Obama abriu com este anúncio, em Washington, a sessão plenária da IV Cúpula de Segurança Nuclear, que tem como foco evitar que grupos extremistas como o Estado Islâmico possam ter acesso a materiais nucleares.
O presidente norte-americano comemorou o fato de o risco de terrorismo nuclear ter diminuído "de maneira mensurável", mas advertiu que esta ameaça "persiste" e que "a melhor maneira de preveni-la é garantir a segurança do material nuclear".
“Sucesso” em acordo com Irã
Obama destacou também o "sucesso substancial" o acordo alcançado com o Irã para a não proliferação nuclear. Segundo o presidente dos EUA, o país já está notando "os benefícios" desse pacto, embora leve algum tempo para se reintegrar na economia global.
Esse acordo "não resolve todas as nossas diferenças com o Irã", salientou Obama ao citar o que considera como "atividades desestabilizadoras" de Teerã na região ao início de sua reunião com outros líderes do Grupo 5+1 (EUA, França, Rússia, China, Reino Unido e Alemanha) em Washington, no marco da Cúpula.
Graças ao acordo assinado em julho de 2015, foram suspensas algumas sanções econômicas que pesavam sobre o Irã mas, como destacou Obama nesta sexta-feira, os EUA seguirão aplicando "energicamente" outras que penalizam Teerã como "patrocinador" do terrorismo por seus "abusos" contra os direitos humanos e seu programa de mísseis balísticos.
No dia 24 de março, o governo norte-americano anunciou a imposição de sanções econômicas contra duas entidades iranianas por respaldar o programa de mísseis balísticos de Teerã.
Segundo Obama, "a plena e contínua implementação" do pacto "requereria do mesmo tipo de coordenação e consultas" que estiveram mantendo os membros do Grupo 5+1.
Na reunião com Obama estiveram presentes os líderes chinês, Xi Jinping, e francês, François Hollande; o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, e o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk. Também participaram a ministra alemã de Defesa, Ursula von der Leyen, e o embaixador russo nos Estados Unidos, Serguei Kislyak.
Líderes de mais de 50 países participam da IV Cúpula sobre Segurança Nuclear, centrada no temor de que grupos extremistas como o Estado Islâmico (EI) possam obter material nuclear.
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