7 de abril de 2016

Noticia: Mudanças climáticas ameaçam até US$ 24,2 trilhões de ativos financeiros globais, diz estudo

...e grandes sinais do céu." Lucas 21:11
As piores consequências das mudanças climáticas, como os eventos climáticos extremos, poderiam ameaçar até US$ 24,2 trilhões em ativos financeiros globais (17% do total) colocando em uma situação difícil a economia mundial, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira (04/04) na revista Nature Climate Change.

O estudo, realizado por pesquisadores da London School of Economics e do Centro Grantham de Pesquisa das Mudanças Climáticas, ambos no Reino Unido, alerta que o impacto do aquecimento global "destruirá diretamente parte dos bens de capital".

Pesquisas anteriores tinham advertido sobre o risco para os ativos financeiros relacionados com as atividades que provocam as mudanças climáticas, como é o caso dos investimentos em reservas de petróleo, carvão e gás, já que as políticas para combater este fenômeno podem fazer com que estes ativos não possam ser utilizados e percam seu valor.

No entanto, até hoje quase não havia estudos sobre os ativos em risco pelos danos que previstos causados pelo aquecimento global.

Os pesquisadores Simon Dietz, Alex Bowen, Charlie Dixon e Philip Gradwell realizaram esta análise e detectaram que se os países mantiverem a trajetória atual de emissões de dióxido de carbono, 1,8% do valor de mercado atual dos ativos financeiros está em risco, o que equivale a US$ 2,5 trilhões.

Se além de não atuar contra o aquecimento forem levados em conta os prognósticos científicos (dos relatórios do Painel Intergovernamental de Analistas em Mudanças Climáticas, IPCC) sobre quais serão seus efeitos, cerca de US$ 24,2 trilhões em ativos financeiros estão em risco (17% do valor de mercado total), segundo este estudo.

As perdas ocorreriam pela destruição direta dos ativos pelo aumento dos fenômenos meteorológicos extremos (ondas de calor, incêndios, secas), e pela redução de lucro pelo impacto que teria nas atividades econômicas o aumento de temperatura.

O estudo conclui que a aplicação de políticas para evitar que as temperaturas subam mais de 2 graus centígrados no fim deste século com relação a níveis pré-industriais reduziria significativamente este risco.

"Os investidores a longo prazo sairiam ganhando claramente em um mundo baixo em carbono", ressalta o diretor do estudo e professor da London School of Economics, Simon Dietz, que acredita que os possuidores de planos de pensões devem "refletir seriamente sobre esta questão".

Em janeiro, o Fórum Econômico Mundial de Davos já alertou que uma catástrofe causada pelas mudanças climáticas é a maior ameaça potencial para a economia mundial no ano de 2016.


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Fonte: Opera Mundi.

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