Depois de participar do evento, eles deveriam voltar para a Bolívia, mas os ônibus seguiam para Abadiânia, cidade que fica entre Goiânia e Brasília, informou a PRF. Os ônibus foram retidos e aguardam providências da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), em Anápolis, também em Goiás.
Na última sexta-feira (15), o Ministério Público Federal em Goiás recomendou que órgãos de segurança pública do estado impeçam participação de estrangeiros em atos políticos relacionados ao impeachment.
Os documentos com as recomendações foram dirigidos à Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás, responsável pelas polícias Civil e Militar no Estado, e às polícias Federal e Rodoviária Federal com atuação em Goiás.
“O procurador da República autor das recomendações, Ailton Benedito de Souza, esclarece que a atividade política por estrangeiro é vedada em território nacional e, por conseguinte, ilícita, cabendo aos órgãos competentes do Estado brasileiro tomar as medidas apropriadas para impedir tal prática e, sendo o caso, aplicar as medidas inibitórias e sancionatórias pertinentes”, diz nota do Ministério Público.
Na recomendação, o procurador lembra que a participação de estrangeiros em atos políticos no Brasil pode levar à deportação. O procurador diz ainda que se baseou em notícias veiculadas na imprensa sobre bolivianos e outros estrangeiros de vários países da América do Sul que entrariam no Brasil para participar de atos contra o impeachment.
Edição: Nádia Franco
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