que se evidencia no seu comportamento em busca de uma perfeição maior;
pela natureza religiosa que, em potencial, existe em cada ser humano;
pela capacidade de fixar um alvo maior a ser alcançado no tempo e na eternidade;
pela consciência da intensidade da vida humana;
pela multiplicidade das atividades humanas, que, conjuntas, somam o bem comum daquele que as desenvolve.
4.3.0 Homem, Semelhança de Deus
Intelectualmente, o homem assemelha-se a Deus, porque, se não houvesse essa conformidade mental, seria impossível a comunicação de um com o outro, e o homem não poderia receber a revelação de Deus. Esta semelhança está grandemente prejudicada por causa do pecado. O simples fato de Deus se manifestar ao homem prova que o homem pode receber e compreender esta manifestação.
Há ainda a semelhança moral, porque assim foi o homem criado por Deus. Essa semelhança consiste nas qualidades morais inerentes ao caráter de Deus. Eclesiastes 7.29 diz que “Deus fez o homem reto…” Isto quer dizer que o homem foi criado bom e dotado de relativa justiça. Todas as suas tendências eram boas. Todos os sentimentos do seu coração inclinavam-se para Deus, e nisto consistia a sua semelhança moral com o Criador. Devido ao pecado, a semelhança moral entre Deus e o homem enfraqueceu mais e mais. Por isso Cristo morreu, com o propósito de restaurar esta semelhança entre o homem e Deus, o que começa a partir da conversão.
Como ficou patente, o evolucionismo é uma teoria inspirada no inferno, com o propósito de desacreditar as Escrituras, principalmente no que diz respeito à criação como um ato soberano de Deus. Porém, o crente arraigado na Bíblia Sagrada, e não em teorias humanas, pela fé entende “que os mundos pela palavra de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente” (Hb 11.2).
Fonte: Ministérioapologéticocristão
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