O escritório do advogado Roberto Teixeira divulgou uma nota contendo o seguinte argumento: “Há um fato incontroverso na “Operação Lava Jato”: o juiz Sérgio Moro, apedido da Força Tarefa do MPF/PR, autorizou a interceptação do telefone celular de um dos advogados constituídos pelo ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, ainda, autorizou a interceptação do ramal-tronco do escritório de advocacia, com o monitoramento de 25 advogados também constituídos pelo ex-Presidente”.
O contra golpe antes do golpe
O juiz Sérgio Moro enviou um ofício ao STF onde esclarece que o que houve de fato foi umatentativa de ludibriar a justiça e destaca a “ausência de boa-fé dos investigados”.
“Registre-se por ser revelador da ausência de boa fé dos investigados que, posteriormente à discussão sobre o monitoramento deste terminal, ter sido alterada a indicação de telefone da empresa LILS palestras no cadastro do CNJ. Tal situação que revela possível alteração de provas tem o único propósito de levar a erro as autoridades judiciais quanto a pertinência da indicação do terminal pelo MPF, à época da representação como sendo atribuído a LILS Palestras”, esclareceu o juiz.
Moro denunciou a manobra e esclareceu como a empresa de palestras do ex-presidente Lula alterou cadastro do número do telefone na Receita Federal para induzir as autoridades judiciais (o STF) à uma outra interpretação, já que o referido número constava no referido cadastro, até o dia 22 de março, como sendo da empresa de palestras de Lula.
“A autorização concedida por este juízo tinha por pressuposto que o terminal era titularizado pela empresa do ex-presidente e não pelo escritório de advocacia, tanto que na decisão judicial de autorização foi ele relacionada à LILS Palestras”, “De todo modo, ressalvo que não há nos relatórios de interceptação da Polícia Federal, com a seleção dos áudios relevantes, diálogos interceptados a partir do referido terminal”, concluiu.
Por fim, Moro alega no ofício não haver qualquer problema relativo ao caso, já que os números foram gravados legalmente. Além disso, o referido escritório de advocacia tem como sócio principal o Sr. Roberto Teixeira, também investigado e dele usuário.
Fonte: PensaBrasil
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